quarta-feira, 16 de maio de 2007

cartões

Vivemos no mundo dos cartões. Alguns dão jeito, outros não.
De todas as cores e um só feitio. Carteiras recheadas deles; nalgumas todos arrumadinhos, noutras todos num molho.
A "pequena" parece coleccioná-los. Na sapataria apresenta um, no supermercado outro. Num supermercado diferente mais um diferente cartão. Cartão de perfumaria, da livraria e do centro comercial. Até para as "bicas" tem um cartão que dá desconto (da FNAC, juro!).

Não gosto de automóveis e ainda menos de conduzi-los. Quando tenho de o fazer fico sorumbático e pior ainda quando reparo que a gasolina está no fim. Um chorrilho de palavrões são ditos; para dentro, se estou acompanhado; boca fora, se sózinho.

Outro suplício: abastecer o carro de combustível.
Confesso que controlo melhor, ainda, as últimas gotas de urina que de gasolina. Tudo não é suficiente para evitar que caiam nos sapatos, ou no chão, ou em cima do automóvel.

Guardada está a fatia para quem a há-de comer, sabe-se.
De todos os cartões, existentes e por existir, nenhum me torna mais neurótico que o dos pontos de combustível, que sempre recusei ter.
Não bastasse já a espera da demorada ligação do multibanco, que me faz ver as capas das revistas cor-de-rosa, os preços exorbitantes dos chocolates e as marcas de preservativos disponíveis na estação de serviço, ainda o "senhor da frente" apresenta o cartãozinho odioso que parece receber os pontos à razão de um por hora.
Rogo pragas. Só eu as oiço; eu e Deus, a haver... Peço-Lhe o extermínio dos cartões. Abomino-os. Um beijo de uma portuguesa não me incomodaria tanto.

made in eu

4 comentários:

bekas disse...

Sempre com deliciosas piadinhas...
Foi por isso que este "Salão de chá" ganhou um cantinho para um link no meu humilde blog.
Parabéns.

osbandalhos disse...

Acabei de babar o teclado.

Desejo-te verdadeiras saxofonias por seres a mais fiel leitora das idiotices aqui escritas.
Se eu tivesse a tua misteriosa paciência...
Agora obrigas-me a ler-te mais de perto. Uniste a meiadeleite às torradas. Unidas fiquem pois até que a morte as separe ;-)

Anónimo disse...

ó reles urbano-depressivo, eu leio-te, pôrra! Larguei as drogas leves e agora só estou agarrada às tuas doses de torradas, pela manhã,o http://arcebispodecantuaria.blogspot.com/, pelas tardes, q, como tu, não tem comments m/ é um dos mais lidos da blogosfera, referenciado pelos media! À noite, não dispenso o http://afundasao.blogspot.com/, q é mais famoso q o cagar de cócoras e também não tem comments quase nenhuns!
Sem cumentários!
S

osbandalhos disse...

o arcebispo escreve como quem faz salsichas. Quem tem tempo para andar a cumentar tanto?

Nota-se uma enorme sexualidade no ar bloguista. Para entrar no teu, o meu novo PC avisou-me que tem conteudo só para adultos. Ainda pensei que fosse alguma coisa sobre dentição definitiva.
E as entradas são pela traseira: não para mim. Recuso-me a entrar.
Mas com tempo baterei à porta da frente e ler-te-ei todinha, de trás para a frente e da frente para trás, sempre sem entrar hehehe adorada prima. Estamos nessa. Beijão à porta dos fundos.