quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ANÁLISE DE 2008

Depois da subida em 2007, é de registar que acabamos 2008 exactamente ao mesmo nível de 2006, num retrocesso que pode ter explicação nas sagradas escrituras das testemunhas de Jeová, mas também pode não ter. Mas acabar exactamente ao mesmo nível de 2006, nem mais uma décima, nem menos uma décima, só pode ter esta justificação: a existência desta análise!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

trocas e baldrocas

Já só a curiosidade levava Jacinto aos tratadores da mente. Nenhum lhe havia dado ainda uma explicação plausível. Porque lhe dava mais prazer a masturbação no duche quando o gel ou o sabonete tinham aroma de lavanda?

Um quis saber da infância. A outro contou a frigidez das suas duas mulheres anteriores (sempre contra ele, as probabilidades). Do terceiro ouviu que era demasiada auto-confiança. Ele próprio, o psicólogo, sofria do mesmo, mas com o aroma de sândalo. - Idiota! Comparar sândalo a lavanda – pensou Jacinto.

Rute não gostava de se ver ao espelho. Para ela, a diferença entre orgasmos era nula. O mais perto que tinha estado de um foi quando comeu uma barrica de ovos moles. Achava-se gorda, como toda a gente a achava, mas bonita, ao contrário da opinião de quem a conhecia.

Jacinto, sem saber da intimidade de Rute por doces, ofereceu-lhe lingerie branca. Ela, ao namorado, um desodorizante com cheiro a alfazema. – ‘Pobre alma! Como se fosse bater uma depois do duche tomado’. Obrigado, meu amor - disse-lhe.
Ela sorriu-lhe com deleite. Nenhuma guloseima lhe daria maior prazer.



made in eu

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

AS ÚLTIMAS DO ANO - III

Aquele gajo era tão perfaccionista, que pagava altos juros e rendimentos a quem lhe entregasse as fortunas, e ia sempre angariando novas fortunas para pagar altos juros e rendimentos aos mais antigos. Um dia a Dona Branca, que não era dessas coisas das boas acções, também foi apanhada, mas pelos vistos não é só o povinho que cai no conto do vigário. Já na altura me fartei de rir, mas agora com este americano, ainda mais piada achei. E mais me rio quando vejo que até bancos lhe entregavam quantias assombrosas, e agora que perdem dinheiro pedem ajuda às finanças públicas. E mais me rio quando vejo as finanças públicas a darem-lhes dinheiro fácil. E mais me rio quando vejo primeiros ministros a dizerem aos caros concidadãos que o tempo é de crise. E mais me rio quando vejo os caros concidadãos a acreditarem, e se acreditam! Tanto me rio que um dia desaguo numa gargalhada de louco e depois rio, rio, tanto rio que mudo de nome para Mon Diego de la Vega.

JP+P

domingo, 28 de dezembro de 2008

AS ÚLTIMAS DO ANO - II

Querem rir à gargalhada?
Uma visita a uma loja dos chineses, e procurar embalagens de aparelhos eléctricos. Ler as descrições dos produtos e as instruções. É gargalhada certa!
Na Mealhada entrei numa e tinha lá um artigo que nem sequer tinha nada em português, era em castelhano, mas tão mal traduzido... tudo tradução automática feita via internet. Pelos vistos o mal não é só com a língua de Camões (By the visa the bad isn't alone with the tong from "Camões").

Agora a sério, andam para aí a recolher tantas asinaturas para levar coisas à Assembleia da República, não há por aí ninguém que queira fazer um abaixo-assinado para que na lei de defesa dos consumidores, uma tradução mal feita seja equivalente a não ter lá nada escrito em português, e seja logo o produto apreendido e multas e etc?

JP+P

sábado, 27 de dezembro de 2008

AS ÚLTIMAS DO ANO - I

Natal é quando um homem quiser!

Nada mais a propósito, principalmente nesta época pós-advento.

O pior é quando o homem não quer, mas o natal lhe chega embrulhado em barriga redondinha... então se for barriga de freira é que temos o caldo entornado!

JP+P

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

NATAL É TEMPO DE CRIANÇAS

E de prendinhas...

Ele recebe a oferta e agradece:

- Muito obrirabo!
- De nádega!

JP+P

domingo, 21 de dezembro de 2008

Boas Festas

Mais um aninho que passa por nós, cá estamos nós na quadra do advento, esperando o Natal e mais a entrada de um novo ano. Religiosamente, cá estamos preparados para atacar as doces iguarias que tanto mal fazem, preparados para comentar se este ano estão melhores ou piores do que no ano passado. Nisto da culinária do tempo, espera-se que o ano seja bem passado, porque mal passado, ou em sangue, como por vezes é referido, é sempre muito desagradável.
Aqui ficam os desejos de boas festas, porque o ano novo ainda vem longe, em nome de todos os bandalhos que aqui escrevem (escreveram, se calhar é o mais indicado, com tanta falta de regularidade...). Que tenham muitas prendas, para dar, e muita sorte na hora de receber (de preferência umas boas festas)!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O quê?

No Museu do Espanto, a sala principal era a mais preenchida com espantosas estátuas dos mais espantados pelo “meter no cu”. Quer vender-me a sardinha a quanto? Meta a sardinha no cu. No cu, também se manda meter quase tudo, desde espectáculos a preços impossíveis, a políticas sociais, ajudas financeiras, carros novos dos vizinhos, parlamentos, bónus miseráveis dos patrões e, até, estádios de futebol. A estátua de Belmiro provava-o: espanto de ouvir o vizinho dizer que bem podia o FC Porto meter o Dragão no cu.
Para espantos menores, menores salas. Barão de Alenquer, espantado pelo próprio filho referir que, quanto a orifícios, nenhum pior que o das mulheres, molhado de nojo.
Nenhuma estátua pelo facto do Estado não ajudar o Museu.
A mais pequena da exposição era, contudo, a do chefe de bombeiros de uma aldeia serrana, boquiaberto pelo facto de algumas mulheres terem quem gostasse delas, ou se sentisse atraído por elas, ou lhes jurasse amor eterno.
Sabia pouco sobre desespero, o chefe, e ainda menos de vinho.

made in eu

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

portas, bordas e fobias

“ O mundo está de tal sorte que se não pode entender “ (O Velho, o Rapaz e o Burro)

A estupidez delas é conhecida, tanto quanto a estupidez de outras, mais estúpidas que elas. De portas se trata e de portas me amedronto. Se verdade é que as da morte me esperam no próximo passo, ou assim julgo, não é delas que tenho mais medo. Nem de Portas que se me dão a ouvir, da Direita, nem da Esquerda. O terror apresenta-se-me sobre a forma mecânica: portas de acesso – ou saída - à plataforma do Metropolitano. Uma guilhotina com duas lâminas laterais, como irmãos, de esquerda e direita. A aproximação é pungente. A eficiência do contacto magnético, duvidosa. Fechadas à nossa frente. Vão abrir-se-nos? Nunca se sabe. Umas vezes não abrem, fazendo-nos sentir culpados pela longa fila atrás. Outras, estão abertas e fecham à nossa passagem, contundindo-nos, com a fila atrás. Não há fuga: à frente as portas, atrás a fila. Parecem ter autonomia inteligente para se abrirem e fecharem quando entendem. Afinal, apesar do pavor, não estou tão errado. Alguém (a má da fila), à má fila, quer tentar passar entre mim e a porta. Não deixo. É mais estúpida que ela e não quero saber se, como ela, abre ou fecha quando lhe apetece e com quem. Por ali não passarei nunca, nem ela por mim.
Uma vez por outra há só meia porta à vista. Vai abrir-se a meia fechada ou fechar-se a meia aberta? Essa, nem a minha cefaleia consegue adivinhar.

made in eu

sábado, 13 de dezembro de 2008

preço de línguas

Fyodor Dostoyevsky foi um grande escritor, dizem. Também dizem que os portugueses são ladrões e que os ingleses têm Oxford Street e que os ingleses dizem que o que não há na dita rua, não há em algum outro lugar do mundo.

Os ingleses editam livros, tal como os portugueses. Livros que Fyodor escreveu.
O livro "Crime e Castigo" foi editado no Reino Unido e em Portugal. Nas edições que conheço, a inglesa (Penguins Classics) custa £ 9.00, aproximadamente € 10.00, que é um pouco menos que os € 22.00 marcados na edição portuguesa.

Para o escritor russo é igual. Mas quem, com certeza, se deleitou foram as damas por Camões lambidas. A julgar pelos preços, a língua do poeta deve tê-las levado ao céu, sem passarem por Oxford Street.


made in eu

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

JOÃO E ZÉ

Zé e João viviam juntos, uma existência pacífica num ilhéu no Atlântico. Juntos viviam e não morriam de amores por tanta estupidez neste mundo, tanta falta de solidariedade, tanta discriminação.
À crise financeira global responderam com um simples encolher de ombros, ao ver os ignóbeis gordos a ajudarem os gordos ignóbeis, pois que se espera de gente que professa a religião cristã, como um meio de ajudar os pobres a suportarem o sofrimento, senão que se ajudem uns aos outros a engordarem-se mutuamente, como sendo os nobres das nações, em atitudes que provocam naúseas a quem percebe estas ajudas. Um encolher de ombros por verem que nesta situação de crise poucos foram os que em vez de rezarem, ou de beberem mais uma garrafa, ou de irem ao futebol, ou de irem passar uma semana a Cuba, ou de irem comprar uma hipopotama para ajudar pessoas necessitadas, se aperceberam que esta crise dos gordos não tem importância nenhuma para todos os magros do mundo, que sendo sempre mais do que os gordos, acabam por ser sempre estupidamente crentes, e por isso nunca são a maioria, sendo em maior número. Divididos para serem bem reinados.
João e Zé também gostavam de andar de mão dada nas ruas, de passear e de se deleitarem com a beleza deste mundo, mas pode verdadeiramente ser belo o mundo, povoado por tanta gente horrível, de um lado os gordos gordos, do outro os magros, aos milhares, como manadas de crentes que pisam o verde e esmagam a esperança?
Zé e João não desesperam, mas esperam realmente por dias melhores. E não esperam sentados, apoiados no seu crer de que só em movimentos se pode aguardar uma mudança neste mundo.
Zé muitas vezes lhe diz a ela: - Maria João, tem cuidado, porque cada vez menos as aparências enganam, mas também com a verdade se enganam os tolos, principalmente se acompanhada em evento gourmet com papas e bolos.
Ela sabe-o bem e diz-lhe a ele: - Zé Paulo, tu tem também cuidado com o que escreves, pois nunca se sabe o futuro e a nossa liberdade de hoje pode ser a base de uma prisão amanhã. Pia, mas pia baixinho!

