quarta-feira, 30 de julho de 2008

o sorriso da aceitação

De todas as paródias da igreja católica, nada me diverte mais que o casamento. Noivos que, perante Deus, juram cuidar-se até que a morte os separe. A morte, essa puta, como lhe chama Lobo Antunes.

Difícil encontrar maior hipocrisia. O casamento católico é insolúvel, transformado numa sanita onde quase todos obram - Sim, aceito – com a mesma displicência com se batem com a consciência de trair o “aceitado”. - Não dá mais. Nunca deu! - Nunca Deus, digo eu. Até que a morte…

Menos engraçado, e hipócrita, era Fernando. À pergunta de Gomes, se gostava mais de gordas ou magras, 'fernandeia' prontamente com a mentira verdadeira : - É me igual. Fodo sempre de olhos fechados.

Não precisavas, Fernando. Toda a vida de casado só cuidaste da tua mulher, na doença e no dever conjugal. Mesmo de olhos fechados tremes, como tremerás perante a “puta” do escritor, acreditando que um dia Deus te levará para junto de Si. Aceitas? - Sim, aceito -.

made in eu

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