sábado, 31 de março de 2007

Dias mundiais

Escrevi aqui que me parecia indigno que a Mulher tivesse um dia mundial. A importância da Mulher não merecia um dia, como se de qualquer coisa vulgar se tratasse.
Nem a propósito. Sobre dias mundiais, vejamos o que escreveu Ivan Lessa.
Não se pode dizer que o meu texto esteja mais mal escrito que o de Lessa. Isso seria compará-los, o que é impossível. Há coisas que não podem ser comparadas...

made in eu

Dia a dia

Sábado, depois de meus exercícios de fisioterapia, eu fiquei na janela olhando o jardim e dedicando bons pensamentos a todos os tuberculosos deste mundo.
No dia anterior, sexta-feira, 23 de março, eu li com a maior atenção todas as previsões de tempo em todos os jornais existentes aqui da BBC Brasil.
Desnecessário dizer, para os entendidos, que, na quinta-feira, 22, eu tomei o máximo que pude de água (4 garrafas de 1 litro, sem gás) e, em casa, cuidei de não deixar torneira alguma aberta por muito tempo.
Terça-feira, 27 de março, irei ao teatro ver “The lady from Dubuque”, do Edward Albee, com a Maggie Smith. Quinta, 29 de março, abrirei o álbum de fotografias e observarei com a devida atenção e respeito velhos instantâneos que me captaram moço e despreocupado com a passagem dos dias, e quando for à rua, tirarei um chapéu figurado da cabeça em sinal de respeito a todo jovem que passar por mim.
Sim, eu danço a dança não das horas, de Ponchielli, mas do calendário. Eu observo não o horóscopo mas o passar de dias mundiais especiais. E a coisa é para praticamente todos os dias do ano.
Difícil dar um passo, ir à rua ou mesmo ficar em casa e não ser Dia Mundial de alguma coisa. Um calendário complexo que me deixa sem saber direito o que fazer, como respeitar a nobre passagem das 24 horas em questão, decididas ou não pelas Nações Unidas.
Quando eu era garoto, todos os dias eram mais fáceis. De letras maiúsculas mesmo, tinha: o Carnaval, o Sete de Setembro, o Quinze de Novembro e o Natal. Que eu me lembre, só este último não tinha parada com soldado desfilando.
O dia no mundo
Agora a vida é mais difícil. Complicaram-se os dias. Ou Dias. Desde o primeiro dia do ano, 1 de janeiro, claro, que é o Dia Mundial da Paz (nunca esquecer que esses dias especiais são todos escritos e vividos em maiúsculas).
Não sei o que fazer pela paz, não sei o que meio mundo de ressaca possa fazer.Talvez já estejam fazendo algo pela paz no simples ato, com a “alcacelça”, de tentar fazer passar a dor de cabeça e o enjoo da ressaca provocada pela carraspana do “réveillon”.
Depois temos quase 28 dias para nos prepararmos para um dia terrível: o 29 de janeiro, que é o Dia Mundial dos Leprosos, ou Sofredores do Mal de Hansen, conforme querem os politicamente corretos (qual será o dia deles?).
Março é esse desfile que eu já cobri em parte. Ficaram faltando os seguintes dias: Internacional da Mulher, dos Direitos do Consumidor, da Floresta e da Árvore (21 de março, começo da primavera no hemisfério norte, né?) que entra em choque direto com o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.
Quer dizer: a gente deve sair pela rua distribuindo flores para aqueles que pertencem às minorias raciais e sopapo naqueles que contra eles discriminam.
Nesse passo, passamos por um abril com seu Dia Internacional do Livro Infantil, da Saúde, da Juventude (uai, de novo? Ser jovem é bom, hem?), da Doença de Parkinson, do Hemofílico, dos Sítios e Monumentos, da Sensibilização para o Ruído, da Terra, do Livro e dos Direitos do Autor, do Escutismo (Escutismo? Por que não do Escoteiro?), da Liberdade, da Prevenção e Segurança no Trabalho e, finalmente, a 29 de abril, o Dia Mundial da Dança.
Não vou enumerar os Dias Especiais dos meses de maio a dezembro, mas posso garantir que, além do Dia do Cigano e do Dia do Relógio do Sol, quase nada mais escapa. Só não se sabe duas coisas: quem decide essas coisas e o que exatamente querem que a gente faça nos Dias com D maiúsculo?
Sugiro criarem logo o Dia Mundial dos Dias Mundiais para esclarecer essas coisas.


