domingo, 30 de dezembro de 2007
Paquistomatão
A senhora Bhutto foi assassinada, dizem. Eu não vi, mas também acredito. Lá no Paquistão (um poeta acrescentaria: onde as mulheres são tratadas abaixo de cão), país representado em qualquer mapa ou globo e que eu acredito que exista, não se matam apenas mulheres líderes. Homens são também chacinados, tomem disto nota as feministas.
Ficava mal com a consciência (a dualidade pessoa/consciência com separação de "quero, posso e mando", ainda há-de ser explicada. Acredite quem quiser) se lamentasse o facto paquistanês.
Que me interessa a mim a vida e morte de Benazir Bhutto? Era política e eu abro um espumante barato quando sei da morte de algum do gang. Neste caso não o faço. Guardo o espumante para os da minha pátria. Merecem mais.
Debaixo daquelas vestes, no Paquistão, há "tomates escondidos", ao contrário dos fatos de marca, dos portugueses, que escondem, entre outras coisas, talões de compra de géis depilatórios.
Aqui não se assassinam políticos. Mais fica. Abrirei o espumante na passagem do ano, em que acredito que vamos continuar a ser ortofodidos por governantes sem tomates, ou pelo menos com eles depilados, o que dá no mesmo.
made in eu
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Já!
O que era do Português sem o Brasil?
made in eu
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
o grande livro das ilustrações
Pesar? O amigo achava que não era uma questão de peso.
Não compensa. Às vezes a performance sai bem e ela não te larga mais e é aí que torce o rabo, a porca. Aí, é o caos. Aí, tens que lhe contar a verdade e aí ela vai-se sentir traída. Traída por si mesma.
Caos? O amigo não acreditava em relações caóticas.
A verdadeira traição é delas e é essa que lhes dói mais. Elas traem-se a si próprias ao acreditar em contos de fadas. Elas são as traidoras, sabem-no mas negam-no e ao negá-lo transformam-se no que sabemos: algo do qual queremos estar longe.
Estar longe? O amigo não acreditava em distâncias.
Não compensa, amigo. Por um pouco de coisa nenhuma não vale a pena perder tudo, ainda que tudo seja quase nada.
Perder tudo? O amigo nunca perdia nada.
Vamos?
És muito certinho. Olha que só as neuróticas é que gostam disso. As verdadeiras mulheres… a minha é de punho fechado por onde a apanho. Nem o bico abre. É uma santa. Santifiquei-a eu.
Cai o pano. Sem molas da roupa e com o vento, a flanela voou em direcção aos dois amigos que caminhavam e se olhavam com a mesma comiseração.
made in eu
"Amar acima de tudo a liberdade" Beethoven
O clip mostra o nojo dos filhos-da-puta que governavam o Brasil em 1973
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
HOJE É NATAL
Este post RESISTIU aos habituais atrasos com os correios nesta época parva!
Seguem-se as assinaturas dos bandalhos de serviço:
S * Tê * made in eu * rosina ramos * ai o canedo * jc * JP+P * Conde Afonso * Benvinda das Dores e Morais * Pinus * Doutor Zeca
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
CONSOANTE COM A CONSOADA
No blogue original chamava-se "NOBEL":
Investigador português descobre doença para a cura do bacalhau.
Para quem não acredita, aqui pode procurar o original: http://souburro.blogspot.com/
JP+P
domingo, 23 de dezembro de 2007
esse desconhecido...
Bem-aventurados os homens porque é deles o "Reino dos Céus".
made in eu
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Exmas Senhoras Donas
Diferentes mas modernas.
Tão modernas e diferentes, que chegam a calçar botas mais bonitas que elas próprias, malas mais bem feitas e telemóveis mais inteligentes.
Mais burras só mesmo as outras, tão modernas e diferentes.
made in eu
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Tais palavras tirou do experto peito:
Brilhante frase. Quem a disse? De onde?
Porque haveriam de querer mandar, para lá do Marão, os que cá estão?
Não sei onde fica o Marão. Para lá do, ainda menos.
Sei apenas que as mulheres de lá são como as miúdas das escolas secundárias, cantadas pelo Grupo de Baile: com mais buço que pentelho.
Assim, mandam os, ou mandam as que lá estão?
Não me interessa. Nem me interessa quem se interesse. Apenas as frases populares e a sabedoria que demonstram.
A dica, a quem quiser demonstrar a glória deste povo em valorosas palavras: Tão paneleiro é o que vai, como o que deixa ir.
E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram.
made in eu
minhas as palavras d' ELE
Avacalhar, avacalhar, avacalhar.
Deu-me para me vir para cima da pátria e não para cima das patriotas, de alma ou nascença.
Quando já não der para me vir mais, mijarei para os pés e isso, tal como aos políticos e as políticas, e aos que fazem política, e às que fazem broches... quero que foda.
No hard feelings :))))) *********
sábado, 15 de dezembro de 2007
perturbação
Nós somos os gatos do primeiro-ministro. Aos seus olhos, aparecemos distorcidos e com formas fantásticas e hostis.
O escape da realidade é mais grave para nós que para ele. Não somo tintas em tela mas só o sabemos nós; ele julga-se artista e dos bons.
Louis William passou os últimos anos de sua vida, num hospício, pintando gatos. Outra coisa não sabia fazer. Outra coisa não poderia ter feito.
Não imagino onde acabará o primeiro-ministro. O seu, e nosso hospício, é o país esquizofrénico que governa. A sua esquizofrenia é o seu sorriso, e as mentiras, o seu miar.
O nosso gato, por nós alucinado - louco que nos enlouquece – na tela em que nos pinta mentiras, não pode ser mais que uma ilusão, ou a desilusão, de algum louco pintor que julgava ser fácil pintar um filho-da-puta.
Pintou-o, mas foi difícil.
