Tinha decidido pôr termo aos escritos em blogues. Afinal eram para mim, que interesse poderiam ter para mais alguém?
Voltei. Talvez pela última vez, mas não menciono Saramago pela primeira: A humanidade sofre de uma qualquer doença mental desconhecida. - ouvi-o dizer - É a única explicação para o que vemos e ouvimos na nossa "curta" existência.
Um americano decidiu registar-se como dono do sistema solar, excepção à Terra e ao Sol. Vende terrenos da Lua, parece que com bastante sucesso.
Confesso não ter resistido a sorrir. Roth não sorri em público; fá-lo às escondidas.
Não possuo a capacidade do meu escritor preferido.
Há gente a comprar hectares lunares! Gente que não é gente(?), e há gente mesmo assim.
O ego inchado de uns é o encolhimento imparável do meu.
Estou tecnicamente morto para o mundo. Perdi o "comboio da evolução" - chamem-lhe modernidade -.
Não sei viver com as regras do jogo.
Acordo. Afinal as regras são as minhas; as mesmas de sempre. Só alguns sabem que são donos da Lua e, mesmo esses, não pisarão a terra lunar.
Decido ouvir uma canção. Mais que um qualquer moderno banco de dados, a minha memória passa uma vida numa música: sentimentos variados, sensações e, quase, lágrimas.
Não sou dono da Lua, mas não perco tudo. Tenho vontade de sorrir mas não o faço. A Lua não é dona de mim e, ao contrário de outros, não vivo nela.
made in eu
segunda-feira, 14 de maio de 2007
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2 comentários:
Só me ocorre cantar aquela canção do Rui Veloso, da qual só sei o refrão:
(...)
Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser pra ti eu uso o eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar
(...)
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