São uma tristeza os blogues. A imaginação evitava que a escala se tornasse realidade. Sim, pensava o Castelo de Cartas, em cujo blogue se escrevia tudo o necessário contra a importação de bananas.
A vida pessoal era exposta por tristes. Tristes a liam. Tristes a comentavam.
Importavam-se que soubessem o que pensam e o que fazem, e não se importavam quem.
Fora com a psicanálise e com a confissão católica.
O meu amante e eu, escreveu Castelo de Cartas, na esperança que todos, menos o amante, o lesse.
Paneleiro, comentou uma. Fazes bem, comentou outro, ciumento. O teu blogue ganhou um prémio, atribuído por mim. Senti-me na obrigação; também o meu foi premiado. E agora um desafio: descreve-te a ti próprio quando estás no banho. Depois passa este dasafio a mais 5. Nasceu o meu segundo filho, comenta outro, mas a minha mulher não sabe.
Esparguete Azul diz ao mundo dos tristes que a sua maior alegria é sair de casa lavado e que sem tomar banho não consegue. Eu também não, que horror. Quem consegue, comentam 43 tristes.
Este mesmo blogue. Atente-se na quantidade de merda que aqui está escrita e comentada. Torram-se demais as piadinhas, mas nem isso faz com que esconda a todos os tristes aonde fui de férias e com quem, e o que comi, e o que vesti, e o que fiz na intimidade ou fora dela. E fotos não faltarão, que eu não minto.
Nenhum blogue, nem os deprimidos, nem as insatisfeitas, nem os celibatários, nenhum nem nenhuma triste, que somos todos, nos farão parar, nem nos fazer ver a triste alegria que é sentir que somos alegremente tristes.
made in eu
domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
felicidade é...
A TV faz-nos saber que 500.000 portugueses sofrem de disfunção eréctil. Vulgo impotência?
Pressupondo que 500 sejam casados com estrangeiras e os restantes com portuguesas, acredito que 499.500 portugueses não podiam estar mais satisfeitos com a sua vida sexual.
made in eu
Pressupondo que 500 sejam casados com estrangeiras e os restantes com portuguesas, acredito que 499.500 portugueses não podiam estar mais satisfeitos com a sua vida sexual.
made in eu
Dura Lex Sed Lex
Uma mulher vai ao médico para aconselhamento. Diz-lhe que o seu marido tinha desenvolvido uma tara por sexo anal e ela não tinha a certeza disso ser uma boa ideia.
O médico pergunta-lhe:
- Você tem prazer nisso?
Ela disse que sim.
Ele pergunta-lhe se sente desconforto. Ela diz que não.
O médico diz-lhe então:
- Não vejo razão para que não o faça, se é isso que gosta, desde que tenha cuidado para não ficar grávida.
A mulher ficou boquiaberta, e pergunta-lhe:
- Pode-se engravidar com sexo anal?
Responde o médico:
- Com certeza! Donde é que você pensa que vêm os advogados?
O médico pergunta-lhe:
- Você tem prazer nisso?
Ela disse que sim.
Ele pergunta-lhe se sente desconforto. Ela diz que não.
O médico diz-lhe então:
- Não vejo razão para que não o faça, se é isso que gosta, desde que tenha cuidado para não ficar grávida.
A mulher ficou boquiaberta, e pergunta-lhe:
- Pode-se engravidar com sexo anal?
Responde o médico:
- Com certeza! Donde é que você pensa que vêm os advogados?
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
batem leve, leve, dentes
Complicamos tudo.
Com quantos tem na boca, em vez de, todos. Porquê?
Um político mente com quantos dentes tem na boca. Não são todos? Onde esconderá, então, o político, outros dentes?
O inspector Anastácio é chamado a investigar. Especialista em "desaparecimento dental", o inspector segue atentamente o discurso, não que lhe interesse o tema, mas para a observação cuidadosa dos movimentos da língua e nalguma saída de ar ou saliva da boca do orador.
Um molar falta. Um terceiro molar inferior, visto em outras ocasiões, não está presente no discurso sobre a economia familiar dos ciganos.
Certo o povo, errado eu.
Com quantos tem na boca, sim, todos não.
Anastácio, cigano ele próprio, come com os dentes que tem na boca mas não fala dos roubados, de ouro, que possui em casa num cofre.
Ainda um dia chegará a político...
made in eu
Com quantos tem na boca, em vez de, todos. Porquê?
Um político mente com quantos dentes tem na boca. Não são todos? Onde esconderá, então, o político, outros dentes?
O inspector Anastácio é chamado a investigar. Especialista em "desaparecimento dental", o inspector segue atentamente o discurso, não que lhe interesse o tema, mas para a observação cuidadosa dos movimentos da língua e nalguma saída de ar ou saliva da boca do orador.
Um molar falta. Um terceiro molar inferior, visto em outras ocasiões, não está presente no discurso sobre a economia familiar dos ciganos.