Miau…
made in eu
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
sexo em guerra
Henry Kissinger
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
PRENDINHAS DE NATAL BARATAS
Na impressora do seu serviço, imprimiu dos dois lados em papel branquinho (que pena o serviço não utilizar papel reciclado, ficava bem mais simpático) alguns dos melhores textos deste blog, recortou umas cartolinas velhas e colou umas etiquetas, feitas pela sua imaginação, usando ainda a impressora do serviço, a fazer a capa: AS MELHORES PIADINHAS E TORRADINHAS, e outra: COLHEITA 2006-2007, e na contra-capa outra etiqueta: LIVRO ÚNICO E NÃO PREFACIADO PELO COLECTOR - ANTÓNIO TONI-TONI.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
TORRADINHAS REQUENTADAS
É fácil, vai-se um ano para trás e escolhe-se um texto, faz-se um copiar da ligação directa ao texto em causa e cola-se aqui, para ler basta clicar!
domingo, 9 de dezembro de 2007
Fez-se luz
Sa chevelure était blonde;
Il n'eût pas eu son pareil,
S'il eût été seul au monde.
Il eut des talents divers;
Même on assure une chose :
Quand il écrivait des vers
Il n'écrivait pas en prose.
La Palisse fez-me ver o quanto estou errado. Se não tivesse visto, julgaria estar certo.
Os portugueses não são burros. Os outros é que são inteligentes.
As portuguesas não são repelentes. As outras é que são atraentes.
made in eu
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
O FERIADO NESTE BLOG É NO DIA 7
Amanhã, como é feriado nacional, talvez ninguém se lembre de nenhuma piadinha, depois é Domingo, bom dia para também não escrever aqui nada.
JP+P
guerra dos mundos
Um dia, mais cedo ou mais tarde, vai dar-me um pontapé no cu.
Engana-se se julga que ficará a rir.
Tenho um mundo só meu. Esse levo-o. Comigo desaparecerá, quando e aonde eu desaparecer, o meu mundo.
made in eu
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
delas não
made in eu
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
aliança luso-britânica
- Do you mean it?
- Yes! If you broche me.
made in eu
para osbandalhos ambientalistas, um estudo de quem não tem mais nada que fazer hehe
Casais divorciados provocam aumento no número de domicílios
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, indica que o divórcio tem um impacto negativo sobre o meio ambiente, já que a decisão leva a um aumento no número de domicílios e no consumo de recursos cada vez mais limitados, como energia e água.
A pesquisa analisou a situação da moradia em 12 países entre 1998 e 2000, inclusive o Brasil. Os pesquisadores fizeram uma comparação entre o tamanho das casas e o número de quartos em residências de casais divorciados e casados e, a partir disso, fizeram uma estimativa do número de domicílios adicionais criados por causa dos divórcios.
Os dados levantados apontam que, em 2000, pessoas que se divorciaram ocupavam no Brasil 410.413 novos domicílios e cerca de 3,7 milhões de novos quartos.
Em 2005, apenas nos Estados Unidos, os domicílios de casais divorciados poderiam ter economizado 73 bilhões de quilowatts por hora de eletricidade e cerca de 2,37 trilhões de litros d'água se “sua eficiência no uso de recursos fosse comparável à de lares de pessoas casadas”, diz o estudo.
De acordo com Jiangao Liu, que liderou a pesquisa, “o divórcio demanda muita energia, e requer soluções criativas.”
Lixo
Divulgado nesta segunda-feira pela publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo também diz que casais divorciados podem produzir mais lixo e poluição atmosférica, o que contribui para as mudanças climáticas e provoca impactos na biodiversidade.
“Quando o divórcio acontece, alguns objetos compartilhados são jogados fora e novos utensílios domésticos são comprados. É provável que as visitas dos pais divorciados a seus filhos também aumentem o consume de energia e a emissão de gases do efeito estufa”, diz a pesquisa.
Para os estudiosos, o divórcio deve continuar provocando impactos no meio ambiente caso os governos não criem políticas para reduzir a dissolução dos domicílios.
Segundo o estudo, “os impactos ambientais do divórcio e outros estilos de vida, como a separação, devem ser considerados tanto quando são feitas escolhas pessoais como em políticas do governo”.
“As moradias de casais divorciados devem também melhorar a eficiência no uso dos recursos limitados.”
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
PINELEIROS
Uma das ideias da Europa foi definir um conjunto de zonas onde se faria uma cuidada gestão dos espaços naturais, a Rede Natura, impedindo a sua destruição pelos interesses económicos da população em geral e de autarcas corruptos em particular. Na defesa de um património que nos pertence a todos, e que deveria chegar preservado aos nossos vindouros!
Mas eis que o governo de José Sócrates descobre uma maneira de fazer pescadinhas de rabo na boca com as leis de protecção da Natureza, basta assinar um papel numa reunião de amigos e um projecto que destrói o ambiente passa a ser considerado de Potencial Interesse Nacional, um projecto PIN.
Depois de governos que promoveram a destruição das florestas das nossas serras, através da plantação de eucaliptos por empresas privadas e estatais, dando origem a um novo termo, a eucaliptização (este Verão essas empresas já andaram a sensibornar (sensibilizar para um problema através da oferta de almoços grátis) deputados do povinho eleitor para a necessidade de verbas do estado para retirar os eucaliptos e voltar a ter florestas nas nossas serras), temos agora um governo cujos elementos querem ficar conhecidos como os grandes PINeleiros do que resta da nossa Natureza.
Bem pode a QUERCUS protestar e estrebuchar, porque estes projectos PIN são mascarados de motores do desenvolvimento regional, e isto as pessoas gostam de ouvir. Só não se ouve ninguém dizer é que se fossem 50 pequenos projectos de pessoas da zona que agora vai ser destruída, que fossem verdadeiramente de desenvolvimento regional, o governo não acharia que era uma boa PINeleirização do País. Porque será que só as grandes empresas é que conseguem convencer os governantes? Porque será que os portugueses gostam tanto de baixar as calças perante os grandes interesses económicos?
Vem isto a propósito do grande projecto para a zona de Mira, de uma empresa multinacional. Está na hora dos portugueses se mostrarem frontalmente contra os PINeleiros, governantes ou empresas. Está na hora, mas como a malta anda sempre atrasada, o mais certo é não termos invasões de activistas a supermercados para roubar os produtos das empresas em questão, o mais certo é não termos activistas a invectivar os PINeleiros nas suas aparições públicas, aliás, o mais certo é não termos activistas, porque vêm atrasados!
