sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O quê?

No Museu do Espanto, a sala principal era a mais preenchida com espantosas estátuas dos mais espantados pelo “meter no cu”. Quer vender-me a sardinha a quanto? Meta a sardinha no cu. No cu, também se manda meter quase tudo, desde espectáculos a preços impossíveis, a políticas sociais, ajudas financeiras, carros novos dos vizinhos, parlamentos, bónus miseráveis dos patrões e, até, estádios de futebol. A estátua de Belmiro provava-o: espanto de ouvir o vizinho dizer que bem podia o FC Porto meter o Dragão no cu.
Para espantos menores, menores salas. Barão de Alenquer, espantado pelo próprio filho referir que, quanto a orifícios, nenhum pior que o das mulheres, molhado de nojo.
Nenhuma estátua pelo facto do Estado não ajudar o Museu.
A mais pequena da exposição era, contudo, a do chefe de bombeiros de uma aldeia serrana, boquiaberto pelo facto de algumas mulheres terem quem gostasse delas, ou se sentisse atraído por elas, ou lhes jurasse amor eterno.
Sabia pouco sobre desespero, o chefe, e ainda menos de vinho.

made in eu

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