segunda-feira, 23 de abril de 2007

Heil Hitler !

Ouvi José Pinto Coelho, do PNR, dizer que não interessa se se é careca ou gadelhudo, desde que se ame Portugal, todos têm lugar no seu partido.

Como se não bastasse tudo o resto, aí está uma vertente que me põe em sentido oposto. Eu não amo Portugal. Aliás, eu acho Portugal um nojo. Não é pela sociedade portuguesa que aqui vivo e muito menos, mas mesmo muito menos, pelo PNR.

Contudo, votaria contra qualquer proposta de eliminação do partido. Todos temos, ou deveríamos ter, direito às nossas ideias, ou às dos outros, a odiar quem quisermos, a ler tudo o que tivermos vontade, a adorar quem, e como, amarmos adorar.

Não me incomoda nada que os elementos do PNR tenham em casa, ou em sede própria, bandeiras nazis, bustos do Hitler, suásticas desenhadas na pele.
Coloquem na parede um poster gigante dos prisioneiros em Auschwitz e masturbem-se em grupo, se isso lhes dá prazer.
Vejam filmes do KKK e babem-se.
Procurem em sexshops, bocas de silicone e pintem-lhes um bigodinho; nada poderá dar mais prazer a um nazi que uma boa chupada do grande líder.

Todos devemos poder ser livres na nossa imaginação, sem que sejamos, por isso, perseguidos.

Mas se apenas um levantar um dedo que seja, para tocar em alguém, português ou não, negro ou não, com o argumento de amarem Portugal, devemos lembrar-nos que ninguém tem culpa que estes doentes mentais existam e que com o mesmo direito que têm de pensar livre, têm o dever de não se intrometer na vida de quem quer que seja.

Caso contrário é acabar com eles a fogo e não deixar um vivo.

made in eu

2 comentários:

bekas disse...

O mestre do cacilheiro chorou nesse dia... passados 33 anos, ainda há quem chore ao lembrar esse dia.
Embora tivesse apenas alguns meses de idade, cresci envolvida em marcas e emoções que o 25 de Abril deixou.
Ainda hoje não consigo ouvir a Marcha do 25 Abril, sem eu própria me emocionar.
As marcas jamais se apagaram.

25 de Abril Sempre.

bekas disse...

OK, comentei no sitio errado!
Foi da emoção... :-))