Esta ideia da PINeleirização foi pedida emprestada neste blog, mas era mais engraçado se chegasse aos meios de comunicação social, pois estamos na era Fónix!
JP+P
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
DECLARAÇÕES DO DIRECTOR DA IGAI
domingo, 2 de dezembro de 2007
LEITURA OBRIGATÓRIA
Não evitei, hoje que é Domingo, pecar e roubar mais um autor:
Descubra as Diferenças II
O "período" é muito masculino.
Chateia meses a fio mas assim que sabe que a gaja está grávida, deixa de aparecer.
Rir ainda é o melhor remédio... e o governo ainda não se lembrou de lhe aplicar o IVA e entregar a sua distribuição aos colegas de quadrilha da Associação Nacional de Farmácias. Aproveitem meus amigos!
JP+P
AVADA KEDAVRA
Ideias do cacete
Os CTT lançaram uma nova rede de telemóvel com um nome, vá lá... estúpido.
Phone-ix. Ó meus amigos, isto nem sequer é minimamente decente! Não estão mesmo a ver os malandrecos dos tugas a alterarem ligeiramente a sonoridade original desta palavra para um sugestivo Fónix?
Como diria o outro, qualquer dia, estão a fazer uma campanha com bolinha vermelha a acompanhar:
Phone-ix, uma rede fodida de boa!
Pela amostra, acho que não erro muito se fizer aqui publicidade (clicar aqui). Ao blog! Porque a publicidade ao Fónix já é garantida.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
na cara dela
Tenho pouco interesse em gente nova. Algumas figuras históricas seriam interessantes. Quem gostaria, verdadeiramente, encontrar, era a senhora cujos filhos todos conhecemos: a Puta.
Pela senhora, e apenas por si, teria votado a favor do aborto, dir-lhe-ia na cara. E afinal você deu à luz nada mais que abortos. A senhora é a que os pariu a todos: todos os “azais”, todos os governantes e todos os outros filhos de todas as outras putas. Aprenderam bem e depressa. Fazem o que preciso for por dinheiro. Só não parem filhos.
Acredito que ame os seus meninos tanto quanto eu os odeio. Que os queira ver vivos, tanto quanto os quero ver mortos. Que os queira a demonstrar bem alto de quem são filhos. Nisso são ases, não precisa de se preocupar.
Não lhe agradeço o trabalho de os ter feito. Aliás, não só a senhora que os pariu sabe o que é ser mãe de tais filhos, como sabe ser filha de tal mãe. Não sabe, sua filha da puta?
made in eu
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
por um par de pernas
Por um par de pernas, pensou, por um par de pernas boas, aturar isto há anos…
- Não vales nada nada ó pensas calguém tatura? Hem, não dizes nada né? Aí caladinho desgraçado que nem a merda das meias pões no cesto aquela puta séria sou eu e ela équié boa e como foram logo apanhados coitadinhos pensavam que ninguém os via hádes vir comer ainda aqui…
Voltou-se Freud na sepultura. Deu uma volta sobre si, o iceberg do consciente. O ego tornou-se super e o super, ego. O subconsciente submergiu e como que se pulverizou de LSD, e os sons passaram as marcas da evolução, e as cores as da civilização, e cegueira tomou o lugar de visão e a visão a da naturalidade.
Como uma gazela enfrentando um leão. Com consciência ou sem ela, o leão precisa de nada apenas porque não sabendo que é leão não quer saber que é gazela.
- Devia pensar queu não ia saber aquela miserável ela que venha queu quero ver queu quero…
Percorreu a mão o espaço necessário à força suficiente para que silêncio se fizesse.
Do outro lado da parede ouviria quem lá estivesse ou quem se cruzasse na linha:
- Mãe, bateu-me.
- Para que vejas que eles são todos iguais. Para que saibas o que passei com o teu pai…
made in eu
domingo, 18 de novembro de 2007
eco e raçografias
Só feminino?
A 14 de Outubro, James Watson, prémio nobel em 1962, por descobrir a estrutura do DNA, disse, numa entrevista, que as políticas para África estavam erradas por se partir do pressuposto que a inteligencia dos africanos era igual à deles (brancos) quando todos os testes indicavam o contrário.
Acrescentou que não havia razão para acreditar que raças geograficamente distantes tivessem evoluído da mesma maneira e que, embora esperasse que todos fossemos iguais, aqueles que têm que lidar com empregados negros sabem que não é assim.
Será James Watson um entendido? Acreditará também que existem diferenças de inteligência entre homens e mulheres, numa base biológica? E numa base orgástica em orgia de proteínas?
O cientista pediu que o desculpassem pela má interpretação.
Em 1997, o Sunday Telegraph atribuiu a Watson o seguinte: "Se o gene da homossexualidade fosse descoberto e uma grávida soubesse que o seu "bebé" o tinha, isso dar-lhe-ia direito para abortar".
Numa conferência, em 2000, mencionou ligações entre a cor da pele e a capacidade sexual, e entre o peso e a ambição.
Em 2003, num documentário na televisão inglesa, Watson sugeriu que a estupidez era uma doença genética e que deveria ser tratada.
Que qualidade de imagem se obteria num eco ao cérebro de James Watson?
Gosto de gente que me faz rir. Gosto de gente corajosa. Gosto de gente diferente.
Falta-me coragem e não faço rir ninguém. Excusado submeter-me a qualquer ecografia cerebral...
Um estudo, porém, passou ao lado do grande Watson. Que teria a dizer se alguma vez comentasse a genética dos portugueses? E das portuguesas?
Continuaria a afirmar que temos um DNA de duplo filamento em forma helicoidal? Ou o nosso é apenas paralelo, levando a que a fealdade e a estupidez caminhem lado a lado na vida, até que a morte as junte numa espiral sem eco?
made in eu
sábado, 17 de novembro de 2007
Arthur
O quanto ele gostava das portuenses nunca o disse. Imagine quem quiser. Não é difícil.
made in eu
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Das duas um
Batista via em todas uma filomena. Em cada uma delas, duas coisas pareciam-lhe repugnantes.