JP+P

domingo, 7 de dezembro de 2008

TORRADINHAS REQUENTADAS

Como já há pouca gente que consiga ler este blog todo, como quem lê um romance (felizmente há excepções, que nos deixam orgulhosos desta produção escrita, se bem que é na China!), aqui fica a sexta edição neste blog: A TORRADINHA REQUENTADA! É fácil, vai-se um ano para trás e escolhe-se um texto, faz-se um copiar da ligação directa ao texto em causa e cola-se no hiperlink, para ler clicar aqui.

altas terras do norte (?)

Três cientistas encontravam-se na Aldeia dos Mil Caminhos para verificar a teoria da Verosímil Contradição, que julgavam poder ali demonstrar.

Ficaram instalados na Pensão da Serra, no Bairro da Igreja. A aldeia ficava numa planície e não existia igreja alguma.

Também ali as mulheres eram consideradas as mais bonitas da região. No entanto, segundo cartas da época, nem uma única violação ocorreu durante as invasões francesas. Nenhum soldado de Napoleão se mostrou interessado em nenhuma daquelas fêmeas.

Os piercings eram tatuados e a inteligência das mulheres, segundo os homens, era equivalente à de uma Bola de Berlim (se com ou sem creme não foi apurado).

Um só vetusto caminho dava acesso à aldeia. Os aldeães cresciam mas não se multiplicavam - não tinham igreja - nem sabiam que Napoleão não tinha vindo de Berlim.

A triste ‘modernidade’ entristecia os machos. Gostavam das mulheres como das ameijôas; não à Bulhão Pato mas ao Natural. Estas (as mulheres, não os bivalves), em vez de pelos nas axilas e nas pernas, davam-lhes borbulhas nas virilhas. Seria esta a contradição?

Os cientistas retiraram-se pelo 1/1000 dos caminhos imaginados. Um tatuou-se, outro prometeu nunca mais tocar em ameijôas e o terceiro desenvolveu uma paixão por Bolas de Berlim.

Desistiram da teoria que pretendiam demonstrar, mas todos quiseram saber muito mais sobre os valorosos soldados napoleónicos.


made in eu

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

estrela cadente

Falei com uma Estrela. Só, no firmamento de nós. Só, no seu universo. Sem brilho mas com superfície luzidia, ninguém amava aquele astro. Nem eu. Demasiado feia, gorda e solitária, nada lhe restava para lá da aceitação. Que pretendia? Que me interessa?... Ser admirada, amada, desejada, usada que fosse? Alguém que a admire, ou a ame, ou a deseje, ou a use, ou nem isso?

Pobre, Estrela, cuja escuridão é a minha luz.

Rico, Oscar Wilde, que avisou: "não se deve confiar numa besta vil que sangra sete dias consecutivos sem morrer."

made in eu

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

MacGyver e as colheres de pau

Os jornais de distribuição gratuita (esperemos que paguem, ao menos, aos que os distribuem) continuam a espantar-nos com interessantes notícias: MacGayver é o herói Nº 1 das séries de televisão. Violência doméstica matou 40 mulheres, anunciado pelo Observatório das Mulheres Assassinadas.

Acredito. Lembro-me do herói, com apenas um corta-unhas e uma pastilha-elástica, salvar um super-petroleiro, partido em dois, de se afundar. De outra vez, preso pelo pára-quedas ao assento dum avião em chamas, conseguiu escapar, graças a uma tampa de esferográfica e a um clip. Tivesse ele uma aspirina e nem a aeronave se tinha despenhado.

Lembro-me das nódoas negras da minha vizinha. A assassina violência doméstica. Ao meu lado, dizem que a duplicação das sua vítimas mortais, este ano, prova apenas que 2008 foi um ano em que elas levantaram muito a garupa.

Não consigo ter pena. Nem entendo como se prefere morrer a ficar só. Alguém que intervenha e logo a mulher, vítima, defende o agressor contra tudo e todos.
Sempre desconfiei das hormonas femininas. Nunca fui tão longe ao pensar que lhes afectam tanto a razão. Tanto a paixão. Tanto a pouca dignidade.
Segundo o Observatório, os casos na zona Norte e no Porto, são preocupantes. Para quem?

Proponho que os preocupados peçam ajuda ao MacGayver. Equipem-no com dois aloquetes e meio quilo de magnórios e dêem-lhe 6 dias apenas.
Os maridos, companheiros, namorados ou relações mais antigas, poderão desaparecer sem deixar rasto.

Contudo, o herói que se ponha em acção ao ar livre ou será ele próprio vítima da violência doméstica por mulheres desesperadas que preferem uma colher de pau nas costas a uma na mão.


made in eu

terça-feira, 18 de novembro de 2008

zoologia e cromossomas

No reino animal, exceptuando a mulher, o porco é o ser mais porco; o burro, o mais burro e a vaca, a mais vaca.

A girafa, essa, agradece todos os dias o longo pescoço que tem para chegar às folhas e poder alimentar-se. – Que seria de mim se fosse um boi? – questiona.


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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

na saga dos dejectos

No Bairro do Cagalhão, havia apenas uma casa. Dela saía o senhor Germano. Num carro de luxo, pelo único caminho num raio de 20 quilómetros. Se aumentasse os operários da sua fábrica, em um café por dia, não resistiria, dizia. O carro tinha GPS, para o trajecto que fazia, entre a fábrica e a casa. O único caminho, num raio de 20 quilómetros.

Que se quebrem as muralhas e se partam as algemas
o que temos para gritar não cabe nos poemas.

Não gosto do PSD. Deviam construir mais casas no Bairro, para que os (que se dizem) sociais-democratas portugueses pudessem para lá ir. O sítio certo para viverem. Pó ao pó…
E que é o Estado, afinal? Um imenso bairro? Ladrão que ladra a ladrão? Ladrões que roubam operários?
Nas novas casas deviam construir anexos para os socialistas. Um deles que os desenhasse. Um deles que os aprovasse. Um deles que recebesse o que um deles pagasse. Não gosto do PS. Acho-os um bocado larilas.

O Estado são eles. Todos. Os que roubam e os que ladram. E uns ladrões ladrariam aos outros para que não os roubassem. E haveria quem abocanhasse, com gosto, o senhor Germano, no banco traseiro do seu carro. E quem oferecesse o traseiro, num anexo duma nova casa. E todas seriam pilhadas, e roubadas, pelo estado em que o Estado as deixava. E ninguém teria direito a um café por dia. Nem por noite. Nem num raio de 20 quilómetros.

Que se rasguem os caminhos e se repartam as terras
o que temos para fazer não dá lugar a guerras.

Depois de se afundarem no bairro e de desaparecerem, e de se não encontrarem, porque algum larilas roubara o GPS, ou ficara com ele, a troco de um favor no banco traseiro ou num anexo, restaria apenas o senhor Germano.

Em 1814, no senado, Napoleão declarou a frase atribuída a Luis XIV : o Estado sou eu.

Também o senhor Germano, que neles vota para lhes pagar, para que lhe ladrem para que roube, é o Bairro do Cagalhão.

A vitória é difícil mas é nossa.


made in eu

terça-feira, 11 de novembro de 2008

merda

Há merda meus senhores. Esqueçam o “às armas”. À merda, meus senhores!

À merda, vítimas da fome! À merda, oh produtores! Há merda no Jardim, nos descobrimentos. Há merda nos socialistas. Nos não socialistas há merda. À merda, feministas e machistas! Há merda na psicologia, no sexo e na cidade. À merda, cientistas! Há merda nos casos X e merda nos casos amorosos. À merda, senhores professores! Há merda no ensino. Há merda na merda da política. À merda, políticos de merda! À merda, religiões! Há merda na utopia. À merda as feias! À merda, bonitas! Há merda em todas elas. Há merda em todos nós. À merda, bem unidos! À merda a vida e à merda a morte!
Há merda em tudo o resto e à merda, tudo o que sobra!

