terça-feira, 5 de junho de 2007

descendit ad inferos

Assisti a uma heresia e a um auto-de-fé ao mesmo tempo.
Aprendi algo sobre mim próprio: aprendi que diante do horror não desvio o olhar nem tapo os ouvidos. De onde me virá este gosto pela barbárie? Este sadismo? Este masoquismo? Esta morbideza?
Há sempre alguém a fazer algo com o qual, sequer, não sonhamos.
O canal MGM transmitiu o Manhattan do Woody Allen, dobrado em português (brasileiro). O meu Manhattan, que já vi 15 ou 20 vezes - posso por isso chamá-lo meu, não posso? - A Diane Keaton, o Michael Murphy, a Mariel Hemingway, a Meryl Streep e o Woody Allen, este então, com uma voz... Todos com um sotaque que parecia o dos Flintstones da minha infância.

Verdade que não vem mal ao mundo, apesar do fundo musical ser abafado pelas horríveis vozes. Verdade que o vi até ao fim (!?) Verdade que também eu sou o fim...

Fim

made in eu

1 comentário:

aorta disse...

És corajoso...