Para além da sublime missão de amamentar, para que mais serve uma mama? E se uma serve para nada, para nada servem duas.
As filomenas tentam rendas para as tornar mais servidoras, ou servidas; cortam-nas para as encher e cortam-nas para as vazar.
Pobres filomenas. Pobres mamas. Pobres rendas e paupérrimo Batista que, por causa de um acidente de trabalho, uma coisa era nele ridícula: o esquerdo.
made in eu
terça-feira, 13 de novembro de 2007
ECOGRAFIA
domingo, 11 de novembro de 2007
bom proveito
Nenhum queria ser como ele. Todos queriam que todos o fossem. Ficaria cada um com as portuguesas para si, e para si só.
Bom proveito lhe fizessem. Bom proveito lhes fizesse.
made in eu
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
atalho
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
sexo oral dos velhinhos
- Quantas vezes devo tê-lo?
- Quando te casares não queres outra coisa; várias vezes ao dia. Mais tarde essa vontade passa e talvez uma vez por semana. Com a idade cada vez terás menos e tê-lo-ás uma vez por mês, talvez. Quando fores mesmo velho, uma vez por ano é uma sorte. Quem sabe no teu aniversário...
- Como és tu agora com a avó?
- Ah! Nós agora só temos sexo oral.
- Sexo oral? Que é isso?
- Ela vai para o quarto dela para a sua cama e eu vou para a minha cama no meu quarto. Então ela grita: Vai-te foder, e eu respondo: Vai tu!
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
sopitamento
Tente-se dormir com uma e ver-se-á que, nenhuma substância, conhecida ou por conhecer, causa tanta sonolência.
made in eu
sábado, 3 de novembro de 2007
português
Como se não bastasse a miséria em que deixámos todos os países por onde andámos (nem um escapa), ainda é o motivo de maior orgulho da nossa história. Pela infâmia dos descobrimentos se fazem comemorações. É o ser português na forma mais pura: a mais pura merda.
Diria o saudoso Paulo Francis: PUTA QUE PARIU!
made in eu
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
dos Sopranos
O marido chega a casa e oferece à mulher um magnífico ramo de flores.
- Que lindo, diz ela, vou ter que abrir as pernas, não é? Responde ele: - Porquê? Não tens uma jarra?
uns maricas...
Por causa das cheias provocadas pela chuva, uma torrente de dinheiro vai para os produtores alemães.
Os ingleses, que da europa só querem dinheiro, recebem-no a jorros por causa dos bovinos doentes – tudo o que é doença bovina ali vai parar (excesso de vacas?) –
Isto é: quem se fode a valer é altamente recompensado através de subsídios da União Europeia.
Todos menos nós, portugueses, que temos que suportar, ouvir, ver e (tentar) tolerar as portuguesas. Para nós, nem um subsídio sem fundo, perdido ou achado, bastava...
Não há quem nos defenda nas mais altas instâncias europeias porque desde sempre somos governados por maricas e ejaculadores precoces.
made in eu
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Catarina, a grande.
Rabadinha era a freguesia mais pequena do concelho de Rabadela.
A presidenta da junta de freguesia, Catarina, era muito querida em Rabadinha.
Os seus apoiantes, depois da vitória na eleições na pequena terra, prometeram dar-lhe uma maior em Rabadela.
O sonho de Catarina, no entanto, era poder ganhar o município em Rabada.
Alguns julgaram tal vitória pura ilusão: uma em Rabadela era possível e até provável, mas nunca conseguiria ser presidenta da câmara em Rabada.
Dando tempo ao tempo, Catarina, com ansiedade, vivia na expectativa, mal podendo continuar sentada na cadeira onde tantos gostavam de a ver ser 'a senhora presidenta', em Rabadinha.
made in eu
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
DEstaCO
Apoio da DECO a famílias endividadas aumenta 618%
Ouvido de passagem à leitura do jornal:
- Pai, tu pensas como eu?
- Claro que sim, meu filho.
- Também queres que as famílias endividadas se fodam?
- Também, meu filho.
- Boa, pai, és bué da fixe.
made in eu
terça-feira, 30 de outubro de 2007
elas não vêem, não se vêem, nem se vêm
Há quem se venha com o acordo de Lisboa. Há quem se venha sem acordo. Há quem se venha em Lisboa e há quem não se venha nunca. Esse, nunca está de acordo, ou se está não é em Lisboa.
Não vi, nem concordo, nem me venho com o que foi dito, nem com o que não foi. Menos ainda com o que ficou por dizer.
O acordo veio-se em Lisboa. Lisboa veio-se com o acordo.
Elas nada tinham visto e, tal como quem há, não se vêm nunca.
made in eu
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
vai acima, vai abaixo...
Mentirosos ou idiotas, é-me igual.
Continuarei a abrir uma garrafa de espumante barato cada vez que um desaparecer.
made in eu
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
TODOS OS VÍCIOS
Aqueles a quem "cabe a sorte" de nascer o vício do trabalho, é como se ganhassem uma nova vida. Antes sonolentos, agora hiperactivos. Põem a mãe do vício no olho da rua, ingratos! Esquecem-se facilmente de como a preguiça é tão boa.
Outros há a quem lhes nasce o vício do sexo. Segundo um estudo da Universidade de Berkeley, metade destes são como os viciados no trabalho, são hiperactivos e lá se vai a preguiça também para o olho da rua. Dão-se ao trabalho de procurar mais e melhor, assumem um papel activo nos jogos sexuais. Outra metade, são bem mais compreensivos, mantêm a preguiça sempre consigo, a vida sexual fica sempre intimamente ligada a estar deitado, quanto mais vezes melhor, mas sem grandes trabalhos, o que vier à rede deitada ao mar é peixe.
Mas há ainda o vício dos vícios, que é a internet! Para que a preguiça seja recompensada há que desenvolver depressa um sistema de ligação directa do computador aos neurónios, porque isto de teclar é cá uma trabalheira! E assim até a dormir podíamos visitar sites onde o vício e a preguiça são coisas belas e inspiradoras dos sonhos mais lindos.
Fica aqui uma pergunta pertinente:
Para quando uma associação dos trabalhólicos anónimos, para ajudar estes a reencontrarem a preguiça.