Todos juntos ao Rossio, exigir a merda que é nossa, até que a merda, da merda que nos une, nos separe.

made in eu

domingo, 9 de novembro de 2008

a triste alegria do negro fado

Pela mesma razão de não querer Obama, por ser preto, salta champanhe, pelo facto de o novo presidente americano o ser.
Por que razão as portuguesas se exibem nos centros comerciais, com o ar saloio que as caracteriza, não se sabe. Não tento adivinhar.
A curiosidade é tão absurda, entre nós, que demonstra a falta de educação das mais insuportáveis mulheres e dos homens mais idiotas.
Nos comboios ingleses não se desembaciam vidros para espreitar para fora.
Em Portugal, basta olhar para cima para fazer olhar quem passa.
JC, apela a um cigano à presidência. Aguardemos que nos EUA, depois de um preto, venha, brevemente, um índio ocupar a Casa Branca. Se for um Cherokee, tanto melhor.
O champanhe já está reservado, comprado na inglesa loja da esquina, longe das portuguesas, não fosse, por casualidade, 'dar de caras' com alguma.
made in eu

terça-feira, 4 de novembro de 2008

independentemente

Independentemente do perdedor das eleições, os Estados Unidos vão continuar a apoiar Israel.
Independentemente de quem ganhar as eleições americanas, Obama e McCain vão continuar a ser canalhas, para uns, e heróis, para outros.
Independentemente das eleições presidenciais estado-unidenses, nós teremos as nossas, sem Democratas e Republicanos, com os nossos nauseabundos partidos e políticos enfadonhos.
Independentemente dos resultados na Florida, Carolina do Norte, Missouri, Indiana e Ohio, prefiro mulheres com ‘burka’. Para além de bem feitas, as burkas tornam cada mulher na nossa melhor imaginação, deixando ver a mais bela presença do mistério: o olhar.
A atracção da “burka” vexa a deprimente vista de calções que, distando de botas altas o suficiente, mostram as rótulas e todo o horror da gordura circundante. Sentem-se bem assim, algumas mulheres, e julgar-se-ão mesmo elegantes, independentemente de quem seja o próximo presidente americano.


made in eu

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A propósito de uma polémica sobre as últimas piadas dos Gato Fedorento, com cristãos a enviarem queixas à entidade reguladora, apeteceu-me também comentar num blogue de notícias, e comentei:

A entidade reguladora devia ter no seu estatuto que não perderia tempo a analisar queixas de pessoas baseadas nas suas crenças religiosas. Eu vi e ri-me à gargalhada, principalmente com o cd de instalação, pela ideia e pelas caras deles, uns cómicos! Acho que na entidade reguladora deviam responder a todas as queixas com um texto comum: "recebemos a sua queixa e reencaminámos para a Santa Sé, pois em caso de possível futura beatificação passará a constar nos registos biográficos. De resto, por não ter havido ofensa aos símbolos religiosos, arquivamos a sua queixa, deixando-o à vontade para demonstrar a sua indignação por outros meios (rezas, promessas, auto-flagelação, imolação de cordeiros ou fogueira com materiais editados pelos Gato Fedorento)"

terça-feira, 21 de outubro de 2008

What'll you do when you get lonely

Na terceira quinta-feira de Novembro, o Beaujolais Nouveau é posto à venda. Um vinho novo, leve, fermentado em poucas semanas.

“Layla” a canção escrita por Eric Clapton, foi considerada uma das 500 melhores de sempre, pela Rolling Stones.
Nunca ouvi 500 canções, mas creio que “Layla” é uma das melhores, não de sempre, mas desde 1972, quando a ouvi pela primeira vez.

Muitos críticos consideram o Beaujolais como simples e imaturo. Muitos homens são celibatários. Muitos outros nunca ouviram “Layla”.

O vinho supracitado deve ser bebido imediatamente.
"Layla” foi composta por amor a Pattie Boyd, mulher de George Harrison. Pattie tinha 21 anos quando casou com o Beatle. O seu amigo apaixonou-se pela sua mulher. Pattie era o Beaujolais deles: nova, imatura, frutada.
Foi Clapton quem a amou mais tarde. Como um bom Beaujolais Nouveau que se aguenta 1 ano.
George Harrison esteve presente no casamento. Sem mágoas. Talvez ainda com os sabores dominantes a pêra e banana da sua ex-mulher.

As mulheres são "Nouveaus" que devem ser consumidas novas. Até aos 23. Se duma boa colheita, até aos 29. Nenhum crítico vai mais longe, nem nenhum apaixonado.

Se na terceira quinta-feira de Novembro não arranjar uma garrafa de Beaujolais, tornar-me-ei abstémio e, calmamente, beberei “Layla” pelos ouvidos.

made in eu

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Chega. Zap...

Para tentar fugir às notícias das bolsas, e do mendigar à confiança, decido ver um filme gay.
Um homem (?) com umas correias nas costas, deita-se na cama. Zap, mudo de canal. Não há fuga. Um ministro diz que os portugueses podem estar descansados com a solidez dos bancos. Zap, aproxima-se um outro homem (?), musculoso, sem correias. Beijam-se. Zap, o ministro, antes do segundo, está algures na Europa numa reunião. Diz que… Zap, as pernas nos ombros do parceiro… Zap, as famílias portuguesas… Zap, o ritmo da penetração aumenta. A cama chia. Zap, imagino os políticos a querem beijar-se. Zap, a quietude regressa aos gays. Não estou com vontade de pensar em pernas nos ombros de governantes, ou pernas de governantes levados aos ombros por gays. Um frasco de lubrificante jaz sobre a cama. Mais dois parceiros, desta vez noutra posição. Mais dois ministros na mesma. Parecem penetrar-se. Querem penetrar-nos. Já não se importam que os penetremos. Desisto. Ainda penso em novo zap. Páro. Tenho medo de cair num canal feminino e preferir qualquer dos outros. Chega de tentar estimular a disfunção eréctil. Chega de castigo para uma noite só.


made in eu

sábado, 11 de outubro de 2008

noivas, noivos e outras putas

- Irritação é uma corrente eléctrica, provocada por um deslizamento de ideias, que chega aos neurónios, sem que se saiba aonde é o epicentro - declarou com firmeza, Augusto. Na mesma mesa, um homem e duas mulheres acompanhavam-no num café curto. Ao lado, Manuel disse claramente a Francisco, que, no saber popular, uma boa mulher deve ser uma puta na cama. Pois – respondeu Francisco – esse é o único local onde a minha não é puta. - Todos os que acham que devem decidir o que outros podem fazer na vida, sem que se comprometam terceiros, como nas touradas e nas adopções, são vistos como figurantes circenses que em vez de riso, causam irritação – discursou Paulo. Nem a tua, nem a minha - acrescentou Manuel - nem queria que fosse. Já tiveste uma puta na cama? - Não. E tu? - Também não, mas conheço muito bem uma fora dela, tal como tu. - A proposta era sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo? Parece-me ter ouvido casamento homossexual - disse Luisa - um casamento entre um gay e uma lésbica é um casamento homossexual, não é? - Um casamento homossexual é entre homossexuais, suponho - atreveu-se a dizer Juliana - a lésbica é homem e o gay, mulher. Está certo, então.
- Ouviste aquelas, Manuel? - Ouvi. - São daquelas fufas que se querem casar. - Coisas de paneleiros. Esses gajos deviam ir todos levar no cu. - Mas isso deixa-os felizes. - Porra, então não sei o que hei-de dizer.


made in eu

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

tédio assexual

Os jornais "à borla" que nos metem nas mãos, tal qual faziam os vendedores de "time-sharing", em plena Rua Augusta, são repulsivos. As notícias ainda mais:

Assédio no emprego é fenómeno a crescer. As vítimas podem ser uma em cada quatro mulheres. No desenvolvimento diz: Quatro em cada dez mulheres são assediadas no emprego.
Regra de três simples, à parte, dá noves fora nada? Uma está para quatro assim com quatro estão para dez? Ou será que é uma igual a todas e todas valem nenhuma? Quem acredita que aquelas senhoras que se vêem sentadas às portas das fábricas, vigilantes por ordem dos sindicatos, que berram em vez de falarem e repelentes em vez de atraentes, são assediadas? Pelas máquinas de costura, talvez, ou pelos seguranças com taxas de alcoolemia nunca vistas. As mulheres portuguesas, muito à frente das suas congéneres europeias, quer em parvoíce, quer em falta de beleza, sonham de noite para contar de dia. Uma em quatro ou quatro em dez? Quem adivinhará a próxima sequência lógica?


E continua: Deco recebeu 700 queixas sobre gestão de condomínios. Ora francamente! Só podem ser adeptos do Cristiano Ronaldo e do Man United a tentarem destabilizar o Chelsea. Por que importunam o futebolista sobre condomínios e sua gestão? Que saberá ele disso? E logo 700 queixas! Terão sido enviadas para a sede do clube londrino à atenção do jogador?

Uma revista noticiava, na capa, que Cristiano Ronaldo, depois de sexo, fazia gelo. Quem não for desportista, não estiver atento ao fenómeno desportivo ou à industria do futebol, não imagine que o rapaz vai a correr encher de água as formas para gelo e pô-las no congelador. Ou será que vai?

Quatro em cada dez Ronaldos serão assediados, continuamente, por dois em cada seis meses, e as portuguesas terão tanta razão de queixa sobre gestão de condomínios, como dos níveis de alcoolemia, no local de trabalho?

Só o álcool mantém a continuação da "raça lusa". Sem ele, não seriam as mulheres, mas as amendoeiras em flor, a serem assediadas. Três em cada cinco?

made in eu

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ela

Heisenberg; Bohr; Houtermans; Schrödinger e outros. Para além da mecânica quântica, em que mais pensaria tal gente?
Físicos. Insistem que tudo começou num ponto que explodiu. O Big Bang deu origem ao universo. Falta prová-lo. Lá chegarão.

Outra coisa que começou e parece não acabar mais é ela. Tal como o universo, está em expansão. Provada há muito, não lhe dei a importância devida, difícil de acreditar.
Julguei que fosse o salazarismo. Depois de uns anos de democracia parlamentar, soube que não era pelo Salazar. Acreditei que fosse a corrupção. O Apito Dourado. Como se compra um árbitro, com putas? Um bom broche vale um penalty e um mau, um livre indirecto? Os partidos chegam lá quase. A vaidade? Ajuda, e muito. Tantas equações, tantos gráficos, tantas estatísticas.