Ivan Lessa

verdade vs burrice

"Não há nenhum pensamento importante que a burrice não saiba usar, ela é móvel para todos os lados e pode vestir todos os trajes da verdade. A verdade, porém, tem apenas um vestido de cada vez e só um caminho, e está sempre em desvantagem"

Robert Musil em O Homem sem Qualidades

sexta-feira, 30 de março de 2007

recado da Prazeres

já o Cesariny escrevia algo sobre "eshe shenhoure":

VOTA POR SALAZAR

Paro. Paro de novo. Pararei sempre enquanto
afixarem cartazes deste género.
Curioso, curiosíssimo este género.
Um chefe não é grande pelo nome que arranjou.
Salazar Xavier Francisco da Cunha Altinho isso que importa.
Um chefe é grande pelas suas obras, pelo amor que inspira.
Pois os fascistas os nossos bons fascistas
querem que a gente vote por um nome
por um nome calcula essa coisa qualquer que qualquer fulano tem!
Vota por Salazar ora pois ó meu povo
vota por sete letras muito bem arrumadas em três sílabas.
Deito a cabeça para trás para deixar sair a gargalhada
e aproximo-me do homem em cima do escadote
aproximo-me tanto que ele nota
alguém que se aproxima
e o braço cai-lhe, grosso, pingando água num balde
............................................................
... Dá os bons dias a este irmão, a este bom irmão
que anda a colar cartazes para não morrer de fome!...
............................................................

mcv-um grotesco em terra de brutos
ou
Maria dos Prazeres e Morais

fobias

Segundo Jerry Seinfeld, de acordo com vários estudos, o principal medo da generalidade das pessoas é falar em público. O medo da morte vem em segundo. A morte vem em segundo! Parece bem? Isso significa que a maioria das pessoas, presentes num funeral, preferiam ir no caixão que ler o elogio fúnebre.

made in eu

educação a sério


apaixonadamente

Os homens precisam de ter sexo para se sentirem amados e as mulheres precisam de se sentir amadas para terem sexo.

Isto é do conhecimento comum, ou julga-se que seja.

A mulher precisa de carinho, luz de velas, passeios ao luar, flores, etc...

Para confirmar esta ideia não é necessário procurar livros, nem relatórios, nem estudos profundos. Uma imagem vale mil palavras. Para se provar a feminidade da necessidade de ternura, veja-se o clip dum famoso arquitecto e de como as mulheres têm de se sentir amadas, apesar da sua forte personalidade, independência, e da moda com que se vestem, para se envolverem sexualmente com alguém.

Duas coisas ninguém lhes pode tirar: as imagens para a posteridade, e o seu contributo para um melhor conhecimento do comportamento sexual da mulher.

made in eu

quarta-feira, 28 de março de 2007

mas quando...

Estamos sempre a falar em Espanha para comparações económicas.
- Ah pois, mas quanto é o ordenado mínimo em Espanha?
- Ah pois, mas quanto é que se ganha em Espanha?
- Ah pois...

Ah pois, digo eu. Quando os espanhóis chegaram a ter 20% de desemprego, para limparem toda a merda que havia e corrigir o que estava errado, aqui diziam os nosso políticos:
Ah pois ! Mas aqui ao lado o desemprego é 20% e nós mantemos um desemprego baixo. Nós é que somos bons. Os portugueses devem estar contentes, orgulhosos e aliviados por terem um governo assim.

O Aznar foi um grande primeiro-ministro que a Espanha teve.
Nada "enterra" mais um país, economicamente, que ter empresas estatais. São uma desgraça, no que não ganham e no que gastam.
Os conselhos de administração estão cheios de clientela política. De amigos que não fazem ideia do que ali estão a fazer mas que não têm tomates, nem dignidade, para renunciar aos cargos que lhes são oferecidos. Eu quero que esta gentinha "morra" e desapareça. Não nos fazem falta nenhuma. A sua existência política só serve para, numa legalidade criada por eles e para eles, levar o dinheiro que produzimos. Sem esta escumalha, tudo seria melhor.

Agora, exportemos galinhos de Barcelos e deixemos "nuestros hermanos" cantarem de galo.

Não merece mais este povo!