- Mãe, és tu???
JP+P
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
É rei?
Naquela terra de cegos ninguém era rei. Não o era o que tinha um olho. Tampouco era o que tinha dois.
Um dia foram à caça e decidiram vender a todos os restantes, gato por lebre, que o comeram sem pão. Sem voz para apregoar, passou pela aldeia, o padeiro, e os habitantes nem o viram.
Assim reinava a paz, e não um rei, naquela terra de cegos.
Cláudia, essa, a formosura em mulher, permaneceria intocada para todo o sempre. O olho de um só tinha olhos para o de dois e os dois do outro para o de um.
Cláudia, sem ver o único que lhe podia valer, o padeiro, nunca o padeiro viu, e os amantes, por se recusarem a vê-la, eram, entre todos, os piores cegos.
made in eu
terça-feira, 23 de outubro de 2007
ANA MALHOA
Malha #1 - Ana e Rita, grandes amigas, até que um dia um assunto de calças as fez inimigas. Sem perdas de tempo, um fim de tarde em que Rita saía de sua casa para a habitual sessão de capoeira, apanhando-a a jeito, e munida de um belo cabo de vassoura, Ana Malhoa!
Malha #2 - Ana vivia bucolicamente na aldeia, sem stress e ocupando-se das tarefas do dia a dia rural, entre a horta e a capoeira. O seu padrinho ofereceu-lhe uma bezerrinha, que cresceu saudável nas pastagens. Mas era toda branca, por isso Ana Malhoa!
Malha #3 - Ana e Rita, grandes amigas, viviam na aldeia, sem stress e ocupando-se de tarefas do lar, entre a culinária e os lavores. A especialidade da Rita eram as carnes, a vitela de Lafões no forno. A especialidade da Ana eram os trabalhos com agulhas de tricotar, fazia botinhas para bebés e casacos. A alcunha da Rita era a "bezerroa", a amiga era a "Ana Malhoa".
JP+P
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
ele e ela
Nunca se apaixonou ele. Ela sim. Ele sentiu-se perdido. Ela triunfante.
Passaram pelo tempo, ele e ela. Ele satisfez-se sempre. Ela nunca.
O casamento pediu voto de fidelidade. Ele aceitou. Ela também. Ele cumpriu. Ela não. Ele ficou triste. Ela feliz. Ele desolado. Ela despedaçada; não a salvaram os médicos, nem Deus.
Ele não queria casar. Ela quis.
made in eu
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
18 de Outubro
made in eu
É DIFÍCIL RESISTIR
http://pftv.sapo.pt/showall/2/1/
É que são umas atrás das outras!!!!
Peço desculpa, mas estive a ler o famoso Arcebispo e estava lá a referência a isto, acho que se deve alargar a divulgação.
JP+P
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
17 DE OUTUBRO - LEVANTA-TE CONTRA A POBREZA
Avisam-se as pessoas mais caridosas, que se depararem com pobres a pedir de mão estendida, resistam ao impulso de lhes darem uma esmolinha, pois podem cair no fosso e as consequências poderão ser trágicas! Aconselham-se os donativos nas caixinhas de esmolas, que existem para o efeito, nas igrejas ou ainda os donativos através de agências bancárias, nomeadamente em bancos que desculpam dívidas aos clientes com problemas financeiros. Isto sim, é caridade segura!
JP+P
zé tó
Um dia, depois de um orgasmo, olhou bem fundo nos olhos da Conceição e emocionado perguntou:
-Queres dar o nó?
Ela, com os olhos molhados e sorriso parvo, acenou feliz que sim.
Então Zé Tó tirou o preservativo usado e passou-o para a mão da Conceição...
Elogre
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
crónicas de turim ou "gritar de fome"
1 Não vivermos com fome
3 Se não podemos comer ou vender tudo dentro do prazo devemos dar, vender, trocar com quem precisa
4 Precisar de comida é precisar de uma alimentação equilibrada e de comer em paz e de saciar a fome e de nos sentirmos nutridos
E depois sou a única também a perceber o que o professor diz na aula, ao ponto de conseguir escrever o programa informático que este pediu.
A fome é a guerra interna dentro de cada um e, sem a vencermos, não podemos ser agentes de desenvolvimento, nem de nos próprios
A propósito de fome, na semana passada a universidade gentilmente organizou uma recepção aos estudantes erasmus, com um buffet pequeno, mas que até tinha empregados a servir as bebidas! Logo aí dava para a maioria perceber que devia ter uma atitude delicada na degustação dos aperitivos Piemonteses (região italiana onde Torino se encontra). Mas, para não faltarem cá dignos embaixadores da esperteza saloia, logo cai sobre a mesa, para onde eu me dirigia, um bando de famintos portugueses dos quais o melhor exemplo foi a usurpação de um pires de amendoins por uma conterrânea que os engolia à mão cheia!
e a quem pergunto em bom português :"olha lá, tu não tens comida em casa?!!"
e ela, sem me olhar nos olhos, responde de costas curvadas e voltadas para a mesa e ao canto da sala, "ahhhh" (tipo: pois...por acaso...)
eu olhei-a com um misto de vergonha e pena já que tb sou portuguesa, e não gosto de passar fome, mas é pouco provável que lhe falte dinheiro para comer, mas deve faltar a consciência que, sem o fazer, não vai conseguir usufruir da viagem, das aulas, dos amigos, dos momentos pois falta a parte física da paz interna e sem a qual somos apenas animais famintos e com o único horizonte de saciar essa privação.
Rosina Ramos
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
disto e daquilo
Cada vez que Fernando pensava naquilo a casa não vinha a baixo. Nem a casa, nem a Trindade, e o Carmo ficava de pé.
Não sabia Fernando que, dois prédios depois da esquina, Amaro pensava o mesmo.
Pensar naquilo, com quem se jurara amor eterno, era odioso, mas deveria ser feito, quer pela não importância matrimonial, quer pelo poder de se ser homem, sem laivos de piedade.
O café da frente tornara-se o epicentro que os transportaria àquilo.