Certo o povo, errado eu.
Com quantos tem na boca, sim, todos não.
Anastácio, cigano ele próprio, come com os dentes que tem na boca mas não fala dos roubados, de ouro, que possui em casa num cofre.
Ainda um dia chegará a político...
made in eu
A embalagem e o trigo moído
Ausentou-se por algumas horas. Quando regressou não encontrou ninguém. Era o pesadelo tornado realidade. Não é possível, disse. Mas era.
Quando regressou, a realidade tinha-se tornado em algumas horas. Não encontrou qualquer pesadelo. Não é possível, disse ninguém. Mas era.
Era por algumas horas ninguém. O pesadelo regressou. Não encontrou o que era realidade, mas encontrou o tornado possível, disse.
E se não disse, não importa. Eu ouvi e também fiquei na dúvida. Que prefiro, a globeleza ou a Michelle Pfeiffer?
É tempo das TVs só poderem melhorar, arranjando novas repórteres, uma vez que, mais feias parece impossível, e mais estúpidas também.
Não era possível, disse. Mas foi.
made in eu
Quando regressou, a realidade tinha-se tornado em algumas horas. Não encontrou qualquer pesadelo. Não é possível, disse ninguém. Mas era.
Era por algumas horas ninguém. O pesadelo regressou. Não encontrou o que era realidade, mas encontrou o tornado possível, disse.
E se não disse, não importa. Eu ouvi e também fiquei na dúvida. Que prefiro, a globeleza ou a Michelle Pfeiffer?
É tempo das TVs só poderem melhorar, arranjando novas repórteres, uma vez que, mais feias parece impossível, e mais estúpidas também.
Não era possível, disse. Mas foi.
made in eu
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
eu expli-cu, eu expli-cu
Cuidado com o porco voador
Aqui em frente à residência univrsitária de grugliasco existe uma quinta que tem dois porcos enormes mas mesmo gigantes, aquilo se calha a cair em cima de uma pessoa que và a passar na rua é uma desgraça mas dava um geitão poder ir de porco voador até à cidade de Torino a 5 kms daqui sim que um porco quando vai na gaspia quase voa, quase deslisa sobre o asfalto por entre os carros.
Só é presiso ter atenção para não deixar o porco no parque para bicicletas a comer as cadernagens às scooters como no filme do kusturica "Gato preto Gato branco" em que o porco recicla deliciado os cartões de revestimento dos carros construidos à pressa que em vez de lata eram de cartão.
Beijinhos roncos e lambidelas minhas do cão e do porco
Rosina Ramos
Só é presiso ter atenção para não deixar o porco no parque para bicicletas a comer as cadernagens às scooters como no filme do kusturica "Gato preto Gato branco" em que o porco recicla deliciado os cartões de revestimento dos carros construidos à pressa que em vez de lata eram de cartão.
Beijinhos roncos e lambidelas minhas do cão e do porco
Rosina Ramos
constataCão
se uma pessoa está constipada e com tosse de cão isso não é constipação mas sim Cãostipação!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
IVAN LESSA
Um vibrante companheiro
O nome da escritora é Patricia McCormick e seu livro The Honeymoon's Over (A lua-de-mel acabou), editado pela Little, Brown, custa 11 libras e 99 pence.
Não li todo, apenas o capítulo vital que deram no jornal. Patrícia escreve direitinho. Não é nenhuma Virgínia Woolf ou Simone de Beauvoir, mas tudo com o estilo de beletrista despachada.
Estou sendo condescendente, é verdade. Culpa dela. No trecho publicado sob o título “O marido eletrônico”, Patricia vai contando coisas de sua vida doméstica.
Diz que, quando as coisas não iam lá muito bem entre ela e o marido, gostava de passar as tardes sentadinha, lendo, com o gato no colo. Isso a divertia.
Nem gato nem livro ganham nome. Marido ganha: Paul. Patricia, embora fraca em dar nome aos bichos e livros, é boa de prosa descritiva. Tento dar uma deixa e já vou me desculpando pela tradução.
As delícias de um gato
"De vez em quando, o gato erguia seus olhos sonolentos em minha direção. Daí ele me fuçava e pressionava o cocuruto à parte debaixo de meu queixo. Outras vezes, ele ficava de pé, nas patas traseiras, punha as dianteiras nos meus ombros e me fitava com seus profundos olhos dourados. Meu coração se derretia ao contato com seu focinho molhado.”
Ligeira desconstrução
Eu avisei que a moça não era bem uma Clarice Lispector, para ficarmos em nossas letras, enquanto a reforma ortográfica (afinal, é ou não obrigatória? Tem multa? Pena de prisão?) não vem.
Tudo bem. Ou tudo mal. Patricia conta como, ocasionalmente, gostaria que o gato fosse o marido dela. Fazia até graça, chamando o bichano de “meu marido felpudo”.