E só não mando os políticos meterem o 25 de Abril no cu, porque tenho a certeza que nem a imaginação disso teria qualquer utilidade. De cu cheio já estão eles todos, e não é de liberdade...

made in eu

terça-feira, 27 de março de 2007

A SORTE BATE À PORTA

estava eu sentadinho a ver a RTP2, quando interrompem a programação normal para dar a extracção demorada da lotaria nacional.

acho eu, que muita gente joga na lotaria nacional, à cautela...

JP+P

TEMA DO DIA: CORRUPÇÃO

Desculpem os mais bandalhos, mas fui tostar um comentário sobre o Salazar no nosso inteligente e hilariante arcebispo de cantuária. Uma pequena traição, mas enfim, apeteceu-me e é isto mesmo a democracia.

Importante mesmo é a corrupção na classe política, um tema relembrado pela Maria José Morgado. Dizem que não há estudos sobre o fenómeno. E que não está ninguém na prisão por esse delito. Pois bem, ofereço-me desde já para usar a minha facilidade de escrita e elaborar o referido estudo e consequente relatório. Claro está que serei capaz de alterar as conclusões do relatório, consoante os políticos paguem alguma coisinha, para além do preço da minha tabela, pagamento esse sem recibo e portanto não sujeito a IVA e a IRS, o que será portanto muito vantajoso. Melhor seria eu ter amigos junto do governo, que os influenciassem de alguma forma, de modo a convencê-los de que o meu trabalho seria muito importante e isento, e assim faria um relatório de pelo menos 500 páginas, com gráficos e tudo, concluindo aquilo que já toda a gente sabe. Para isso fazem falta os estudos e os relatórios! Pelo menos para mim seria um importante factor de crescimento económico.

JP+P

Desculpe a ignorância do macaco

Alguém, por favor, me explica porque razão os donos das roulotes e das tendas, no parque da Caparica, que sabiam antecipadamente o que ia acontecer, não as retiraram para local seguro?

Ou muito me engano, ou devem estar por aí a aparecer uns quaisquer pedidos de indemnizações. Se for o caso, há que clicar, mais abaixo, e ouvir Paulo Francis dizer:
- Mas só quebrando à porrada esta merda desta gente que não tem nem o direito de viver.

made in eu

segunda-feira, 26 de março de 2007

e ponto final PARÁGRAFO

Postei isto a 15 de Novembro do ano passado. Parece que sou bruxo.

made in eu

Quarta-feira, 15 de Novembro de 2006

e ponto final
«Devo à Providência a graça de ser pobre; sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, sustentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia, não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção. Se lhes defendo tenazmente os interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não pelas ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.Jamais empregarei o insulto ou a agressão de modo que homens dignos se considerassem impossibilitados de colaborar. No exame dos tristes períodos que nos antecederam, esforcei-me sempre por demonstrar como de pouco valiam as qualidades dos homens contra a força implacável dos erros que se viam obrigados a servir. E não é minha a culpa se, passados vinte anos de uma experiência luminosa eles próprios continuam a apresentar-se como inteiramente responsáveis do anterior descalabro, visto teimarem em proclamar a bondade dos princípios e a sua correcta aplicação à Nação Portuguesa. Fui humano.Penso ter ganho, graças a um trabalho sério, os meus graus académicos e o direito a desempenhar as minhas funções universitárias. Obrigado a perder o contacto com as ciências que cultivava, mas não com os métodos de trabalho, posso dizer que as reencontrei sob o ângulo da sua aplicação prática; e folheando menos os livros, esforcei-me em anos de estudo, de meditação, de acção intensa, por compreender melhor os homens e a vida. Pude esclarecer-me.Não tenho ambições, não desejo subir mais alto e entendo que no momento oportuno deve outrem vir ocupar o meu lugar, para oferecer ao serviço da Nação maior capacidade de trabalho, rasgar novos horizontes e experimentar novas ideias ou métodos. Não posso envaidecer-me, pois que não realizei tudo o que desejava; mas realizei o suficiente para não poder dizer que falhei na minha missão. Não sinto por isso a amargura dos que merecida ou imerecidamente não viram coroados os seus esforços e maldizem dos homens e da sorte. Nem sequer me lembro de Ter recebido ofensas que em desagravo me induzam a ser menos justo ou imparcial. Pelo contrário, neste país, onde tão ligeiramente se apreciam e depreciam os homens públicos, gozo do raro privilégio do respeito geral. Pude servir. »

É por isto que vai ser considerado o maior português de sempre. Ou muito me engano...
barradas por osbandalhos às
16:07 6 commenteiga

fio dental de fibra natural




Segundo Woody Allen, o nome sexo oral é contraditório. Por quê oral, quando é exactamente o tipo de sexo em que não se pode dizer nada?
made in eu

sábado, 24 de março de 2007

Kamasutra para quê?