Não sabia Fernando que ela o fazia com Amaro. Mal sonhava Amaro que ela deixava fazê-lo com Fernando.
Aquilo não se fazia, ou devia, mas faziam-no, sem dever.
Cada um tinha pena do outro, sem saber dele, sabendo dela.
Estúpidas mulheres, pensava cada um enquanto naquilo.
Cruzaram-se na farmácia e pagaram o mesmo: sabão anti-bacteriano e um tubo de vaselina esterilizada.
Elas, enquanto não pensavam naquilo, bebiam um café, alguns metros afastadas; uma olhando de lado a saia da outra, a outra sorrindo, antes de chorar, da blusa de alguém.
Até quando se manteriam o Carmo e a Trindade?
made in eu
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Venha a nós o Vosso reino
As fatiotas do séc XVIII – creio - mostram onde parou o país.
Os aficionados pedem mais, e os imbecis, contentes pelo orgástico ambiente, galopam para espetar mais uma lança no animal.
As televisões, pouco iluministas, têm a sua própria corrida. As imagens mostram “tias” que, com toda a probabilidade, têm cornos maiores que os do animal que gostam de ver sangrar, e brilham pelos anéis e gargantilhas que não valem. Brilho proporcional às pegas que fazem os que lhos deram, com outras chocas.
Um ministro diz ser um orgulho colocar o país na linha da frente em matéria de energias renováveis. Outro, quer fazer chegar a banda larga a todas as escolas. Outro ainda, há-os para todos os gostos, ou desgostos, fala do défice monetário, do alto dum défice mental.
A quem querem passar a ideia de sociedade evoluída? Aos peões de brega? Ou aos grupos dos ridículos forcados que no frente a frente com o animal mostram andar mais sobre quatro patas que este?
Duas espécies de mentecaptos empedernidos glorificam a estupidez humana: os portugueses e as portuguesas.
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando…
Olha que não, Luís Vaz, olha que não.
made in eu
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
a sorte do mundo
a galinha, da cozinha
ou se porta direitinha
ou apanha com a asa
que o galo é o dono da casa
Sérgio Godinho
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
CRIMINOSOS
Vamos para a escola e os professores premeiam os mais organizados, incutindo em toda a criançada a importância da organização.
Diz-se que Portugal teria a ganhar se fosse mais organizado, o caos é sempre referido com uma conotação negativa.
Mas o pior é quando as forças policiais perseguem o crime organizado. Tanta pedagogia, e quando os criminosos se esforçam por fazer uma coisa digna de se ver, são perseguidos impiedosamente.
Não é muito, mas muito pior o crime desorganizado? Porque é que esse nunca aparece nas notícias?
Um dia o respeito será prestado a estes criminosos organizados, quando interromperem uma entrevista em directo ao Santana Lopes para mostrarem, bem em cima do acontecimento, uma rede de crime desorganizado a ser desmantelada!
JP+P
domingo, 30 de setembro de 2007
caminhando contra o vento
A vida pessoal era exposta por tristes. Tristes a liam. Tristes a comentavam.
Importavam-se que soubessem o que pensam e o que fazem, e não se importavam quem.
Fora com a psicanálise e com a confissão católica.
O meu amante e eu, escreveu Castelo de Cartas, na esperança que todos, menos o amante, o lesse.
Paneleiro, comentou uma. Fazes bem, comentou outro, ciumento. O teu blogue ganhou um prémio, atribuído por mim. Senti-me na obrigação; também o meu foi premiado. E agora um desafio: descreve-te a ti próprio quando estás no banho. Depois passa este dasafio a mais 5. Nasceu o meu segundo filho, comenta outro, mas a minha mulher não sabe.
Esparguete Azul diz ao mundo dos tristes que a sua maior alegria é sair de casa lavado e que sem tomar banho não consegue. Eu também não, que horror. Quem consegue, comentam 43 tristes.
Este mesmo blogue. Atente-se na quantidade de merda que aqui está escrita e comentada. Torram-se demais as piadinhas, mas nem isso faz com que esconda a todos os tristes aonde fui de férias e com quem, e o que comi, e o que vesti, e o que fiz na intimidade ou fora dela. E fotos não faltarão, que eu não minto.
Nenhum blogue, nem os deprimidos, nem as insatisfeitas, nem os celibatários, nenhum nem nenhuma triste, que somos todos, nos farão parar, nem nos fazer ver a triste alegria que é sentir que somos alegremente tristes.
made in eu
sábado, 29 de setembro de 2007
felicidade é...
Pressupondo que 500 sejam casados com estrangeiras e os restantes com portuguesas, acredito que 499.500 portugueses não podiam estar mais satisfeitos com a sua vida sexual.
made in eu
Dura Lex Sed Lex
O médico pergunta-lhe:
- Você tem prazer nisso?
Ela disse que sim.
Ele pergunta-lhe se sente desconforto. Ela diz que não.
O médico diz-lhe então:
- Não vejo razão para que não o faça, se é isso que gosta, desde que tenha cuidado para não ficar grávida.
A mulher ficou boquiaberta, e pergunta-lhe:
- Pode-se engravidar com sexo anal?
Responde o médico:
- Com certeza! Donde é que você pensa que vêm os advogados?
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
batem leve, leve, dentes
Com quantos tem na boca, em vez de, todos. Porquê?
Um político mente com quantos dentes tem na boca. Não são todos? Onde esconderá, então, o político, outros dentes?
O inspector Anastácio é chamado a investigar. Especialista em "desaparecimento dental", o inspector segue atentamente o discurso, não que lhe interesse o tema, mas para a observação cuidadosa dos movimentos da língua e nalguma saída de ar ou saliva da boca do orador.
Um molar falta. Um terceiro molar inferior, visto em outras ocasiões, não está presente no discurso sobre a economia familiar dos ciganos.
Certo o povo, errado eu.
Com quantos tem na boca, sim, todos não.
Anastácio, cigano ele próprio, come com os dentes que tem na boca mas não fala dos roubados, de ouro, que possui em casa num cofre.
Ainda um dia chegará a político...
made in eu
A embalagem e o trigo moído
Quando regressou, a realidade tinha-se tornado em algumas horas. Não encontrou qualquer pesadelo. Não é possível, disse ninguém. Mas era.