Afinal, qual o mal deste país, desde o seu Big Bang até ao segundo mais actual? A estupidez! É uma bolha que rebenta e se forma ao mesmo tempo. Que cobre tudo e todos e da qual se não foge. Não há partidos que valham. Nem ditadura. Nem parlamento. Nem mecânica quântica. Nem corrupção. Nem broche, bom ou mau.

A estupidez parece parada, como uma mulher estática que espera do homem aquilo que ele dela não espera. E contudo, como diria Galileo Galilei, ela move-se.


made in eu

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

TENS MAIS DE 40 ANOS E A QUARTA CLASSE?

Com as rugas e os cabelos brancos já se sabe que nasceste antes de Maio de 68, por isso, quando te perguntarem a idade, e para não parecer muito mal, basta responderes:
Tenho uma cotaidade de anos...
Se te perguntarem quantos anos tens (relativamente à idade), basta responderes:
Uma cotaidade deles.....

JP+P

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

é uma nação


Conhecidos pares de inimigos enchem as nossas histórias e as dos outros: Sylvester e Tweety; Tom e Jerry; Coiote e Bip-Bip; Montecchio e Capuletos, Cão e Gato, et cetera.

Mas há um par, desconhecido, do qual faço parte: o Porto e eu.

O Porto não gosta de mim. Eu não gosto do Porto. A cidade sabe-o e trata-me mal. Recebe-me com frio, com chuva, com fealdade, com atrasos, parece trocar-me as ruas, baralhando-me e rindo-se de mim.

Não sei porque abomino aquela terra. Talvez pela masculinização do nome. Vai-se a Londres; a Nova York; a Paris; a Lisboa; a Amesterdão; a Estocolmo mas falando do Porto, “vamos ao”. E “ir ao” tem uma conotação contra-natura que, por aberrante, me enoja mais que tudo. Talvez por isso...

Os meus desembarques no Porto são como um mergulho da plataforma de 10 metros. Só que em vez da piscina, de água morna e transparente, afundo-me num tanque de merda.


made in eu

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

and the moon rose over an open field



27 anos num só dia. Como se tivesse sido ontem...

made in eu

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

o fiel e amoroso amigo

As roupas de mulher são tão ridículas como as mulheres sem roupa. Quem outra coisa esperaria?
Darwin estudou a evolução das espécies. Quem estuda a evolução da Mulher? Não é objecto de estudo porque não se pode estudar o inexistente?
Deus não fez a Mulher. Quem faz o mar e o céu não pode fazer aquilo. São tão humanamente irracionais, tão estupidamente idiotas, tão naturalmente irascíveis, que... que é por isso que, não gostando delas, as acho insuportáveis.

A sala quedou-se em silêncio. Alguém que fosse chamar um médico. Ou a polícia. Um encontro de moda e aquele imbecil diz uma coisa daquelas? E quem era ele afinal?

Cresceu o zunzum. Alguém subiu ao palco. Rindo, disse: Após o momento de humor, venho falar um pouco de amor. Afinal, para que serve a moda feminina senão para trair o amor? Atrair o amor, quero dizer. Um filósofo minhoto disse que há mais amor, ou pode haver, num prato de batatas com bacalhau que num beijo. Também o sol influencia muito a paixão e a forma de amar. Enquanto os homens do sul encontram algo erótico nos frutos secos, os do norte, mais nublados, sentem-se atraídos pela pilosidade das suas mulheres.

Era uma catástrofe para o marketing da empresa; para os produtos; para toda a equipa de produção; para o seu prémio anual. Jorge Pimenta desapareceu entre a multidão. Já na rua ponderou regressar a casa naquela noite. Lembrou-se de 'Quem faz o mar e o céu não pode fazer aquilo...'. Pensou nas suas três mulheres: a sua, usando a mini-saia verde que o modelo loiro, de pernas sem carne e peito sem mamas, tinha vestido; na de Pedro e na namorada de Tiago. Caminhou pelo passeio. Viu a ementa à porta, escrita numa toalha de papel. Entrou. E sózinho, numa mesa para dois, sem saber se estava carente ou apaixonado, pediu um prato de batatas com bacalhau.

made in eu

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

sem compromisso

Em duas ocasiões, Mirita viu-se bem fodida: quando Marco se enfiou nela e quando foi à livraria comprar os livros para o filho levar para a escola.

Os comunistas e os bloquistas (ou seriam bloguistas?) não têm vocação para governo, disse o presidente duma câmara. Só o PS e o PSD.

Há muitas Miritas por aí que, como ela, também se vêem fodidas duas vezes na vida: quando governam os socialistas e quando governam os sociais-democratas.

Os administradores do metropolitano de Hamburgo parecem ser uns idiotas. Em hora de ponta, as composições circulam de minuto a minuto. Aprendam com os de Lisboa. Seis minutos. A merda é proporcional ao tempo e começa a escorrer-lhes por todos os poros, contada ao segundo, a partir do primeiro minuto. Ou serão os dos telelés?

Nos paralímpicos, a demonstração de ser verdadeiro português: no que a coxos diz respeito, poucos nos ganham. Aos atletas, parabéns. Esses não têm nacionalidade.

O presidente duma câmara não é atleta mas idiota, quer em Lisboa, quer em Hamburgo.

Marco enfiou-se no Metro errado, por engano, e também ele ficou fodido.

Os bloquistas prefeririam enfiar-se em Marco do que em Mirita e os comunistas, quais atletas, também não têm nacionalidade, fodem-se mais que duas vezes na vida.

A homossexualidade não se limita a bloguistas e parece ter chegado ao topo. O chefe do governo casou com o país, na esperança de levar com ele.

No que me toca, quero o divórcio. Sem veto presidencial.


made in eu

terça-feira, 9 de setembro de 2008

CHAMEM O JORNALISTA, E ENSINEM-NO A CONTAR ATE TRES

RETIRADO DAS NOTICIAS DO SAPO:

"Um homem de 31 anos foi baleado, esta terça-feira, dentro da esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Portimão, quando estava a apresentar queixa naquela força de segurança.
O atirador disparou três tiros, um na boca e outro no tórax da vítima e depois de encetar a fuga foi detido ainda na escadaria da PSP de Portimão."

Na verdade tambem nao me interessa onde foi parar o terceiro tiro, mas é irritante ler noticias tao mal escritas.

JP+P aka GP

PS (uns dias depoist) - Fui ler este blogue e vejo um comentario a este meu texto, e nao resisto a cola-lo aqui, bem visivel, porque é normal a malta nao ler os commenteigas, mas neste caso ficavam a perder a piada do ano, e isso é uma coisa que nao gostaria que acontecesse aos nossos fiéis leitores. Aqui vai a colagem:
osbandalhos disse...
Ó JP+P aka GP, parece até que estás a fazer de propósito e que algo te move contra os jornalistas. Uma notícia assim é um tiro no pé. Aí tens para onde foi o terceiro.

domingo, 7 de setembro de 2008

chamem a política, que eu não pago

É impressão minha ou os participantes da Universidade de Verão do PSD ainda se "estão a cagar" mais para aquilo do que eu?

E a festa do Avante? Tenho que apelar ao meu sentimento religioso. É bom ou mau ter pena?
Paulo Francis disse que a melhor propaganda anti-comunista que se pode fazer é deixar um comunista falar.

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sábado, 6 de setembro de 2008

amuo celular

Reza que, Woody Allen, em filmagens em Paris, comeu, durante 2 meses, sempre o mesmo prato: linguado.

Woody Allen mostrou ser fiel e isso, de acordo com estudos recentes, deve-se ao facto de não possuir um determinado gene: o gene da infidelidade.

Este pode ser um pequeno passo para a humanidade mas é um grande passo para todos os homens.

- É genético, que queres que te diga?

À mulher, para não parecer ignorante e pateta, nada mais lhe resta, por agora, que aceitar os avanços da ciência.

Um dia chegará a vez delas. Vão poder ripostar, contrapor e não aceitarem os ‘cornos’ que a natureza lhes impõe, sem se preocuparem em negar a evidência científica, porque algum cientista irá descobrir que a burrice nas mulheres é também coisa genética.

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

o que arde, cura

Das quatro mentiras contadas à mulher, apenas duas eram verdadeiras.

Era verdade que mentira por amor e era verdade que tinha amor à mentira. As outras duas pouco lhe importavam. Uma era sobre as costeletas panadas e a outra sobre o lubrificante colocado no preservativo.

Não lhe importavam a ele mas, pelos vistos, importavam a ela. - Sou alérgica àquela merda, - disse – agora arde-me quando faço. Quando fazia o quê, pensou Tó, pela curiosidade de saber se a alergia provinha do gel ou do pão ralado.

Não dava mais. Também ele era alérgico àquela merda.



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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

a preto e branco

Nada havia de genético na deformação de Zeferino. Tinha sido acidente. O corte fora directo até 2 cm abaixo da glande. A partir daí, como uma pétala, casca de banana ou asas de frango, a glande abria e acompanhava os dois grandes lábios como se estivessem a fazer amor entre só eles. O resto dos dois corpos faziam outra coisa em nada parecida.
Toda a freguesia de Santa Leocádia de Geraz de Lima sabia de Zeferino. Até Moisés, o angolano mais minhoto de Viana do Castelo.
Numa noite, no café, Zeferino, sentado à mesa, sempre tentanto atrair a atenção dos demais com temas persuasivos, disse que tinha usado shampoo para pontas espigadas, que a sua mulher havia comprado, ou a cabeleireira lhe havia vendido.
- Shampoo para pontas espigadas? – exclama com riso, Moisés, num português arrastado e quase parando a cada sílaba – Para pontas espigadas? Só se for para usares no teu picha.
A bandeiras despegadas foi como todo o café riu. Com ele riram também Zeferino e Moisés. O preto, a pensar que era pela sua graçola. O branco, acreditando que era do género, trocado pelo angolano.