Ofereceram-me um Kamasutra ilustrado. Hipocritamente agradeci a oferta.
Folheei o livro e enviei-o para a prateleira, onde restará até ao fim, dele ou de mim.
Nada mais inútil. O livro é um vómito; com texto e desenhos.
Ninguém tem sexo pelo conselhos de um livro. É absurdo!
Ninguém se coloca naquelas posições desenhadas. Cansam em vez de dar prazer. Enojam em vez de agradar.
Os humanos são tristes e a sua actividade sexual hilariante. As mulheres fingem orgasmos. Eu nunca o consegui fazer... As mulheres são sexualmente mais barulhentas que os homens, sem se saber por quê.
Não sei as origens do livro. Não quero saber. O Kamasutra não especifica idades e devia fazê-lo. As mulheres deviam parar de ter relações sexuais após a menopausa: a natureza lembra-lhes isso. Os homens, esses pobre coitados, deviam tê-las até morrer. Imagine-se...
Resta-nos a arte para nos dar prazer. O homem é capaz de ouvir Beethoven e visualizar quadros de Monet durante o sexo. A mulher pode sempre folhear um Kamasutra ilustrado, e ver o quanto está a ser ridícula.

made in eu

E quem não sabe?

Do fado "Ironia" de Alfredo Marceneiro:

Embora terna e amante
Jurando amar um só homem
A mulher não é constante
Por muito séria que a tomem

E alguém tem dúvidas?

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natureza e filhos

Tratamos mal a natureza. Fizemos do céu um chouriço no fumeiro. Não nos quisemos adaptar a ela, mas adaptá-la às nossas conveniências. Ela esperneia, resmunga, agita-se na ânsia do protesto.
E nós conhecemos, e sentimos, o seu grito de alerta.

Hoje, parecemos surpreendidos pela crescente violência de filhos contra pais, de acordo com estatísticas e explicações psicológicas, que só têm razão de ser pelo prémio pecuniário atribuído.


Eu não me surpreendo.

As crianças são a natureza dos pais.
A violência contra elas é brutal. Somos a única espécie que abandona os filhos enquanto precisam de nós. Acordar um bebé com meses para o levar à creche é inanarrável. O bebé quer a mãe. Sente-se protegido junto a ela e ela passa-o para os braços de outrém. A criança é levada para o frio, com sono, numa violência absurda. Não se queixa, evidentemente; nem com meses, nem com 1 ano, nem com 2, nem com 3...


A criança está doente e ainda assim vai para a creche. A paciência e o carinho da mãe para dar-lhe uma colher de xarope, faltam. Em vez, a assistente enfia-lha pela boca abaixo.


O dinheiro está primeiro. Só o ordenado do marido não dá para as botas da moda. A independência da mulher moderna está antes dos filhos. Um fim-de-semana numa estância de férias não inclui o bebé, que atrapalha, e os pais precisam de um tempo só para eles.


Tal como a natureza, chega o dia em que os filhos esperneiam, resmungam, agitam-se na ânsia do protesto. Com toda a razão.

Não nos adaptámos aos filhos e causámos-lhes sofrimento, pelos nossos caprichos.
Soubemos concebê-los mas não soubemos cuidar deles.

Não nos queixemos agora.


made in eu

sexta-feira, 23 de março de 2007

e esta?

Uma juíza alemã concordou com o facto de um homem marroquino ter batido na mulher - também marroquina - alegando que a cultura deles é diferente e que, baseada no Corão, permite que um homem bata na mulher.

Como se já não bastasse às desgraçadas das muçulmanas apanhar por tudo e por nada - mais por nada que por tudo, digo eu - daqueles machos sequiosos, que até ao casamento, e com toda a probabilidade, a maior conquista poderá ter sido uma cabra, já que com burras parece ser normal, ainda têm que ouvir, de uma juíza alemã, a plena concordância com a mais atrasada relação entre homens estúpidos e mulheres encantadoramente dóceis.