Nessa linha, a coisa começou a me deixar meio preocupado. Patricia explica que havia algo instintivamente afetuoso e nada complicado na relação entre ela e o gato. Um pouco mais além, diz que mais de uma vez pensou em como tudo seria mais simples se ela fosse casada com o gato.
Hmm. Hmm. E mais hmm
Em poucas linhas, logo a seguir, Patricia narra os seus problemas domésticos. Briga aqui, briga ali, desentendimentos com Paul. Patricia e Paul, dois nomes bonitos, ela até que passável, a se julgar pela foto a cores que ilustra o texto, brigando à toa, como é sempre o caso.
Estão um pouco velhinhos para isso, quero crer. Mas ainda jovens suficiente para esperar uma vida toda pela frente. Parem com isso, gente! Disse eu para meu jornal, sentado na poltrona, sem nenhum gato – nem no meu colo, nem a meu lado, nem em lugar nenhum a vinte metros de mim.
Encurtando a história, Patricia se separou de Paul e foi morar sozinha num apartamento pequeno, não muito distante de seu “antigo lar”.
Segundo o arranjo do ex-casal, ela teria acesso uma vez por semana ao filho de 13 anos (que até agora não surgira na história e que também permanece anônimo) e, atenção, acesso também ao Gato, que eu taco em maiúsculos, como se fosse gente, que o bicho merece.
Patricia narra com tintas fortes sua ansiedade à espera do dia em que veria e ficaria por 24 horas com o Gato. Comprou casinha nova para ele, sua comida predileta, brinquedinhos.
O garoto de 13 anos sem nome? Sei lá. Sei que fazia parte do acordo entre ela e Paul (lembram quem é?) nenhum dos dois entrar num relacionamento com outra pessoa após a separação.
Depois de alguns meses, segundo a “patriciana” narrativa, ela começou a sentir uma forte necessidade de afeto. No que encurto a história e vou direto aos fundamentais da questão.
Tremendas vibrações
Patricia entrou numa loja especializada em artigos sexuais e começou a mexer em tudo, como criança com brinquedo novo. Eram vibradores pra cá e pra lá, chicotes, roupinhas de couro, calcinhas comestíveis (teriam com sabor de água de coco ou groselha?), todos essas coisas de que entendo muito pouco. Juro.
Patricia fala da vendedora auxiliando-a a escolher um consolador, conforme já foram chamados. Adianta que pegou um tamanho família, talvez, suponho, em memória da família que deixara de existir. As baterias vinham com o bichão.
A seguir, Patricia fala do novo romance. Não há outra palavra para o que se seguiu. Conta como preparava o jantar, acendia velas, tomava vinho e, depois, dirigia-se para o leito na companhia de “Big G”, pois esse era o nome, ao menos genérico, industrial, do novo companheiro eletrônico de nossa querida amiga.
Patricia entra, ou passa, pelos detalhes. Eu, não. Fala dos resultados. Como tudo mudou. Da felicidade reencontrada. Não fala uma palavra sobre o “Gato”, o que me parece ingratidão.
Quer dizer, acho, praticamente esquecido. Assim como filho e marido. Lua-de-mel, primeiros namoros, é sempre a mesma história.
No final das contas, Patrícia acabou se abrindo com o marido e contou tudo sobre ela e “Big G”. Paul foi compreensivo. Entraram num acordo, o casamento parcialmente reatado. Talvez até salvo. Todos vivendo felizes para sempre.
Menos o “Big G”, que não liga para essas coisas. Com as baterias em ponto zero, é uma nulidade em campo.
O que eu queria saber mesmo, Patricia não conta: e o Gato, hein? E o Gato?
O nome da escritora é Patricia McCormick e seu livro The Honeymoon's Over (A lua-de-mel acabou), editado pela Little, Brown, custa 11 libras e 99 pence.
Não li todo, apenas o capítulo vital que deram no jornal. Patrícia escreve direitinho. Não é nenhuma Virgínia Woolf ou Simone de Beauvoir, mas tudo com o estilo de beletrista despachada.
Estou sendo condescendente, é verdade. Culpa dela. No trecho publicado sob o título “O marido eletrônico”, Patricia vai contando coisas de sua vida doméstica.
Diz que, quando as coisas não iam lá muito bem entre ela e o marido, gostava de passar as tardes sentadinha, lendo, com o gato no colo. Isso a divertia.
Nem gato nem livro ganham nome. Marido ganha: Paul. Patricia, embora fraca em dar nome aos bichos e livros, é boa de prosa descritiva. Tento dar uma deixa e já vou me desculpando pela tradução.
As delícias de um gato
"De vez em quando, o gato erguia seus olhos sonolentos em minha direção. Daí ele me fuçava e pressionava o cocuruto à parte debaixo de meu queixo. Outras vezes, ele ficava de pé, nas patas traseiras, punha as dianteiras nos meus ombros e me fitava com seus profundos olhos dourados. Meu coração se derretia ao contato com seu focinho molhado.”