Era por algumas horas ninguém. O pesadelo regressou. Não encontrou o que era realidade, mas encontrou o tornado possível, disse.
E se não disse, não importa. Eu ouvi e também fiquei na dúvida. Que prefiro, a globeleza ou a Michelle Pfeiffer?
É tempo das TVs só poderem melhorar, arranjando novas repórteres, uma vez que, mais feias parece impossível, e mais estúpidas também.
Não era possível, disse. Mas foi.
made in eu
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
eu expli-cu, eu expli-cu
Cuidado com o porco voador
Só é presiso ter atenção para não deixar o porco no parque para bicicletas a comer as cadernagens às scooters como no filme do kusturica "Gato preto Gato branco" em que o porco recicla deliciado os cartões de revestimento dos carros construidos à pressa que em vez de lata eram de cartão.
Beijinhos roncos e lambidelas minhas do cão e do porco
Rosina Ramos
constataCão
terça-feira, 25 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
IVAN LESSA
O nome da escritora é Patricia McCormick e seu livro The Honeymoon's Over (A lua-de-mel acabou), editado pela Little, Brown, custa 11 libras e 99 pence.
Não li todo, apenas o capítulo vital que deram no jornal. Patrícia escreve direitinho. Não é nenhuma Virgínia Woolf ou Simone de Beauvoir, mas tudo com o estilo de beletrista despachada.
Estou sendo condescendente, é verdade. Culpa dela. No trecho publicado sob o título “O marido eletrônico”, Patricia vai contando coisas de sua vida doméstica.
Diz que, quando as coisas não iam lá muito bem entre ela e o marido, gostava de passar as tardes sentadinha, lendo, com o gato no colo. Isso a divertia.
Nem gato nem livro ganham nome. Marido ganha: Paul. Patricia, embora fraca em dar nome aos bichos e livros, é boa de prosa descritiva. Tento dar uma deixa e já vou me desculpando pela tradução.
As delícias de um gato
"De vez em quando, o gato erguia seus olhos sonolentos em minha direção. Daí ele me fuçava e pressionava o cocuruto à parte debaixo de meu queixo. Outras vezes, ele ficava de pé, nas patas traseiras, punha as dianteiras nos meus ombros e me fitava com seus profundos olhos dourados. Meu coração se derretia ao contato com seu focinho molhado.”
Ligeira desconstrução
Eu avisei que a moça não era bem uma Clarice Lispector, para ficarmos em nossas letras, enquanto a reforma ortográfica (afinal, é ou não obrigatória? Tem multa? Pena de prisão?) não vem.
Tudo bem. Ou tudo mal. Patricia conta como, ocasionalmente, gostaria que o gato fosse o marido dela. Fazia até graça, chamando o bichano de “meu marido felpudo”.
Nessa linha, a coisa começou a me deixar meio preocupado. Patricia explica que havia algo instintivamente afetuoso e nada complicado na relação entre ela e o gato. Um pouco mais além, diz que mais de uma vez pensou em como tudo seria mais simples se ela fosse casada com o gato.
Hmm. Hmm. E mais hmm
Em poucas linhas, logo a seguir, Patricia narra os seus problemas domésticos. Briga aqui, briga ali, desentendimentos com Paul. Patricia e Paul, dois nomes bonitos, ela até que passável, a se julgar pela foto a cores que ilustra o texto, brigando à toa, como é sempre o caso.
Estão um pouco velhinhos para isso, quero crer. Mas ainda jovens suficiente para esperar uma vida toda pela frente. Parem com isso, gente! Disse eu para meu jornal, sentado na poltrona, sem nenhum gato – nem no meu colo, nem a meu lado, nem em lugar nenhum a vinte metros de mim.
Encurtando a história, Patricia se separou de Paul e foi morar sozinha num apartamento pequeno, não muito distante de seu “antigo lar”.
Segundo o arranjo do ex-casal, ela teria acesso uma vez por semana ao filho de 13 anos (que até agora não surgira na história e que também permanece anônimo) e, atenção, acesso também ao Gato, que eu taco em maiúsculos, como se fosse gente, que o bicho merece.
Patricia narra com tintas fortes sua ansiedade à espera do dia em que veria e ficaria por 24 horas com o Gato. Comprou casinha nova para ele, sua comida predileta, brinquedinhos.
O garoto de 13 anos sem nome? Sei lá. Sei que fazia parte do acordo entre ela e Paul (lembram quem é?) nenhum dos dois entrar num relacionamento com outra pessoa após a separação.
Depois de alguns meses, segundo a “patriciana” narrativa, ela começou a sentir uma forte necessidade de afeto. No que encurto a história e vou direto aos fundamentais da questão.
Tremendas vibrações
Patricia entrou numa loja especializada em artigos sexuais e começou a mexer em tudo, como criança com brinquedo novo. Eram vibradores pra cá e pra lá, chicotes, roupinhas de couro, calcinhas comestíveis (teriam com sabor de água de coco ou groselha?), todos essas coisas de que entendo muito pouco. Juro.
Patricia fala da vendedora auxiliando-a a escolher um consolador, conforme já foram chamados. Adianta que pegou um tamanho família, talvez, suponho, em memória da família que deixara de existir. As baterias vinham com o bichão.
A seguir, Patricia fala do novo romance. Não há outra palavra para o que se seguiu. Conta como preparava o jantar, acendia velas, tomava vinho e, depois, dirigia-se para o leito na companhia de “Big G”, pois esse era o nome, ao menos genérico, industrial, do novo companheiro eletrônico de nossa querida amiga.
Patricia entra, ou passa, pelos detalhes. Eu, não. Fala dos resultados. Como tudo mudou. Da felicidade reencontrada. Não fala uma palavra sobre o “Gato”, o que me parece ingratidão.
Quer dizer, acho, praticamente esquecido. Assim como filho e marido. Lua-de-mel, primeiros namoros, é sempre a mesma história.
No final das contas, Patrícia acabou se abrindo com o marido e contou tudo sobre ela e “Big G”. Paul foi compreensivo. Entraram num acordo, o casamento parcialmente reatado. Talvez até salvo. Todos vivendo felizes para sempre.