Ou a juíza é um ser misógino, e não deveria ser juíza, ou é masoquista, e libertou o homem por ciúmes da sua pobre mulher, cuja experiência inveja.

A sentença: um par de estalos na doutora juíza.

Dou por encerrada a sessão.

made in eu

quinta-feira, 22 de março de 2007

Paulo Francis

GRANDE GRANDE GRANDE PAULO FRANCIS

http://www.youtube.com/watch?v=PICFe4fhj9s

made in eu

mercado da carne

com ligação directa ao youtube
não a sei fazer doutro modo (e não me parece ser uma dangerous liaison)
S

http://www.youtube.com/watch?v=uhEDh1_ZHpY

SEM TIRAR NEM PÔR

Ela era demais. Tinha uma cabecinha de génio. Nas contas de somar era nada menos que infalível; nas de subtrair era soma e segue, nas multiplicações era quanto mais melhor. Só nas divisões é que era mais ou menos.

De resto, o efeito multiplicador desta destreza mental manifestava-se no dia-a-dia: era mil vezes melhor que outros. Nunca errava nas decisões... só se fosse uma decisão em que ela própria estivesse dividida!

Esta piadinha é dedicada à musa inspiradora deste blog, cujo diminutivo é o expoente máximo da conjugação do verbo ser, no presente do indicativo.

JP+P

quarta-feira, 21 de março de 2007

fazer o quê?

Concurso de misses. Degradante para as mulheres. Magnífico para os homens.
Escusado dizer que a pior era a portuguesa.
Sempre mais feias e estúpidas que as outras... E viva este "nosso" fado.

made in eu

terça-feira, 20 de março de 2007

CDS-PP um sonho de governo

O Paulo Portas tem receio que o CDS-PP volte a ser o partido do táxi.
Espero que muito brevemente seja o partido do Smart, e que no futuro possa ser conhecido pelo grupo parlamentar "TOUAREG com sensores de alta tecnologia", id est, conduzido por ninguém.

Como dizia, e bem, a minha avó: são muito finos, mas também levam a mão ao cu.

made in eu

É bom observador?





segunda-feira, 19 de março de 2007

anjos

Por quê tanto sodomita? Tenho que mergulhar na leitura, para descobrir que disse Freud sobre esta atracção pela misofilia e pela coprofilia
Ainda hão-de voltar a pôr o Egas Moniz num pedestal. Um corte no cérebro é mesmo o que a humanidade precisa.
Bem estão os anjinhos...

made in eu

sábado, 17 de março de 2007

decoração de interiores


Pronto! Tinha que vir eu para enfeitar este espaço, dar-lhe um toque feminino, abrilhantar a coisa. Pois! Cá continuo, aqui, todos os dias, viciada e viciosa... na cama, à espera que me caia um candelabro em cima...
S

quinta-feira, 15 de março de 2007

aparelhos

O aparelho reprodutor é uma maravilha da natureza.
O das mulheres é maravilhoso e nojento. O dos homens é nojento e horroroso.
E quer se queira, quer não, existe para reproduzir "humaninhos".
As ditas performances sexuais só servem para criar neuroses aos estúpidos, que somos quase todos nós.

Um homem bom na cama e uma mulher boa na cama não existem. Uma mulher boa, é boa em qualquer lado, e um homem mau na cama, tal como o bom, não há.

A reprodução requer o orgasmo masculino (excluindo os bebés provetas e os bancos de esperma congelado, que, acredito, será no futuro vendido em qualquer grande superfície comercial, e poderá ser descongelado em casa num vulgar micro-ondas), mas não o feminino. Daí sermos os felizes contemplados da lotaria dos cromossomas.

Os métodos anti-concepcionais são como metermos os dedos na garganta para vomitar, de seguida, o que se acabou de comer. Como andar com uma cartolina preta à frente dos olhos para não vermos. Como encher os ouvidos de cera para ouvir Beethoven.

Os machos são sempre os satisfeitos, porque assim manda a natureza, e não devem preocupar-se com a satisfação das fêmeas que, quanto muito, só precisariam ser satisfeitas uma vez por mês, porque assim se desenvolveu a espécie.

É uma inferioridade psicológica enorme, os burros dos homens, orgásticos por natureza, ficarem preocupados com a sua performance que é sempre triunfal. O problema do não prazer no sexo feminino é delas e não deles. Quem quiser queixar-se a quem de direito, faça-o com Deus ou com a biologia, que nesse campo parece ter lixado Darwin.