Ligeira desconstrução
Eu avisei que a moça não era bem uma Clarice Lispector, para ficarmos em nossas letras, enquanto a reforma ortográfica (afinal, é ou não obrigatória? Tem multa? Pena de prisão?) não vem.
Tudo bem. Ou tudo mal. Patricia conta como, ocasionalmente, gostaria que o gato fosse o marido dela. Fazia até graça, chamando o bichano de “meu marido felpudo”.
Nessa linha, a coisa começou a me deixar meio preocupado. Patricia explica que havia algo instintivamente afetuoso e nada complicado na relação entre ela e o gato. Um pouco mais além, diz que mais de uma vez pensou em como tudo seria mais simples se ela fosse casada com o gato.
Hmm. Hmm. E mais hmm
Em poucas linhas, logo a seguir, Patricia narra os seus problemas domésticos. Briga aqui, briga ali, desentendimentos com Paul. Patricia e Paul, dois nomes bonitos, ela até que passável, a se julgar pela foto a cores que ilustra o texto, brigando à toa, como é sempre o caso.
Estão um pouco velhinhos para isso, quero crer. Mas ainda jovens suficiente para esperar uma vida toda pela frente. Parem com isso, gente! Disse eu para meu jornal, sentado na poltrona, sem nenhum gato – nem no meu colo, nem a meu lado, nem em lugar nenhum a vinte metros de mim.
Encurtando a história, Patricia se separou de Paul e foi morar sozinha num apartamento pequeno, não muito distante de seu “antigo lar”.
Segundo o arranjo do ex-casal, ela teria acesso uma vez por semana ao filho de 13 anos (que até agora não surgira na história e que também permanece anônimo) e, atenção, acesso também ao Gato, que eu taco em maiúsculos, como se fosse gente, que o bicho merece.
Patricia narra com tintas fortes sua ansiedade à espera do dia em que veria e ficaria por 24 horas com o Gato. Comprou casinha nova para ele, sua comida predileta, brinquedinhos.
O garoto de 13 anos sem nome? Sei lá. Sei que fazia parte do acordo entre ela e Paul (lembram quem é?) nenhum dos dois entrar num relacionamento com outra pessoa após a separação.
Depois de alguns meses, segundo a “patriciana” narrativa, ela começou a sentir uma forte necessidade de afeto. No que encurto a história e vou direto aos fundamentais da questão.
Tremendas vibrações
Patricia entrou numa loja especializada em artigos sexuais e começou a mexer em tudo, como criança com brinquedo novo. Eram vibradores pra cá e pra lá, chicotes, roupinhas de couro, calcinhas comestíveis (teriam com sabor de água de coco ou groselha?), todos essas coisas de que entendo muito pouco. Juro.
Patricia fala da vendedora auxiliando-a a escolher um consolador, conforme já foram chamados. Adianta que pegou um tamanho família, talvez, suponho, em memória da família que deixara de existir. As baterias vinham com o bichão.
A seguir, Patricia fala do novo romance. Não há outra palavra para o que se seguiu. Conta como preparava o jantar, acendia velas, tomava vinho e, depois, dirigia-se para o leito na companhia de “Big G”, pois esse era o nome, ao menos genérico, industrial, do novo companheiro eletrônico de nossa querida amiga.
Patricia entra, ou passa, pelos detalhes. Eu, não. Fala dos resultados. Como tudo mudou. Da felicidade reencontrada. Não fala uma palavra sobre o “Gato”, o que me parece ingratidão.
Quer dizer, acho, praticamente esquecido. Assim como filho e marido. Lua-de-mel, primeiros namoros, é sempre a mesma história.
No final das contas, Patrícia acabou se abrindo com o marido e contou tudo sobre ela e “Big G”. Paul foi compreensivo. Entraram num acordo, o casamento parcialmente reatado. Talvez até salvo. Todos vivendo felizes para sempre.
Menos o “Big G”, que não liga para essas coisas. Com as baterias em ponto zero, é uma nulidade em campo.
O que eu queria saber mesmo, Patricia não conta: e o Gato, hein? E o Gato?
Encerrada a sessão
Ivan Lessa:
O mundo é para aqueles que sabem conquistá-lo e, se a vida nos deu um limão, façamos uma limonada e não um frappé de coco, que esse não dá, mas não dá mesmo, meus queridos, embora seja muito mais gostoso.
O mundo é para aqueles que sabem conquistá-lo e, se a vida nos deu um limão, façamos uma limonada e não um frappé de coco, que esse não dá, mas não dá mesmo, meus queridos, embora seja muito mais gostoso.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
A música
São,
Uma homenagem a ti: a "minha" canção de sempre.
made in eu
Uma homenagem a ti: a "minha" canção de sempre.
made in eu
|
domingo, 16 de setembro de 2007
Cruzada contra a anatomia
The word for the day is legs. Spread the word.