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sábado, 30 de agosto de 2008

sei que não bou por aí

É bom realizar sonhos? Desejos é, talvez, uma palavra mais apropriada. Muitos não conseguem o que desejam, ou sonham. O controlo da vontade é o epicentro da felicidade.

Toininho, rapaz minhoto, tido como tolo pela aldeia, julgava-se feliz. – Fui bítima de assédio sexual – dizia – a filha do padeiro chamou-me caveça de caralho. A Zézita, de bestido e pentelhito devaixo do vraço. Tão ‘voua’…

O epicentro para o rapaz era outro. Desconhecido e sobrevalorizado, digo-te eu, Toininho, é melhor pensar nele que conhecê-lo. O mal duma ilusão: depressa nos desilude.

Entre o que pretendo realizar, qualquer intimidade com mulheres do Minho a Trás-os-Montes, passando pelo Algarve, nem à ficcção pertence. Não se trata dum sonho, mas tão só de um desejo de concretização assegurada.

Sou, ao mesmo tempo, a agulha e a linha de Machado de Assis: vou adiante, furando o pano, e vou atrás, obedecendo ao que faço e mando.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

meter

Não se sabe o que metem mais os políticos; se nojo, se dinheiro ao bolso.

Cristina, do corpo só vendia as mãos, com o consentimento de Toni. Sebastião, político, vendia a alma. Amália dizia que andava a tentar engravidar. - É assim tão difícil? -Perguntava-lhe Joana, mãe de 6 filhos. Busca-se o prazer, sem alma, mas é a natureza quem se impõe sobre o monte de lixo que é a estupidez humana. Cristina metia mais dinheiro ao bolso que nojo. Usava a boca, e não só, para chegar às mãos, como Sebastião. Joana era natural, sem saber o que era prazer. Não precisava. Amália vivia com nojo de Eugénio, seu marido. Sebastião compra as mãos de Cristina, atadas, ou troca-as pela sua própria alma. A natureza não se enganava com Amália. Nem Eugénio. Era Amália quem se enganava com os homens. No comboio, uma outra Amália, chamada Luísa, vendia o olhar a quem o quisesse comprar. Um Eugénio, de nome Carlos, em tudo diferente de Toni, de mãos atadas, orgástico, havia sido, naturalmente, enganado pela mulher, e seria pai de mais um. Bom seria que a sua fêmea, uma Cristina chamada Isabel, se comportasse como uma Amália, a tentar engravidar. ‘Saiu-lhe’ uma Joana, sem boca, nem mãos, a meter-lhe muito mais nojo que dinheiro ao bolso.

made in eu

sábado, 23 de agosto de 2008

marchadoras que não marchavam

Se os medicamentos não produzirem efeitos na disfunção eréctil, não há que desanimar.
Em vez, deve assistir-se a uma prova de marcha feminina. Sorrisos por, afinal, a erecção não fazer falta. Se ainda assim houver sinais de uma excitação menor, aconselho a focar toda a atenção nas atletas portuguesas. Mais que um alívio, é uma cura.


made in eu

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ACIDENTE DE AVIAÇÃO EM MADRID

Não, prezados leitores, não vou cair na tentação do humor negro fácil de contar o diálogo entre ela e ele, em que ela disse: - Tenho que ir cortar o cabelo, que tem as pontas todas queimadas, da viagem de férias ao Hemisfério Sul, e ele responde: - Tiveste sorte de ser só as pontas, outros passageiros ficaram com o cabelo todo queimado!

Este piquenino texto é só para contar, mais uma vez, daquelas traduções tão idiotas que até dão vontade de rir. Desta feita foi na RTP 1, estava a falar o bombeiro que tinha chegado logo a seguir ao acidente, e ele contava como tinha sido difícil prestar socorro: - Ha sido muy dificil, a causa del fuego, las alambradas, el avión ... etc. A tradução: Foi muito difícil, por causa do fogo, das labaredas, o avião... etc.

Para quem não domina razoavelmente o castelhano, aqui fica a pista para a piadinha de hoje: alambradas vem de alambre, que é nada mais, nada menos, que o nosso arame!!! De aramadas (ou vedações) até labaredas, vai uma grande diferença, mas como as traduções na RTP são feitas em cima do joelho, labareda foi o mais parecido com alambrada, e como tinha havido muitas chamas...

JP+P

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

o silêncio das indecentes

Vês os jogos olímpicos? Sim, entre cliques de Rambo e do Playboy. Tens favoritos? Os gritos do Stallone enervam uma caixa de Valium. Favoritos? Qualquer coisa ao Rambo. Não é isso, favoritos nos jogos. Sim. Quero sempre que ganhem as loiras e percam os pretos. Também gosto muito dos apicultores a lutarem com espadas; ganha sempre o que me parece perder. E a tua vida, vai boa? Sim. Sexualmente? Perfeita. A minha mulher odeia sexo e eu também. Sincronizados como dois saltadores de trampolim. Já ouviste falar no Paulo Francis? Não. Ele dizia – já morreu – que o desporto é das coisas mais chatas que o homem criou. Concordo. Mas vês os jogos… Símbolo máximo da estupidez humana: correr 42 km em agonia. Levantar discos pesadíssimos do chão. Já sem falar da excitação dos tiros e do centésimo com que se ganha e perde. Perder por um centésimo é menos humilhante que ganhar por ele. Um centésimo é pouco. Mais rápido só o Beto, que acabava antes de meter. Um betinho… Talvez odiasse sexo, como tu. Talvez. Mas o desporto é saudável. Sim. E torna as pessoas elegantes. Algumas. As meninas do Playboy deviam lançar pesos ou levantar halteres, para as curvas. Crês que também as lançadoras suspiram? Não creio, e nisso deverão ser melhores que as “coelhinhas”. Eu, ao primeiro arfar ou ‘ah’, dou por concluída a minha participação. Silêncio absoluto? Sim. Hastear a bandeira mas sem hino. Qualquer som delas é o meu Stallone: não os suporto. Como não suporto que se riam num segundo e no seguinte estejam a morder o lábio inferior. Ou num centésimo? Num centésimo. Gostas mais das medalhas de ouro, prata ou bronze? Das medalhas ou dos medalhistas? Dos medalhistas. Desde que sejam loiras e não pretos, tanto me faz. E sem ‘ais’. Nem mais.

made in eu

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

De Pequim(ninas) é que se torcem

Em vez de medalhas de ouro, deveriam oferecer às ginastas (!?) chinesas, bonecas. Ficariam muito mais felizes.

made in eu

terça-feira, 12 de agosto de 2008

TORRADINHAS REQUENTADAS

Como já há pouca gente que consiga ler este blog todo, como quem lê um romance (felizmente há excepções, que nos deixam orgulhosos desta produção escrita, se bem que é na China!), aqui fica a quinta edição neste blog: A TORRADINHA REQUENTADA! É fácil, vai-se um ano para trás e escolhe-se um texto, faz-se um copiar da ligação directa ao texto em causa e cola-se no hiperlink, para ler clicar aqui

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

desgostos e outros gostos

A questão é anti-social? Viver bem com isso apesar das “bocas” dos amigos. Das “bocas”? Tu, que nem para a boca? Nem eu para a boca nem a boca para mim. Só de pensar…Ele nem para a boca nem para mais lado nenhum. Este gajo parece maricas. Como é que acha o sexo feminino repugnante? Nojento, mesmo com pelo. A vida tem melhores diversões que os fluidos femininos, é só o que acho. Que interesse têm mamas e suas formas? Que têm mamas a ver com algo para além do incómodo do toque e de tornar infelizes as que as têm, e as que as não têm? Gajas? Acena-se-lhes com paixão, querem dinheiro. Dá-se-lhes dinheiro, clamam por amor. E depois o cheiro… Servem-nos de veículo para o verdadeiro amor: filhos! Para alguma coisa serviriam. Não só. Na mesa, em frente, descrevia-se o nada e não o ser: E às duas por três, deu às duas por trás. Como um anjinho de anúncio. Uma fortuna, aquelas duas. Ainda manténs a não consideração por quem introduz coisas no cu, sem fins medicinais? Claro! Patética a activista ambiental que se acorrenta, contra a destruição da floresta, e se deixa fotografar completamente depilada. Bela é a quietude de olhar para elas sem as ver. Não é fácil. Ou é, se o lermos de um escritor. Como dizia o americano que morreu há pouco, e que não me lembro o nome. Tu lembras-te? Não, mas sei quem é. Norman Mailer? Esse mesmo: Do mal que podemos fazer a nós próprios, nada é pior que ter sexo sem vontade.
Olhares dispararam sobre o que julgavam louco. Invejosos, como trapaceiros. Atraídos, como seguidores.


made in eu

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dobram Sinos

19 horas no relógio da torre. À sexta badalada, entre o dobrar dos sinos, o silêncio do pai e os ais da mãe, Tomé foi concebido.

No acto da concepção, como em tudo na vida, as mulheres são mais dadas a gritos que os homens, sem que se saiba por quê.

Cristão, Tomé conheceu Ana. As hormonas e a oportunidade decidiram um namoro de 6 anos. A fé fê-lo comportar como se de um homem não se tratasse. O casamento misturou miséria com náuseas. A infelicidade dividiu-se pelos dois. Ana não queria nem deixava. Tomé podia mas recusava-se.

