sábado, 14 de julho de 2007

de histórias de carochinha

Era uma vez uma carochinha que andava a varrer a cozinha e achou 5 tostões. E foi-se pôr à janela para ver se havia alguém que queria casar com ela.

Não é única. Hoje contam-se muitas mais histórias da carochinha.

Alberto João Jardim chamou senhor Silva ao Cavaco Silva. Alberto João Jardim esperneia com as políticas do “contenente”. Tem razão. Quem dá e volta a tirar ao inferno vai parar. As histórias da região autónoma são da carochinha.

Quem quer, quem quer...

João Cravinho, ministro, inaugurou, há uns anos, a terceira via na ponte Salazar. Dois dias antes de umas eleições legislativas. À pergunta de uma jornalista “senhor ministro, esta inauguração é porque vai haver eleições depois de amanhã?” Cravinho responde “Vocês lembram-se de cada coisa! Esta inauguração já estava marcada há muito”.
Ó senhora jornalista, quem é que se ia lembrar que haveria eleições legislativas no dia a seguir ao seguinte? Tem razão o ministro na sua história da carochinha: lembram-se de cada uma.

… Casar com a carochinha que é bonita e engraçadinha?

“Quero eu”, diz alguém do fisco. “Mas depois não esquecer de declarar os 5 tostões na declaração de IRS”.
“Quero eu, quero eu”, diz o empresário. “Depois lançaremos uma OPA”.
“Quero eu. Quero eu!” diz o provinciano. “Depois compraremos o passe de um jogador de futebol e vendêmo-lo por milhões”.

Da carochina aproveitou-se também a publicidade. Se bem me lembro (a música não a sei escrever) rezava assim:

Olha a linda carochinha
Que casou com o João Ratão
Diz a história tão velhinha
Que caiu no caldeirão.
Se fosse hoje tudo mudava
Nas cidades ou nos campos
João Ratão não se queimava
Pois já tinha uma Silampos

E mudava mesmo! Mudam tudo para tudo continuar igualmente em mudança.

Não nos tirem a ilusão dos sonhos, nem a ilusão de com eles sonhar.

Não quero saber com qual dos anões Branca de Neve andava a fazer “poucas-vergonhas”. Nem que as botas do gato haviam sido usadas por uma gata numa orgia do palácio do marquês de Carabás. Nem com quem a Bela Adormecida se cansou antes de adormecer.

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o ser, muda-se a confiança
Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades”

Nas filmagens do Capuchinho Vermelho, o actor, fazendo de lobo-mau, aproxima-se da menina e pergunta-lhe:

- Que linda menina. Como chamas-te?
- Corta!! Não é como chamas-te, porra! É como te chamas, grita o realizador.
- Que linda menina. Como te chamas?
- Chamo-me Capuchinho Vermelho.
- E onde vai o Capuchinho Vermelho num dia tão lindo e com todas essas flores?
- Vou ao rio lavar a cona.

O actor volta-se e olhando para a equipa de filmagem, exclama:

- Foda-se, assim não dá! Não me podem estar sempre a mudar o caralho da história.

“E afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.”

Assim, não foi só o João Ratão, mas todos nós, quem caiu no caldeirão.

made in eu

1 comentário:

bekas disse...

Deixa-me rectificar. Não eram 5 tostões mas sim 1 vintém.
:)
Passa em www.malaguetasagridoce.blogspot.com
Voltamos.