Um fotógrafo disse que as mulheres eram o que mais bonito havia no mundo e que os gatos empatavam.
O senhor fotografava centerfolds – nenhuma portuguesa, que se saiba -.
Quais mulheres? Qual mundo?
A mulher ou é atraente ou repelente. As repelentes são de oportunidade. Os homens ficam com as repelentes quando as atraentes estão fora de alcance. O contrário aplica-se. As atraentes não querem homens repelentes, i.e. homens que não lhes ofereçam segurança . Por segurança entenda-se dinheiro. Assim, restos com restos ou últimas escolhas com últimas escolhas, parece-me correcta a teoria. Há demasiada gente descontente, ou parece haver, ou há só demasiada gente.
Amor têm-se aos filhos. A paixão dura pouco.
Atendendo a que a vaidade, a timidez, o amor-próprio , etc. derivam todos de uma sexualidade mais, ou menos, reprimida, segundo Freud, ou outro qualquer, a que propósito nos vendemos? Por um pouco de atenção. Por um pouco de farinha de trigo, diria alguém. Por um simples bilhete de comboio, acrescentaria outro mais atrás. Creio até ter ouvido, por um sorriso.
A consolação de não se ser infeliz para sempre serve de consolação por não se ser feliz nunca.
Até lá, as atraentes vão continuar a atrair todos os homens que não vão ter mais que mulheres repelentes, que por sê-lo, homens repelentes terão, numa cruzada contra a anatomia, até que separe a morte o que a vida separadamente juntou.
made in eu
Um fotógrafo disse que as mulheres eram o que mais bonito havia no mundo e que os gatos empatavam.
O senhor fotografava centerfolds – nenhuma portuguesa, que se saiba -.
Quais mulheres? Qual mundo?
A mulher ou é atraente ou repelente. As repelentes são de oportunidade. Os homens ficam com as repelentes quando as atraentes estão fora de alcance. O contrário aplica-se. As atraentes não querem homens repelentes, i.e. homens que não lhes ofereçam segurança . Por segurança entenda-se dinheiro. Assim, restos com restos ou últimas escolhas com últimas escolhas, parece-me correcta a teoria. Há demasiada gente descontente, ou parece haver, ou há só demasiada gente.
Amor têm-se aos filhos. A paixão dura pouco.
Atendendo a que a vaidade, a timidez, o amor-próprio , etc. derivam todos de uma sexualidade mais, ou menos, reprimida, segundo Freud, ou outro qualquer, a que propósito nos vendemos? Por um pouco de atenção. Por um pouco de farinha de trigo, diria alguém. Por um simples bilhete de comboio, acrescentaria outro mais atrás. Creio até ter ouvido, por um sorriso.
A consolação de não se ser infeliz para sempre serve de consolação por não se ser feliz nunca.
Até lá, as atraentes vão continuar a atrair todos os homens que não vão ter mais que mulheres repelentes, que por sê-lo, homens repelentes terão, numa cruzada contra a anatomia, até que separe a morte o que a vida separadamente juntou.
made in eu
entre as brumas
Um peixe nada melhor do que um pássaro voa?
A selecção portuguesa de rugby canta o hino com maior “cagança” que a de futebol.
As prima donnas do futebol não dão importância ao hino nacional. Eu também.
Os jogadores de rugby são muito mais honestos, tenazes e valentes que os do futebol. E muitíssimo mais pobres. Gosto mais deles.
Mas os campeonatos, sejam deste mundo ou de qualquer outro, não são só para fazer figura de corpo presente. Por analogia, lembro-me de Vinicius: que me perdoem as feias…
Navratilova comentou: quem disse que perder ou ganhar, tudo é desporto, perdeu com certeza.
Os portugueses jogam melhor futebol que rugby. Muito melhor.
Do ponto de vista desportivo, acho uma fraude que uma selecção como a portuguesa possa participar num mundial de rugby. O interesse é o mesmo quando, em hóquei patins, ganhávamos a selecções por 50 golos.
Com a demonstração de que “os lobos” são, de facto, uma espécie em perigo de extinção no ecosistema da bola oval, a entoação de “a portuguesa” parece ser o seu último refúgio.
made in eu
A selecção portuguesa de rugby canta o hino com maior “cagança” que a de futebol.
As prima donnas do futebol não dão importância ao hino nacional. Eu também.
Os jogadores de rugby são muito mais honestos, tenazes e valentes que os do futebol. E muitíssimo mais pobres. Gosto mais deles.
Mas os campeonatos, sejam deste mundo ou de qualquer outro, não são só para fazer figura de corpo presente. Por analogia, lembro-me de Vinicius: que me perdoem as feias…
Navratilova comentou: quem disse que perder ou ganhar, tudo é desporto, perdeu com certeza.
Os portugueses jogam melhor futebol que rugby. Muito melhor.