Eu não tenho esses problemas. Apostei no aparelho digestivo. Sou mais solidário; são mais parecidos. E aí sim, preocupo-me com ela:
- Fizeste bem a digestão, amor? Ainda bem!

E conduz a menos neuroses...

made in eu

women


H2O ?

Sim, há varinhas de condão. Varinhas de condão, com o condão de transformar em merda tudo o que tocam.
Tocados por uma dessas varinhas temos: o governo, os políticos, os directores, os autarcas, os militares, os comentadores desportivos e os não desportivos, as autoridades, os comerciantes, os industriais, os homens, as mulheres, os partidos, a reforma agrária, as assembleias, os bombeiros, etc etc etc.
Do toque, livraram-se: as crianças, os felinos e alguns compositores.

A empresa de abastecimento de água, de Almada, essa, foi tocada por todas as varinhas de todos os mundos.

made in eu

terça-feira, 13 de março de 2007

Solidariedade

A Paulo era-lhe indiferente que Laurinda perdoasse, ou não, a traição. Laurinda não entendia porque a tinha Paulo trocado por um homem e, ainda por cima, cego. O cego não conseguia ver mal nenhum no caso.
Rafaela tentou ser solidária com Laurinda, lembrando-lhe que também Pedro a tinha deixado, depois de saber que ela o tinha substituído, por um fim de semana, por João. Já antes, Laurinda se tinha entregue a João, mas nem Rafaela, nem Paulo o sabiam.
O cão, deitado no tapete, e o gato, sobre o sofá, estavam indiferentes à tragédia, ou à comédia, que as duas mulheres desenrolavam por palavras.
As amigas falaram depois de Eduarda e de como ela deixara Jorge. Jorge ficara com a filha de 1 ano. Jorge reencontrou Maria, que foi uma verdadeira mãe para Susana, mas por 3 meses apenas. Maria voltou para João, e nunca soube que ele estivera com Laurinda, embora soubesse que tinha estado com Rafaela.
No fim riram e mostraram-se agradecidas à vida ao saberem que o cego tinha deixado Paulo para se juntar a um surdo-mudo. Acabamos sempre por encontrar a nossa cara-metade, reconheceram as amigas. Ao que parece, completavam-se um ao outro.

É bonito, e digno de amor, um mundo assim solidário.

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COMO MEDIR UM HOMEM

Fase 1 - Presentes que gosta de ganhar:
A - Uma garrafa de cachaça ou whisky - MACHO
B - Uma peça de roupa - FINO
C - Doces, bombons etc. - MEIO VIADO
D - Flores, velas aromáticas ou coisas delicadas - VIADAÇO

Fase 2 - Uso de cremes e bronzeadores:
A - Não usa - MACHO
B - Usa um pouco no verão - FRESCO
C - Usa bastante no verão - BICHINHA
D - Usa bastante o ano todo - BICHA TOTAL

Fase 3 - Tratamento dos animais de estimação:
A - Seu cão vive no quintal e come restos de comida - VARÃO
B - Seu cão vive dentro de casa, come ração especial - DELICADO
C - Ele acaricia muito o cão e dorme na sua própria cama - BICHA TOTAL
D - Possui gato - SANTA

Fase 4 - Tratamento das plantas:
A - Se alimenta de algumas delas - RAMBO
B - Tem algumas plantas no quintal que não são regadas - MACHO
C - Cuida das planta s e dos arbustos - FLORZINHA
D - Rega, poda e conversa com flores de seu jardim - BICHINHA PURPURINADA

Fase 5 - Uso do espelho:
A - Não usa - VIKING
B - Usa somente para fazer barba e pentear cabelo - VAIDOSO
C - Admira sua pele e observa seus músculos - GAY
D - Igual ao GAY, e ainda admira seu bumbum - LOUCA DESATADA
E - Admira-se com diferentes perucas, vestidos e maquiagem - TRAVECO

Fase 6 - Penteado:
A - Não se penteia - MACHÃO
B - Penteia-se depois do banho - HOMEM
C - Penteia-se várias vezes ao dia - FRESCO
D - Penteia-se várias vezes ao dia e pinta cabelo - BICHA
E - Penteia os outros e dá conselhos de penteados - BICHA LOUCA