Menos o “Big G”, que não liga para essas coisas. Com as baterias em ponto zero, é uma nulidade em campo.
O que eu queria saber mesmo, Patricia não conta: e o Gato, hein? E o Gato?
Encerrada a sessão
O mundo é para aqueles que sabem conquistá-lo e, se a vida nos deu um limão, façamos uma limonada e não um frappé de coco, que esse não dá, mas não dá mesmo, meus queridos, embora seja muito mais gostoso.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
A música
Uma homenagem a ti: a "minha" canção de sempre.
made in eu
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domingo, 16 de setembro de 2007
Cruzada contra a anatomia
Um fotógrafo disse que as mulheres eram o que mais bonito havia no mundo e que os gatos empatavam.
O senhor fotografava centerfolds – nenhuma portuguesa, que se saiba -.
Quais mulheres? Qual mundo?
A mulher ou é atraente ou repelente. As repelentes são de oportunidade. Os homens ficam com as repelentes quando as atraentes estão fora de alcance. O contrário aplica-se. As atraentes não querem homens repelentes, i.e. homens que não lhes ofereçam segurança . Por segurança entenda-se dinheiro. Assim, restos com restos ou últimas escolhas com últimas escolhas, parece-me correcta a teoria. Há demasiada gente descontente, ou parece haver, ou há só demasiada gente.
Amor têm-se aos filhos. A paixão dura pouco.
Atendendo a que a vaidade, a timidez, o amor-próprio , etc. derivam todos de uma sexualidade mais, ou menos, reprimida, segundo Freud, ou outro qualquer, a que propósito nos vendemos? Por um pouco de atenção. Por um pouco de farinha de trigo, diria alguém. Por um simples bilhete de comboio, acrescentaria outro mais atrás. Creio até ter ouvido, por um sorriso.
A consolação de não se ser infeliz para sempre serve de consolação por não se ser feliz nunca.
Até lá, as atraentes vão continuar a atrair todos os homens que não vão ter mais que mulheres repelentes, que por sê-lo, homens repelentes terão, numa cruzada contra a anatomia, até que separe a morte o que a vida separadamente juntou.
made in eu
entre as brumas
A selecção portuguesa de rugby canta o hino com maior “cagança” que a de futebol.
As prima donnas do futebol não dão importância ao hino nacional. Eu também.
Os jogadores de rugby são muito mais honestos, tenazes e valentes que os do futebol. E muitíssimo mais pobres. Gosto mais deles.
Mas os campeonatos, sejam deste mundo ou de qualquer outro, não são só para fazer figura de corpo presente. Por analogia, lembro-me de Vinicius: que me perdoem as feias…
Navratilova comentou: quem disse que perder ou ganhar, tudo é desporto, perdeu com certeza.
Os portugueses jogam melhor futebol que rugby. Muito melhor.
Do ponto de vista desportivo, acho uma fraude que uma selecção como a portuguesa possa participar num mundial de rugby. O interesse é o mesmo quando, em hóquei patins, ganhávamos a selecções por 50 golos.
Com a demonstração de que “os lobos” são, de facto, uma espécie em perigo de extinção no ecosistema da bola oval, a entoação de “a portuguesa” parece ser o seu último refúgio.
made in eu
sábado, 15 de setembro de 2007
Larry
Era-lhe quase insurportável tê-lo com a sua mulher. Sem ela, impensável.
Os gemidos, como se a magoassem, e os gritos, como se a matassem, eram uma tortura para Larry.
Os odores pareciam-lhe nauseabundos e o gosto dava-lhe vómitos.
As posições em que a mulher se punha, ou queria pôr, eram indecorosas e Larry mostrava sinais de um quase ataque de pânico durante o coito.
Porque não desistia de tal atrocidade?
Porque Larry amava, e o amor era mais forte que o ódio. Larry não tinha força, nem vontade, para desistir do fabuloso arroz de manteiga que a sua mulher cozinhava. Era um vício, uma dependência tão forte que, para não perder o cereal, perdia-se a si.
Não escondia o problema. A mulher deixava-o utilizar tudo o que precisasse para diminuir o asco; tampões no nariz, nos ouvidos, e uma venda nos olhos.
O desespero em não conseguir desistir do arroz de manteiga levou-o a prometer a Deus que, se algum dia o conseguisse, agradeceria da forma que julgava mais justa, e tornaria o sexo no seu Dia de Acção de Graças, i.e. na quarta quinta-feira de cada Novembro.
made in eu
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Bamos lá, primo!
Vamos gozar com os divórcios, as divorciadas e os divorciados? Os encornados e as encornadas? As que se fodem e as que se deixam foder? Os "artistas", como eu, que de segunda a domingo, das 7:30 às 24:00 não vão ao cu, nem por nada?
Eu alinho. E tu?
hehehe beijões acelerados e fodidos de raiva e carinho, a caminho.
made in nozes
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
A (quase) divina comédia
O palco da actuação é sempre o mesmo: um sofá. A posição, assumida pelos participantes, também: o homem vê tudo e a mulher nada.
Mas a "delícia" dos clips está no som. A conversação entre os intervenientes é hilariante. Transcrição pura de ridícula comédia.
O homem mostra-se muito compenetrado na acção. As mulheres parecem não dar qualquer importância ao acto, como, aliás, fazem quase sempre.
Os elefantes, quando querem acasalar, procuram o interior da selva. Os humanos deviam fazer o mesmo.
made in eu
domingo, 9 de setembro de 2007
ó rico primo do meu cú-ração!
Grazie, ragazza
made in eu
sábado, 8 de setembro de 2007
Amélia do(s) olho(s) doce(s)
Amélia preparou-se. Ultrapassar a fronteira do medo sem medo só porque ali era um descanso. E se não fosse? Amélia estaria na posição que mais gosta; a de descobrir prazeres novos, novas sensações, mesmo que a isso dedicasse algum esforço.
Decidida, Amélia partiu ao encontro do que mais procurava: descanso. E em busca do paraíso, entregou-se ao sonho e foi, sem esquecer o passaporte.
made in eu