terça-feira, 13 de março de 2007

Solidariedade

A Paulo era-lhe indiferente que Laurinda perdoasse, ou não, a traição. Laurinda não entendia porque a tinha Paulo trocado por um homem e, ainda por cima, cego. O cego não conseguia ver mal nenhum no caso.
Rafaela tentou ser solidária com Laurinda, lembrando-lhe que também Pedro a tinha deixado, depois de saber que ela o tinha substituído, por um fim de semana, por João. Já antes, Laurinda se tinha entregue a João, mas nem Rafaela, nem Paulo o sabiam.
O cão, deitado no tapete, e o gato, sobre o sofá, estavam indiferentes à tragédia, ou à comédia, que as duas mulheres desenrolavam por palavras.
As amigas falaram depois de Eduarda e de como ela deixara Jorge. Jorge ficara com a filha de 1 ano. Jorge reencontrou Maria, que foi uma verdadeira mãe para Susana, mas por 3 meses apenas. Maria voltou para João, e nunca soube que ele estivera com Laurinda, embora soubesse que tinha estado com Rafaela.
No fim riram e mostraram-se agradecidas à vida ao saberem que o cego tinha deixado Paulo para se juntar a um surdo-mudo. Acabamos sempre por encontrar a nossa cara-metade, reconheceram as amigas. Ao que parece, completavam-se um ao outro.

É bonito, e digno de amor, um mundo assim solidário.

made in eu

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