sexta-feira, 16 de maio de 2008

deste tempo

No tempo do novo tempo ordena quem mais apodrece. O pus da mentira escorre-lhes pelos ouvidos, o sangue da sem-vergonha pinga-lhes dos olhos, somente a dignidade lhes sai pelo cu.

Nas ondas de espanto pela capacidade de dizerem tudo, sem que saibam nada, prometem deixar de fumar.

E ao chamamento de filhos-da-puta, só as putas se ofendem.

made in eu

2 comentários:

Anónimo disse...

O homem é delicado. Tem a voz aflautada, os gestos amaneirados e o tom da sensibilidade. Podias ao menos dizer "filhos de-uma-meretriz"!
Por mim, que não fumo, sabes o que é que ele até pode fazer com o cigarro?


jc

João Paulo Pedrosa disse...

Sublime!
Noutro tempo haverá cronistas destes, como este autor, nos meios de comunicação social que toda a gente vê, num tempo sem telenovelas!