Interveio o padre. Cedeu Tomé. Ana não queria mas deixou.

19 horas no relógio da torre. Entre o dobrar dos sinos, o silêncio de Tomé e o silêncio de Ana, Sofia foi concebida, à primeira badalada.


made in eu

quarta-feira, 30 de julho de 2008

o sorriso da aceitação

De todas as paródias da igreja católica, nada me diverte mais que o casamento. Noivos que, perante Deus, juram cuidar-se até que a morte os separe. A morte, essa puta, como lhe chama Lobo Antunes.

Difícil encontrar maior hipocrisia. O casamento católico é insolúvel, transformado numa sanita onde quase todos obram - Sim, aceito – com a mesma displicência com se batem com a consciência de trair o “aceitado”. - Não dá mais. Nunca deu! - Nunca Deus, digo eu. Até que a morte…

Menos engraçado, e hipócrita, era Fernando. À pergunta de Gomes, se gostava mais de gordas ou magras, 'fernandeia' prontamente com a mentira verdadeira : - É me igual. Fodo sempre de olhos fechados.

Não precisavas, Fernando. Toda a vida de casado só cuidaste da tua mulher, na doença e no dever conjugal. Mesmo de olhos fechados tremes, como tremerás perante a “puta” do escritor, acreditando que um dia Deus te levará para junto de Si. Aceitas? - Sim, aceito -.

made in eu

LAMAS

Reportagem na TV (não digam que os jornalistas não se divertem a seleccionar as declarações):

A propósito de um proprietário rural utilizar as lamas provenientes de uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais), e com isso impestar uma zona urbana, depois de uma médica afirmar que não sabia se era por causa disso, mas que lhe parecia que existiam mais casos de problemas gastrológicos, aparece o Presidente da Junta, que no seu melhor fala dos problemas ligados à poluição, dizendo que ninguém vai ali "medir os níveis de ferro e assim"!

Para ele, que é o Presidente da Junta (e a quem alguém falou de poluentes como os metais pesados), é importante traduzir para aquilo que conhece bem, e, lá está, o ferro é um metal, sem dúvida, e dos mais pesados que ele conhece. O "e assim" é relativo a outros metais pesados que ele possa desconhecer, se bem que ele não esteja bem a ver quais são.

JP+P

sexta-feira, 25 de julho de 2008

vizinhança aos saltos

A vizinha de baixo atirou-se de cima da ponte. Ainda pior que sexo, com elas, é suportá-las. A vizinha de cima atirou-se para debaixo de um comboio. Em 1931, John Martin engravidou a mulher de Jim Hale. Jim Hale engravidou a mulher de John Martin. Quando soube, John Martin matou ambas as mulheres. A vizinha do lado não tem beleza, posto que é portuguesa. Jim Hale perdoou John Martin. No dia da inauguração da ponte, a cunhada saltou da janela. Sempre estúpida - diz o cunhado – a ponte em vez da janela, e ficava para a história, como a outra. A mulher surpreendeu o marido ao aparecer no leito conjugal de botas e roupa interior. O marido surpreendeu a mulher com dois sopapos e uma faca com que inutilizou as botas. A vizinha do terraço, em frente, não surpreende nem se deixa surpreender. Desde os 17 anos que Inácio não calça botas. Na ponte não passam comboios. As mulheres não se engravidam nem se matam à janela. John Martin e Jim Hale, não só se suportavam, como tinham sexo, os dois.

made in eu

segunda-feira, 21 de julho de 2008

gatos pretos, pedras e calhaus

Freud nunca iria entender o que queriam as mulheres. Artur perguntava para que serviria se entendesse. Valentim não entendia para que serviam as perguntas. Ele não suportava mulheres, nem sabia quem era Freud.
Artur, ao invés, tinha lido textos do psicanalista e suportava as mulheres, à distância, sendo muito mais alegre longe delas.
As mulheres, cuja vontade, nunca fora entendida pelo austríaco, não se suportavam a si próprias e, longe ou perto, nunca estavam felizes. São elas a verdadeira árvore das neuroses. O seu fruto era um gato preto que se atravessava na vida de Artur.
- É isso, uma gato preto que se me atravessa à frente. Que significado terá?
- Significa que o animal se dirige a qualquer lado, responde Valentim, citando Groucho Marx.
A impossibilidade freudiana de entender as mulheres é tão absurda quanto a possibilidade de alguém imaginar a vontade dum gato preto?
E as pedras? Por que querem as mulheres possuí-las? Admirá-las-ão pela sua inteligência mineral?
Longe delas. Longe delas.


made in eu

quinta-feira, 10 de julho de 2008

outnumbered

A ti, São, como tudo o que escrevi aqui (sempre a pensar que bastava que fosses tu a lê-lo).
Mesmo que o não leias, eu vou fingir que sim.

Há poucos minutos, mastigava um singelo almoço, à sombra de um vetusto pinheiro, no Parque, quando me vejo "engolido" como que por fagocitose, por centenas de t-shirts brancas e bandeiras, assinalando a luta dos enfermeiros, e enfermeiras, pelo sabe-se lá o quê.

Todos, superaram, seguramente, em número, os próprios habitantes do Parque e circundantes, a saber: advogados, pombos e putas.

Se alguma diferença se podia notar entre eles, só nos pombos, que voam alto.

made in eu

quinta-feira, 3 de julho de 2008

GRANDE PESAR

A nossa musa deixou o último palco.
Espero que a sua força se mantenha em nós muito tempo, para trazer o bom humor de volta às nossas vidas, tão depressa quanto possível.

A São será sempre o nosso património!

JP+P

segunda-feira, 16 de junho de 2008

que dia

Sua Excelência, o Senhor Presidente da Républica, Cavaco Silva, teve a boa ideia de dizer que 10 de Junho, dia de Portugal e das comunidades portuguesas, é o dia da raça.
Pena que não haja coragem para, oficialmente, ser assim designado. Pena para Portugal, e pena para o mundo, que poderia incluí-lo no conjunto dos seus dias dedicados, passando a ser o Dia Mundial da Merda.

made in eu

sexta-feira, 13 de junho de 2008

VALHA-NOS O SANT'ANTÓNIO

É tão bonito o casamento. Dois seres que decidem viver juntos perante as leis do senhor. O senhor, por seu lado, é que agradece, pois estas festas são um bom incremento nas receitas do IVA.
O senhor é o mesmo que conseguiu enrolar os camionistas, depois dos pescadores. E, com o seu discurso, vai enrolando ainda muitos portugueses.
Já a grande vantagem do Santo António é ser padroeiro de algumas terras, onde todos os anos fazem um feriado municipal no dia do mesmo. Tudo o mais ou é IVA ou qualquer coisa parecida.

JP+P

segunda-feira, 2 de junho de 2008

SÓCRATES É VENCEDOR

Este fim-de-semana que passou foi decisivo para as próximas eleições legislativas em Portugal, já em 2009.
De facto, o resultado das eleições partidárias no PSD, ditaram que finalmente tivessemos um partido presidido por uma mulher.
Mas, o que se anuncia como uma vantagem eleitoral, uma nova dinâmica na oposição laranja, deverá ser contrariada por um facto que todos conhecemos, e que trará bons resultados ao actual primeiro ministro: laranjas com Leite nunca deram bons resultados. Normalmente acabam em cagada... e da ralinha!

JP+P

domingo, 1 de junho de 2008

SÓCRATES É ESDRÚXULO

No Campeonato da Língua Portuguesa afirmaram que Sócrates é esdrúxulo.
Ora bem! Se queriam fazer um programa realmente pedagógico deveriam explicar o significado. O que quer dizer o radical esdru? Porque xulo cada vez mais gente percebe bem o significado semântico.
JP+P

segunda-feira, 26 de maio de 2008

JARDINAGEM DESTRUTIVA

Não, não é como o título indica um artigo técnico-científico sobre como eliminar as trutas fazendo jardins.

É tão só uma piadinha relacionada com esta nobre arte de decoração de exteriores, que é a jardinagem, neste caso com alguma violência.

O jardineiro tinha recebido ordens expressas: eliminar aquela planta que tinha crescido junto ao muro, mas que com o passar dos anos se agarrara à parede e agora ameaçava entrar já pelas janelas. As pessoas plantam trepadeiras, e depois pensam que elas ficam sempre acanhadas num seu recanto, pensou para consigo o jardineiro, enquanto puxava pelos caules e a planta ia vindo abaixo, deixando na parede e no muro aqueles bocadinhos de raízes que a agarravam à vida.
Mais difícil foi eliminar as raízes na terra, mas nada que este homem tisnado pelo Sol de longas jornadas de trabalho não fosse capaz de fazer. Suou bastante, mas conseguiu eliminar aquela trepadeira. Por completo! E, ao olhar para o local vazio e para a planta a morrer sem sustento, soltou, entre o embargado e a satisfação do dever cumprido, uma exclamação: - Esta já hera!

JP+P

sábado, 24 de maio de 2008

sonhos húmidos (úmidos, para adiantar serviço)

Atendendo à reserva com que os homens falam de si, sempre vou ouvindo falar de sonhos eróticos à medida de cada um: loiras, mamas fabulosas, orgias a dois, nórdicas, etc.

Meu erotismo não é atracção mas claramente o oposto: detesto automóveis e esse ódio é minha maior erecção. O barril de petróleo, orgástico, quase infalível em mim.

Muitas vezes acordo excitado. Pouco mais tempo terei disso. O sonho é sempre o mesmo: gasolina a cinco euros o litro.

made in eu

terça-feira, 20 de maio de 2008

chorões

Por causa do futebol, dizem eles.
Com mulheres portuguesas, como evitar chorar? Mais não seja, por mágoa, e inveja de todos os outros.