Do ponto de vista desportivo, acho uma fraude que uma selecção como a portuguesa possa participar num mundial de rugby. O interesse é o mesmo quando, em hóquei patins, ganhávamos a selecções por 50 golos.
Com a demonstração de que “os lobos” são, de facto, uma espécie em perigo de extinção no ecosistema da bola oval, a entoação de “a portuguesa” parece ser o seu último refúgio.
made in eu
sábado, 15 de setembro de 2007
Larry
Sexo era um problema para Larry. Não por não tê-lo, mas por tê-lo.
Era-lhe quase insurportável tê-lo com a sua mulher. Sem ela, impensável.
Os gemidos, como se a magoassem, e os gritos, como se a matassem, eram uma tortura para Larry.
Os odores pareciam-lhe nauseabundos e o gosto dava-lhe vómitos.
As posições em que a mulher se punha, ou queria pôr, eram indecorosas e Larry mostrava sinais de um quase ataque de pânico durante o coito.
Porque não desistia de tal atrocidade?
Porque Larry amava, e o amor era mais forte que o ódio. Larry não tinha força, nem vontade, para desistir do fabuloso arroz de manteiga que a sua mulher cozinhava. Era um vício, uma dependência tão forte que, para não perder o cereal, perdia-se a si.
Não escondia o problema. A mulher deixava-o utilizar tudo o que precisasse para diminuir o asco; tampões no nariz, nos ouvidos, e uma venda nos olhos.
O desespero em não conseguir desistir do arroz de manteiga levou-o a prometer a Deus que, se algum dia o conseguisse, agradeceria da forma que julgava mais justa, e tornaria o sexo no seu Dia de Acção de Graças, i.e. na quarta quinta-feira de cada Novembro.
made in eu
Era-lhe quase insurportável tê-lo com a sua mulher. Sem ela, impensável.
Os gemidos, como se a magoassem, e os gritos, como se a matassem, eram uma tortura para Larry.
Os odores pareciam-lhe nauseabundos e o gosto dava-lhe vómitos.
As posições em que a mulher se punha, ou queria pôr, eram indecorosas e Larry mostrava sinais de um quase ataque de pânico durante o coito.
Porque não desistia de tal atrocidade?
Porque Larry amava, e o amor era mais forte que o ódio. Larry não tinha força, nem vontade, para desistir do fabuloso arroz de manteiga que a sua mulher cozinhava. Era um vício, uma dependência tão forte que, para não perder o cereal, perdia-se a si.
Não escondia o problema. A mulher deixava-o utilizar tudo o que precisasse para diminuir o asco; tampões no nariz, nos ouvidos, e uma venda nos olhos.
O desespero em não conseguir desistir do arroz de manteiga levou-o a prometer a Deus que, se algum dia o conseguisse, agradeceria da forma que julgava mais justa, e tornaria o sexo no seu Dia de Acção de Graças, i.e. na quarta quinta-feira de cada Novembro.
made in eu
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Bamos lá, primo!
Tu não achas que as pessoas se vendem por um pouco de atenção? Os blogues metem nojo. Ele é os divórcios, e as traições, e as não-ajudas-em-casa, e os filhos sem pai (isto porque como sabes e reconheces, é escrita de mulheres), e malandros, e férias, e todos os acontecimentos das férias, e o peido que saiu sem querer já dentro do avião em pleno vôo, e a solidão de se ser evoluído(a), em férias longínquas, e o malandro... dá-me uma dica, São. Vamos avacalhar mais e para todo o sempre as piadinhas? Vamos esmigalhar as torradinhas e misturá-las com Pau de Caneças, que é muito mais eficaz que o de Cabinda?
Vamos gozar com os divórcios, as divorciadas e os divorciados? Os encornados e as encornadas? As que se fodem e as que se deixam foder? Os "artistas", como eu, que de segunda a domingo, das 7:30 às 24:00 não vão ao cu, nem por nada?
Eu alinho. E tu?
hehehe beijões acelerados e fodidos de raiva e carinho, a caminho.
Vamos gozar com os divórcios, as divorciadas e os divorciados? Os encornados e as encornadas? As que se fodem e as que se deixam foder? Os "artistas", como eu, que de segunda a domingo, das 7:30 às 24:00 não vão ao cu, nem por nada?
Eu alinho. E tu?
hehehe beijões acelerados e fodidos de raiva e carinho, a caminho.
made in nozes
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
A (quase) divina comédia
Os video clips, disponíveis algures na net, mostram um senhor, cuja profissão se dizia ser desenhador de edifícios, a ter sexo – as imagens não são explícitas – com diferentes senhoras, uma de cada vez. Delas nada se disse, relativamente de onde vinham ou o que faziam.
O palco da actuação é sempre o mesmo: um sofá. A posição, assumida pelos participantes, também: o homem vê tudo e a mulher nada.
