quinta-feira, 3 de maio de 2007

A mais triste democracia

Às 7:45, o eléctrico que fazia o percurso entre a Cova da Piedade e Corroios levava 1 passageiro.

Depois de anos de martírio com o trânsito. Depois de mudarem completamente a paisagem urbanística. Depois de gastar, sabe-se lá quanto. Depois de apregoarem, aos quantos ventos que por Almada passaram, que haveria um Metro (insistem em chamar-lhe Metro) perto de nós, os eléctricos (coloridos e atraentes) transportavam mais gente aquando dos ensaios - o instrutor e os aprendizes - que agora - o operador e o passageiro -.

Se há prova mais viva que a democracia pode por vezes conduzir ao desastre, a Câmara Municipal de Almada é o exemplo mais notável.
Por mais degradante que seja a vida no concelho, por mais ridícula que seja a gestão, por mais "brilhantes" que sejam as ideias demontradas totais fracassos, os dirigentes continuam a ganhar eleições. É uma Madeira na margem sul do Tejo, de que ninguém fala.

Recordo-me das palavras de Mainardi sobre o PT. Também eu reconheço assim a gestão comunista de Almada: que não são "grande coisa", não resta qualquer dúvida. Mas o mais absurdo e revoltante é que, apesar da maior incompetência, no que quer que façam, ainda se julguem melhores do que os outros.

A minha receita para suportá-los é: chá de valeriana e pensar em palhaços.

made in eu

3 comentários:

osbandalhos disse...

O mesmo eléctrico, no dia seguinte, já nem o passageiro levava...
Melhor parar, mandar os operadores para casa com os ordenados pagos, e poupar uma "montanha" de energia.
Eléctricos de 10 em 10 minutos?
O fiasco é maior que a contratação do "engenheiro do penta".
E andam as finanças a morder como bestas para gastos destes...

made in eu

bjecas disse...

Uma piadinha futebolística no meio de tal manifesto?...
Olha a compostura pá!...

Bom fim de semana

\m/

João Paulo Pedrosa disse...

Quando vi na TV que demoravam 11 minutos a fazer o percurso de 4 km, pensei: mas isso é quanto demora a fazer o mesmo percurso andando de bicicleta, com a vantagem de que de bicicleta paramos mesmo à porta de casa. Será que da obra também resultou uma ciclovia?
É que nunca me esqueço de ver em Inglaterra aquela malta de fatinho e pasta a andar de bicicleta para o trabalho... e com tempo molhado!

Desculpem lá, mas hoje deu-me uma veia de comentador. Agora que já passou essa veia, vou passar às tostas!