Estas estatísticas são a mais pura verdade, e a prova provada, como sói dizer-se, deste monte de merda que é o jornalismo moderno.

made in eu



Seis de cada dez europeus preferem futebol a sexo, diz pesquisa

Anelise Infante De Madri para a BBC Brasil


Torcedor de Portugal, de Cristiano Ronaldo, é o mais 'chorão'
A chegada de dois grandes eventos esportivos do ano – a Eurocopa em junho e as Olimpíadas em agosto – pode ser motivo de preocupação entre namoradas de torcedores na Europa.
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira indica que seis de cada dez europeus preferem ver um jogo de futebol a ter relações sexuais.
Os suecos foram os que confessaram mais fanatismo pelo esporte e menos interesse pelo sexo: 95% dos entrevistados responderam nunca ou quase nunca trocariam uma partida de futebol por uma relação sexual.
Os espanhóis aparecem em segundo lugar na lista dos que deixam o sexo para mais tarde: 72% admitiram que entre o futebol e as relações sexuais, preferem ver os jogos mesmo que seja pela televisão.

'Chorões'
A pesquisa foi feita em 17 países da Europa. O questionário com 18 perguntas relacionadas com a paixão e emoção dos torcedores às vésperas dos grandes eventos esportivos de 2008 foi preparado pelo Centro Europeu de Investigação de Assuntos Sociais.
Nas respostas, os torcedores definiram até que ponto o esporte influi em decisões básicas como planejar um fim-de-semana ou escolher namorados.
A maioria (63%) disse que planeja seu tempo livre em função do calendário de competições esportivas. Só marca programas se não tiver que perder a transmissão de alguma partida.
O time ou seleção também conta como quesito na hora de encontrar uma namorada. Quatro de cada dez entrevistados preferem que a parceira torça pela mesma equipe.
A pesquisa ainda revelou dados sobre o comportamento dos torcedores na hora do gol e da vitória ou derrota de seu time.
A maior parte dos torcedores (88%) respondeu que já abraçou ou beijou a um desconhecido durante a celebração de um evento esportivo.
Na hora de soltar a emoção, 66% admitiram chorar habitualmente nas vitórias ou derrotas de seus times ou atletas favoritos.
Os portugueses são os mais "chorões" do ranking. Oito de cada dez confessaram que já choraram muito ou bastante por culpa do futebol. Os portugueses são seguidos na lista de "chorões" por belgas, alemães e britânicos.
Para liberar a emoção do esporte o melhor remédio é berrar. Essa foi a opção mais votada pelos entrevistados: 95% responderam que gritam muito quando assistem a alguma competição e se sentem aliviados por essa atitude.
Quanto às crendices, 40% disseram que repetem os mesmos rituais nos dias de finais ou eliminatórias. Os espanhóis são os que mais acreditam na influência da sorte e do azar - 69% afirmaram que são influenciados pela superstição no esporte.
As competições, especialmente o futebol, estão tão presentes no inconsciente dos torcedores europeus que, segundo a pesquisa, seis de cada dez chegam a sonhar com a vitória de seus times.



sexta-feira, 16 de maio de 2008

deste tempo

No tempo do novo tempo ordena quem mais apodrece. O pus da mentira escorre-lhes pelos ouvidos, o sangue da sem-vergonha pinga-lhes dos olhos, somente a dignidade lhes sai pelo cu.

Nas ondas de espanto pela capacidade de dizerem tudo, sem que saibam nada, prometem deixar de fumar.

E ao chamamento de filhos-da-puta, só as putas se ofendem.

made in eu

quinta-feira, 15 de maio de 2008

VÃO ACABAR AS MULTAS

Por ordem de José Sócrates, a partir de agora, quem fôr apanhado a prevaricar, apenas terá que fazer uma curta declaração pública, via TV e/ou blogosfera, dizendo: peço desculpa, mas não sabia que não se podia, e a partir de hoje vou deixar de o fazer.

Esta decisão foi muito aplaudida pelo Ministro da Justiça, pois poderá aliviar o trabalho dos tribunais.

Em vez do programa "O Juiz Decide", as televisões públicas vão ter um programa dedicado aos arrependidos, cujo título poderá ser "Não voltarei a fazer o mesmo", ou mesmo "Estou decidido", sendo que as privadas estão já a estudar um formato tipo Reality Show, em que põem os prevaricadores todos numa casa e depois filmam tudo para confirmar que eles não voltam mesmo a desrespeitar as leis.

Claro está que este tipo de multa não se aplica a crimes passiveis de prisão (podendo estender-se em casos em que os criminosos aceitem ser enclausurados num espectáculo de realidade), e, por razões óbvias, muito menos a homicídios, pois de nada serviria um qualquer psicopata vir declarar que não voltaria a matar o Sr. José Coelho, da Rebordeirosa, ou a menina Martinha, de Capotes de Cima, pois que como todos sabemos é impossível matar a mesma pessoa duas vezes.

Já o Sindicato da Polícia, e o próprio Ministro da Ministração Interna, mostraram algum mau estar, pois este sistema pode pôr em causa todo o actual sistema, bem lucrativo, das multas pecuniárias, o que segundo o gabinete do Primeiro Ministro (um gajo ter um gabinete que emite opiniões é mesmo uma coisa futurista) está planeado ser ultrapassado com as receitas geradas pela publicidade, uma vez que tudo acontecerá como numa conferência de imprensa de clubes de futebol, com os nomes dos patrocinadores atrás, à frente, e até poderão passar em rodapé.
Quem for à televisão, ou aqui na blogosfera, e disser que não volta a fazer o mesmo, e for apanhado a prevaricar na mesma coisa, terá um castigo exemplar: 72 horas numa sala branquinha de manicómio, com uma instalação sonora a passar repetidamente a voz do primeiro ministro a dizer, na última campanha eleitoral: "Não vou aumentar os impostos".
E nessa sala imaculadamente branquinha será também proibido fumar!

JP+P

quarta-feira, 14 de maio de 2008

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Este blog é patrocinado pela manteiga PRIMOR, a manteiga que se põe primeiro, a manteiguinha que se põe na torradinha, a manteiga que unta, besunta e dá prazer, a manteiguinha que até dá pra fazer piadinha. Com PRIMOR coma bem, coma tudo, coma com ganas e coma sem dor.

JP+P

terça-feira, 13 de maio de 2008

VIVER DEBAIXO DA PONTE

Numa época em que a nossa sociedade vai gerando cada vez mais situações de pobreza extrema, muitos são os que, a nível mundial, não têm um tecto onde se abrigar.

É um facto que a expressão "ir viver para debaixo da ponte" é bastante antiga, aplicando-se aos casos das pessoas que eram postas fora de casa, ou que por qualquer razão ficavam sem casa.

A Universidade de Berkeley, preocupada com o número crescente de pessoas que vivem na rua (homeless, em inglês), decidiu fazer um estudo, com inquérito aos homelesses incluído, tendo em vista proporcionar o melhor conforto possível a quem não tem outra escolha que não seja viver debaixo da ponte.

Assim, pelo correio, conseguiu enviar um inquérito que teve exactamente 100 respostas, de homelesses de todo o mundo, tendo em vista esclarecer qual o tipo de ponte preferido.

O estudo, abrangente, concluiu que 98% preferem pontes pedonais, devido aos níveis de ruído serem bastante mais reduzidos. 1,5% preferem pontes ferroviárias, pois lembram os seus tempos de criança e os comboios de brincar. 0,5% não sabiam responder ou não responderam.

Daí que a conclusão do estudo seja a de que, nas cidades, os responsáveis autárquicos devem preferir a construção de pontes pedonais, preterindo os túneis, de modo a dar um abrigo confortável ao número crescente de indigentes.

Em relação às pontes, foi ainda perguntado se os homelesses aproveitavam os dias entre os feriados nacionais e os fins-de-semana, para se abrigarem, pergunta que teve um não como resposta quase unânime. A razão apontada foi a de que nesses dias é quando a cidade está mais sossegada.

A Universidade de Berkeley concluiu então que os homelesses são pessoas que têm uma preocupação fundamental em relação à poluição sonora, de um modo geral, e à qualidade de vida e do vinho, de um modo particular.

Na sequência deste estudo, em Lisboa e no Porto, está a decorrer já um peditório para a construção de novas pontes pedonais, sob o lema: no próximo Natal dê um tecto aos sem abrigo.



JP+P

segunda-feira, 12 de maio de 2008

TORRADINHAS REQUENTADAS

Como já há pouca gente que consiga ler este blog todo, como quem lê um romance (felizmente há excepções, que nos deixam orgulhosos desta produção escrita, se bem que é na China!), aqui fica a quarta edição neste blog: A TORRADINHA REQUENTADA! É fácil, vai-se um ano para trás e escolhe-se um texto, faz-se um copiar da ligação directa ao texto em causa e cola-se aqui, para ler basta clicar!

domingo, 11 de maio de 2008

TEORIA DA CONSPIRAÇÃO OFTALMOLÓGICA

I
É assim, se houver mais hospitais como o do Barreiro a contratarem espanhóis para porem os portugueses a ver como deve ser, se houver mais autarcas a mandar portugueses a Cuba para saírem de lá a ver como deve ser, quantos meses vão passar até a maioria dos portugueses verem as mentiras socráticas e vermos as sondagens a castigar o PS como merece?

