sábado, 15 de dezembro de 2007

perturbação

Louis William pintou gatos. Muitos. São notórios os bichanos pintados no período psicótico de William. Louis era esquizofrénico e a sua realidade (?) aparece nos olhos dos felinos, aos olhos de todos.

Nós somos os gatos do primeiro-ministro. Aos seus olhos, aparecemos distorcidos e com formas fantásticas e hostis.
O escape da realidade é mais grave para nós que para ele. Não somo tintas em tela mas só o sabemos nós; ele julga-se artista e dos bons.


Louis William passou os últimos anos de sua vida, num hospício, pintando gatos. Outra coisa não sabia fazer. Outra coisa não poderia ter feito.

Não imagino onde acabará o primeiro-ministro. O seu, e nosso hospício, é o país esquizofrénico que governa. A sua esquizofrenia é o seu sorriso, e as mentiras, o seu miar.
O nosso gato, por nós alucinado - louco que nos enlouquece – na tela em que nos pinta mentiras, não pode ser mais que uma ilusão, ou a desilusão, de algum louco pintor que julgava ser fácil pintar um filho-da-puta.
Pintou-o, mas foi difícil.

Miau…

made in eu

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