Mas a "delícia" dos clips está no som. A conversação entre os intervenientes é hilariante. Transcrição pura de ridícula comédia.
O homem mostra-se muito compenetrado na acção. As mulheres parecem não dar qualquer importância ao acto, como, aliás, fazem quase sempre.
Os elefantes, quando querem acasalar, procuram o interior da selva. Os humanos deviam fazer o mesmo.
made in eu
O palco da actuação é sempre o mesmo: um sofá. A posição, assumida pelos participantes, também: o homem vê tudo e a mulher nada.
Mas a "delícia" dos clips está no som. A conversação entre os intervenientes é hilariante. Transcrição pura de ridícula comédia.
O homem mostra-se muito compenetrado na acção. As mulheres parecem não dar qualquer importância ao acto, como, aliás, fazem quase sempre.
Os elefantes, quando querem acasalar, procuram o interior da selva. Os humanos deviam fazer o mesmo.
made in eu
domingo, 9 de setembro de 2007
ó rico primo do meu cú-ração!
deixo aqui a certidão:
"o post que meteste aqui, dois números abaixo, o de todas as Amélias, foi dos textos mais inspirados, bonitos e suculentos que já li na blogosfera! obrigada!
da tua sempre
rica prima
S
Grazie, ragazza
Há mais beleza e sensualidade femininas numa italiana em cima duma Piaggio, que em todas as portuguesas que circulam no Metro, em Lisboa.
made in eu
made in eu
sábado, 8 de setembro de 2007
Amélia do(s) olho(s) doce(s)
Amélia queria descansar de corpo e alma. Tinha ouvido dizer que lá era um descanso. O problema era a entrada. Não era fácil entrar, tinham-lhe dito. Ainda assim Amélia não desistiu. Se naquele sítio era um descanso, naquele sítio seria.
Amélia preparou-se. Ultrapassar a fronteira do medo sem medo só porque ali era um descanso. E se não fosse? Amélia estaria na posição que mais gosta; a de descobrir prazeres novos, novas sensações, mesmo que a isso dedicasse algum esforço.
Decidida, Amélia partiu ao encontro do que mais procurava: descanso. E em busca do paraíso, entregou-se ao sonho e foi, sem esquecer o passaporte.
made in eu
Amélia preparou-se. Ultrapassar a fronteira do medo sem medo só porque ali era um descanso. E se não fosse? Amélia estaria na posição que mais gosta; a de descobrir prazeres novos, novas sensações, mesmo que a isso dedicasse algum esforço.
Decidida, Amélia partiu ao encontro do que mais procurava: descanso. E em busca do paraíso, entregou-se ao sonho e foi, sem esquecer o passaporte.
made in eu
Eu, sagitariana me confesso...
a saber
Estou a telefonar para saber o resultado da minha análise. Negativo? Oh meu Deus!! Porquê? Porquê? Porquê? O quê? Negativo é bom? Pois claro! Sou mesmo estúpido! Obrigado. Muito obrigado. (George Constanza)
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
JJ
JJ desistiu. Não se conseguia compatibilizar com a política dos políticos. Tudo que pensava que deveria ser feito, era-o ao contrário.
Não arriscava escrever ou dizer o que pensava dos “senhores”. Nada mais há a esperar. Conformismo é tudo o que posso fazer, pensou. Lembrou-se depois dum artigo que tinha lido, dum jornalista brasileiro que admirava, e satanizou-se satanizando as palavras e os desejos. É isso, disse. Rogar-lhes pragas é tudo o que me resta. Seja!
Cinco metros de intestino deveriam apodrecer ao ministro principal, e que sofresse de uma conjuntivite em ambos os olhos nos próximos dois anos, continuamente. E que as mãos se lhe enchessem de escaras e que dos seus ouvidos saísse pûs, e do nariz, e da boca. Que se lhe atrofiassem as pernas, e os pés se desfizessem em chagas. Que todos os outros ministros fossem atacados de tinha, e de ramelas constantes, e de piolhos, e que dos seus ouvidos jorrasse cera líquida, e diarreia contínua, dos seus ânus. Que a lepra lhes atacasse os genitais. Que o fogo queimasse as suas posses e a chuva as levasse. Que fizessem fila na “sopa dos pobres” e se alimentassem de escarros de tísicos. Que as bocas abertas se fechassem para não mais se abrirem, que partissem para onde se não soubesse e se salgasse o chão da sua passagem.
Caramba! Para quê tanta maldade, ou desejo dela, exclamou JJ em silêncio. Com certeza nenhum governante lhe desejava isso. Claro que não. Também não sabiam da sua existência. E se soubessem, faziam que não sabiam.