II
Não há pior cego que aquele que não quer ver. Falam muito dos que foram operados pelo espanhóis e cubanos, e voltaram a ver, mas não falam daqueles que por mais enganados que sejam pelas promessas eleitorais, e pelo cinismo das justificações socráticas para estar tudo cada vez pior, nunca mais abrirem os olhinhos. A esses nem os melhores médicos podem ajudar...

III
Ora, se há médicos portugueses que atrasam as operações, se é o próprio Ministério da Saúde que não contrata com os Hospitais das Misericórdias, ou que não contrata mais médicos espanhóis ou cubanos para virem cá, é fácil concluir que é do interesse dos governantes que os portugueses não consigam ver com nitidez. Assim até este País da peta, da teta e da treta, parece um País de ponta, da técnica e de valores.

IV
Também é verdade que nas clínicas privadas portuguesas, as mesmas operações oftalmológicas podem custar mais do dobro do preço das mesmas intervenções feitas em Espanha, um país onde o nível de vida é muito mais alto, pelo que não será difícil concluir que aqui os lucros das empresas da saúde, neste campo, podem atingir mais de 120% em relação ao outro lado da fronteira. Esta treta das listas de espera, ainda dá teta a muita gentinha...

JP+P

sábado, 10 de maio de 2008

CARRAÇAS DO CAMPO

No tempo dos meus avós apanhavam-se montes de carraças nos campos. Mas agora é comum ouvir dizer-se: o meu filho tinha febres altas, fui com ele às Urgências e zás, apanharam uma carraça.
Ou seja, agora é mais fácil apanhar carraças nos Hospitais!

JP+P

quarta-feira, 7 de maio de 2008

In the wind

Nunca tanta Pescada foi cagada em postas como no “caso Maddie McCann”.

Ele eram criminologistas, pedopsiquiatras, especialistas em pais, especialistas em filhos, especialistas em cães, jornalistas, psicólogos, psicólogas, alentejanos, pretos e putas, entre muitos outros. Cada um disse o que bem quis e o que à cabeça lhe vinha.

- Senhor Director uma palavrinha para a TVK.
- Toda a confiança na Polícia Judiciária.

"A nossa grande Polícia, a nossa Judite. Ó, Ó, a Polícia Judiciária? Das melhores do mundo. Eles sabem bem o que fazem. Eles não são parvos. Não é como a psp, nem como a gnr, a Judiciária? Das melhores do mundo. Quem é que pensam os ingleses que são para virem aqui dizer mal da nossa enorme Polícia? Tratam-nos como saloios, julgam que isto aqui é a parvónia mas enganam-se. Mais não tivéssemos, tínhamos a Polícia Judiciária. Das melhores do mundo."

Um ano mais tarde, mais não tivéssemos...

Quanta mais merda será necessária abater-se sobre nós? Quanto mais provincianismo temos que demonstrar? Até aonde nos levará a estupidez imensa que é este país a transbordar de pacovice, antes de acordarmos para a realidade?

The answer is blowin’ in the wind.



made in eu

quinta-feira, 1 de maio de 2008

eu, tu, ele, nós, vós, eles

A pergunta atingiu o alvo. - Como seria a nossa vida com alguém diferente? - Os casais riram. Todos eles. – Não venham dizer que nada seria diferente, ou que nada melhoraria – acrescentou Tobias - Temos o parceiro certo? Duvido. Era uma questão que incomodava todos. Ninguém se atrevia a dizer algo. - As coisas são como são – disse Marta, por fim – Claro que em alguma parte do mundo deve haver o ser perfeito para nós… Era o reconhecimento de que tudo é uma questão de oportunidade, ideia antiga de JC que implicava, a ver de Pedro, de que as coisas só não eram diferentes porque não era possível que fossem. A ideia que controlamos a nossa vida de forma independente é tão falsa que vamos deprimindo em banho-maria sem sabermos. – adiantou Hélder – A verdade de não haver caminho e de fazê-lo a andar é óbvia. Pois é – acrescentou Tobias – mas a direcção, se de todo desconhecida, podia levar-nos para pior. Não é assim, amor da minha vida? - oferecendo os lábios a Rute, para um beijo, e imaginando-o vir de outra qualquer parte do mundo.

made in eu

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Inácio

Naturalmente, Inácio entrou num café, de mal com o mundo. Tão mal, que ao tirar a carteira do bolso deixou cair o telefone no chão. Apanhou-o. Ao balcão, pediu o que queria. Uma mão pousou, como todos os dias, uma chávena perto de si. Dedos cheios. Unhas pintadas de rosa. Inácio, por acaso, olhou para o lado e viu-a sorrir. É fácil distinguir um sorriso sincero de um falso. Era franco, este, e ainda assim pensou – gorda nojenta – enquanto ela saía para o escritório, roliça, com roupas modernas, cabelo curto, carente e feliz pelo olhar dele. Inácio prolongou na ideia a fala sem voz e, ainda a vê-la – se me dizes o que quer que seja mando-te para a puta que te pariu, monte de banhas -.
Naturalmente.

made in eu

terça-feira, 29 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

ler JC sempre

uma imagem no perfil
Cada vez mais, deparo-me com bloguistas que fazem questão em mostrar uma fotografia sua no perfil e, consequentemente, nos comentários que espalham pela blogosfera. A avaliar por algumas fotos, elas são reais e pertencem, de facto, à pessoas que as usam, já que ninguém, no seu perfeito juízo, iria colocar uma miserável imagem para… é verdade, para quê?
Eu tenho pudor da minha imagem. Os outros não.
Os outros são para mim um enorme mistério!
Sem quer estar a ser muito preconceituoso, até porque, penso, as pessoas não têm que esconder a sua imagem (como é razoável pensar-se), acredito que também não têm que a expor em cartaz, sobretudo num mundo (blogosférico) já tão saturado de gente feia, imbecis, pedófilos, falsos amigos, génios frustrados e tudo mais que nos vier à cabeça. Não é preconceito, é incapacidade de entender. Só isso.Há alguns anos, no final dos telejornais, anunciava-se: No passado dia X, desapareceu de casa dos seus filhos, o idoso Fulano de Tal, vestia… e lá vinha a fotografia “a la minuta” que tanto servia para identificar o nosso avô paterno como, já naquela época, o próprio Paulo Bento em plena puberdade. Claro que, até hoje, nunca se encontraram os idosos desaparecidos e os anúncios deixaram de se fazer.
O que com isto quero dizer é que o que difere as pessoas umas das outras não é o aspecto; no aspecto somos todos demasiado parecidos uns com os outros, de tal modo que, em qualquer parte, passamos bem por viajantes incógnitos. O que nos difere uns dos outros, é, por exemplo, termos ou não termos consciência de que a nossa imagem no perfil, é, pelo menos, desnecessária. Há mais coisas que diferem as pessoas umas das outras, felizmente que sim. Usemo-las!
Vá, toca a limpar os perfis…
jc

sábado, 26 de abril de 2008

25 dabril sempre, fascismo nunca mais.

Nunca mais acaba a treta de sempre.

Até quando se terá de ouvir a mesma cantilena ano após ano?

A esquerda é de uma inovação assustadoramente burra.

Que a 5 de Outubro se grite: República sempre, monarquia nunca mais, e a 1 de Dezembro: Portugal sempre, castelhanos nunca mais. (Mas castelhanas sim. Apesar de não estarem no topo são infinitamente melhores que as portuguesas, desde sempre. E sem gritos, claro está).

made in eu

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ataíde

Ataíde apareceu à hora combinada. Calças de bombazine, t-shirt preta, sapatos de ténis e meias brancas. – Com ténis, sempre meias brancas - dizia. - É a idiota obsessão pelas meias brancas que faz de nós uns provincianos. Não os que as usam mas os que se preocupam com o que os outros vestem, ou calçam.
- Estás vermelhinho - disse-lhe, sabendo o quase ódio que tinha a benfiquistas e comunistas.
- Praia, amigo. Primeiro dia, hoje, na Caparica. A sight for sore eyes - Ataíde utilizava frases idiomáticas inglesas com frequência.
- Sério? Estão melhores as portuguesas?

Sorriu.
- Brincos nos umbigos e tatuagens com fartura. Minhas queridas inglesas que, ridiculamente, apanhavam banhos de sol em Hyde Park. Na Caparica, só as velhas, que poderíamos pensar serem as mais estúpidas, não são. Se algo há que vale a pena observar são os cães. São eles a atracção viva da praia.
Sorri eu. Este Ataíde...

– Os cães?
- Sempre gostei de pêlo e de olhares sinceros. Trocar pêlos por borbulhas, e olhares de vaidade escusada, não ficam bem a nenhuma mulher. Se for bonita ainda escapa, mas bonitas não existem na Caparica, ou não foram hoje à praia. What do I care.

Saímos depois de bebermos o chá. Ataíde, a olhar para um Vacheron Constantin numa montra, choca contra uma mulher que vinha a passar.
- Peço desculpa.
- Caramba! - disse ela. E seguiu.
- Aposto que tem brinco no umbigo e tatuagem na perna – segredou-me ele, e sorriu.


made in eu

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Não é fácil

Irvine Welsh, 'LIXO', uma questão: como distinguir uma 'vaca' de uma puta?

Não é fácil, não é fácil.


made in eu

domingo, 20 de abril de 2008

ADIVINHA DE DOMINGO

Tenho aqui no computador uma pasta que ainda não sei se lhe chamo SAGRES, HEINEKEN ou PROMESSA EM FÁTIMA.
Nesta pasta colecciono fotos ou pequenos vídeos.
Quem adivinha qual o motivo dos ficheiros guardados?

A resposta será aqui colocada em breve, no máximo até ao próximo dia 30 de Abril de 2010.

Uma ajudinha: não é uma modalidade olímpica!