Fase 7 - Limpeza da casa:
A - Varre quando ouve a sujeira estalar sob a sola dos sapatos - ANIMAL
B - Varre quando o pó cobre o chão - MACHO
C - Limpa com água e detergente - FRESCO
D - Limpa com água, detergente e aromatizante - MARIPOSA
E - Usa aspirador de pó - BORBOLETA

Fase 8 - Esportes preferidos:
A - Futebol, lutas, automobilismo - MACHO DE CARTEIRINHA
B - Tênis, boliche, voleibol - TENDÊNCIAS GAYS OCULTAS
C - Aeróbica, spinning - LOUCA
D - Os mesmos anteriores, mas usando short de lycra - EXTRA BOIOLA

Fase 9 - Comidas preferidas:
A - Capivara, javali, grandes animais assados, comida apimentada - CONAN
B - Peixe e salada para não engordar - ESTRANHO
C - Sanduíches integrais, consomées - FRESCO
D - Aves acompanhadas de vegetais cozidos no vapor - BICHA

Fase 10 - Bebidas preferidas:
A - Cachaça, cerveja, whisky - MACHO
B - Vinho, vodka - HOMEM
C - Caipifruta, frozen - MEIO GAY
D - Sucos de frutas comuns e licores muito doces sem álcool - FRUTINHA
E - Suco de açaí e outras frutas exóticas, como carambola e cupuaçu com adoçante - TOTALMENTE GAY

Fase 11 - Higiene pessoal:
A - Toma banho em 5 minutos, usa sabão em barra e lavas suas cuecas -LEGIONÁRIO
B - Toma banho rápido, usa xampu, mas nem encosta no fiofó - VARÃO
C - Demora mais de meia hora e usa sabonete líquido - TENDÊNCIAS GAYS OCULTAS
D - Toma banho com sais e espuma na banheira - VIADO ASSUMIDO

Fase 12 - Cerveja:
A - Gelada e em grandes quantidades - MACHO
B - Só uma para matar a sede no calor - BICHICE SOB CONTROLE
C - Com limão e sal - BICHA
D - Sem álcool - SUPER BICHA

Pelo menos...

Pelo menos numa coisa, homens e mulheres estão de acordo: ambos não confiam em mulheres.
H.L. Mencken

segunda-feira, 12 de março de 2007

quem sabe...

Prefiro ser cremado, a sepultado. E ambos, a passar um fim-de-semana com a minha mulher.

Woody Allen

domingo, 11 de março de 2007

FASHION

Percorri as avenidas de Lisboa. Calcorreei as de Paris. Andei pelas praças do Porto. Passeei pelos parques de Londres. Visitei as ruas de Coimbra e vagueei pelas de Florença. Descansei nos jardins de Almada e deitei-me nos de Copenhaga, de Amesterdão, de Estocolmo e de Madrid.

Com a televisão por cabo, estamos ligados, por um click, a todo o mundo.
Variedades italianas. Espectáculos franceses. Reportagens inglesas. Notícias espanholas. E muitas mais imagens dos mais variados países.

Os estilistas portugueses comentam que o seu objectivo é tornarem as mulheres portuguesas mais bonitas e atraentes. Camões dizia que só para ele andava o mundo consertado. Consertado para ele, e trocado para mim.

A minha sugestão aos estilistas é que adoptem a burqa como moda para a mulher portuguesa. Não só para a colecção Outono-Inverno, mas também para a Primavera-Verão. Não só para 2008, mas para todo o sempre.

Pobres mulheres afegãs, vítimas dos intratáveis talibans. Desgraçadas raparigas muçulmanas, escravas daqueles, denominados, homens, cuja existência não merece mais que as cabras da montanha que lhes são infiéis.
Tendo em conta a estética feminina, não era lá que as mulheres deviam usar burqa, mas cá.
Se as portuguesas andassem de burqa, talvez eu começasse a olhar para elas com olhos de ver.


made in eu

quinta-feira, 8 de março de 2007

à mulher

Dia mundial da mulher.

Hoje não direi coisa alguma acerca dela. É a maior homenagem que lhe posso prestar.

Sobre o dia, sim. Parece-me degradante que se tenha um dia mundial, como um ser esquivo, ou espécie em vias de extinção. Soa-me a ideia de feministas e de maricas. As próprias mulheres deveriam recusá-lo. Que sobra? O homem. O homem que verá o dia da mulher como um outro qualquer, internacionalmente calendarizado? Como o dia do não fumador? Ou o dia do bacalhau? Ou o dia mundial da merda? Fujam dela meus senhores. No seu dia mundial não se lhe toca. Porém, só a neurótica ficará feliz...

made in eu

domingo, 4 de março de 2007

A mulher é...

Num dos livros de Camilo José Cela pode ler-se:

A mulher é a mais puta e falsa de todas as fêmeas, incluindo a serpente.

Grande escritor, este Dom Camilo.

made in eu

sexta-feira, 2 de março de 2007

Deus o ajude

Acabou o jogo Paços de Ferreira-Setúbal.

Ouvi as declarações do treinador José Mota, no final:

- Os meu jogadores estão de parabéns; pelo esforço, pela luta, pela dedicação, pela entrega, por todos os adjectivos (!!!!!!!!!!)

Sr Mota, uma gramática do Ratinho, que custa cerca de € 1, já será suficiente para aprender a diferença entre adjectivos e substantivos. Compre-a e dê-lhe uma vista de olhos, mesmo durante os treinos.

Mais não digo. Ou melhor, digo. Deixo as sábias palavras de Woody Allen: Senhor! Oh Senhor! Que tens Tu andado a fazer nos últimos tempos?

made in eu

os dedinhos

Num estudo publicado por Blanchard, Barbareee, Bogaert, Dicky, Klassen, Kuban e Zucker, em 2000, os autores, a maioria do departamento de psiquiatria da Universidade de Toronto, concluíram que apenas 2% a 4% dos homens que se sentiam atraídos por adultos preferiam outros homens (ou seja, 2% a 4 % da população masculina seria homossexual).


Gosto de estatísticas. Nesta, concluíram que 2% a 4% dos homens são homossexuais.
Vou acreditar que em Portugal serão 3%. Falando de gays, deixemos a virtude ficar a meio.
Com a conclusão dos canadenses, o meu surrealismo fica à solta.
Não é um estudo sobre grupos profissionais, ou faixas etárias, ou raças. Não! É sobre todos os homens. E assim, posso divagar por onde quiser. Escolho o parlamento.

Há 168 deputados. Por uma simples regra aritmética de três simples, chega-se à conclusão que, estatisticamente, temos 5.04 deputados homossexuais. E é por isto que adoro estatísticas. Nem Jesus Cristo dividia assim.
Não quero saber quem possa ser. A vida sexual dos outros interessa-me nada.
Mas a imaginação absorve-me. 0.04 de um deputado é gay! Que será? O estômago? Um estômago gay?Só digere boi, não vaca? Cabrito, não cabra? Só machos, não importa a espécie? O estômago não tem conotação sexual, a não ser pelo facto de digerir fluidos provenientes do sexo.
Acredito mais em extremidades. Fico-me pelos dedos. Um deputado hetero com 4 dedos homo poderá estar algures no parlamento.
Dedos que tanto masturbam, como deslizam pelo recto do parceiro.

Se eu tivesse que usar dedos em deputados, usaria os dos pés.
Usá-los-ia para pontapear-lhes o cu que ali estão a encher com as regalias do estado.
Nem todos. Cinco deles deverão estar, com toda a probablidade, a encher o cu com quatro dedos de um outro qualquer.

made in eu

quinta-feira, 1 de março de 2007

Bento

Entrei para sócio do Benfica com o Bento e com o Bento de sócio saí.

Era um disparate ouvi-lo dizer disparates. E tantos que disse...

- Claro que a Hungria é uma potência futebolística. São muito tecnicistas e jogam um bom futebol. Não é por acaso que lhes chamam os Magiares. Ignorante!

- Fomos mal tratados na União Soviética. Faltava-nos fruta. Pateta!

- Mas o Blokhin jogou? Não sei. Nem o vi. Idiota!

Mas quantas vezes me encheu de orgulho em ser benfiquista... Quantas vezes lhe chamámos São Bento... Quantas alegrias, Bento, nos deu...

Meu pai é do tempo do Costa Pereira. Meu filho do tempo do Moreira, Quim, Moreto, e mais e mais. Bento foi do meu tempo. Do meu tempo glorioso de sócio do Benfica. Do meu, e do dos meus amigos da "bola", que todas as semanas, com chuva, frio ou sol, gastávamos com o rabo o betão do saudoso Estádio da Luz.

Permitam-nos estar hoje um pouquinho mais tristes que os demais.

made in eu