A fila na “sopa dos pobres” não era imaginação e as pobres bocas abertas dos pobres fechar-se-iam, para sempre, mais depressa do que o tempo que todas as pragas levariam a cair sobre os malvados, ou fossem de vez apagadas da vontade de JJ, e do querer de Satanás.
made in eu
Não arriscava escrever ou dizer o que pensava dos “senhores”. Nada mais há a esperar. Conformismo é tudo o que posso fazer, pensou. Lembrou-se depois dum artigo que tinha lido, dum jornalista brasileiro que admirava, e satanizou-se satanizando as palavras e os desejos. É isso, disse. Rogar-lhes pragas é tudo o que me resta. Seja!
Cinco metros de intestino deveriam apodrecer ao ministro principal, e que sofresse de uma conjuntivite em ambos os olhos nos próximos dois anos, continuamente. E que as mãos se lhe enchessem de escaras e que dos seus ouvidos saísse pûs, e do nariz, e da boca. Que se lhe atrofiassem as pernas, e os pés se desfizessem em chagas. Que todos os outros ministros fossem atacados de tinha, e de ramelas constantes, e de piolhos, e que dos seus ouvidos jorrasse cera líquida, e diarreia contínua, dos seus ânus. Que a lepra lhes atacasse os genitais. Que o fogo queimasse as suas posses e a chuva as levasse. Que fizessem fila na “sopa dos pobres” e se alimentassem de escarros de tísicos. Que as bocas abertas se fechassem para não mais se abrirem, que partissem para onde se não soubesse e se salgasse o chão da sua passagem.
Caramba! Para quê tanta maldade, ou desejo dela, exclamou JJ em silêncio. Com certeza nenhum governante lhe desejava isso. Claro que não. Também não sabiam da sua existência. E se soubessem, faziam que não sabiam.
A fila na “sopa dos pobres” não era imaginação e as pobres bocas abertas dos pobres fechar-se-iam, para sempre, mais depressa do que o tempo que todas as pragas levariam a cair sobre os malvados, ou fossem de vez apagadas da vontade de JJ, e do querer de Satanás.
made in eu
Ivan Lessa
Sexo! Sexo! Sexo!
Na verdade, bastava escrever a doce palavrinha uma vez. Sem ponto de exclamação.
Eu poderia ter digitado até conforme a nova ortografia a entrar em vigor no ano que vem: “secso”.
O efeito teria sido o mesmo. Captada estaria a total atenção do freguês. Não há ninguém no mundo que passe pela palavra e não dê ao menos uma conferida.
A suave, ou por vezes enérgica, conjunção das letrinhas são mais ou menos idênticas em qualquer língua falada e escrita. Sex, sexe, sesso e umpa-umpa são em seus respectivos idiomas originais, a saber, inglês, francês, italiano e somali, prontamente identificáveis por qualquer indivíduo ou indivídua, não importa o seu, uai!, sexo.
O sexo é a a coisa mais interessante na face da Terra. Não fosse ele e a própria, a Terra, isto é, não giraria e nem estaríamos todos aqui gozando, por assim dizer, das artes e estratagemas de Cupido, que é para dar uma coloração menos violenta a este texto. Embora um pouco de violência... Ah, deixa isso pra lá.
O que eu queria mesmo é chamar a atenção de quem passou os olhos por aqui. Se o senhorinho ou a senhorinha ainda me acompanha é sinal de quem fui bem sucedido. Podemos, pois, passar ao que realmente interessa. Sim, sim, claro, é sobre sexo!
Por que fazer sexo?
Por que é que os seres humanos fazem sexo? Ou têm sexo. No sentido de um no outro, coisa e tal.
Não estou querendo me fazer de engraçadinho, mas esse é o título de um artigo publicado na augusta edição de agosto da revista Arquivos do Comportamento Sexual, publicado pela editora da Universidade do Texas, na cidade de Austin, e assinada por Cindy Meston e David Buss, que, no por certo prestigioso estabelecimento escolar, realizaram uma pesquisa entre 1549 participantes.
A pergunta indagava das pessoas os diversos motivos para terem, fazerem ou se envolverem em sexo. O questionário constitui, segundo as pessoas que entendem disso (de pesquisas e não sexo), a mais extensiva lista de motivos para a propagada copulação, para dar um nome nada eletrizante ao mais antigo dos passatempos (“passatempo” foi um dos apelidos dados ao ato, ou “acto” como dizem os portugueses, coitados, em questão).
Um pequeno parêntese: Cindy é nome de acadêmica sexual? Mesmo no Texas? Cindy ou é boneca ou pseudônimo de moça de programa. Sejamos sinceros.
Vamos a algumas das motivações conforme o texano estudo. “Eu estava com vontade de reproduzir” (motivo que pegou o 231º lugar). “Eu queria me castigar”(motivo 148). “Eu (ou ela) estava ovulando” (motivo 232). “Trata-se de meu imperativo genético” (motivo 180). “Eu estava apenas querendo reproduzir” e “Eu queria fazer um bebê” (empatados no motivo 27).
Uma dessas coisas que acontecem
Sem dar a ordem da motivação, os texanos – diga-se de passagem – 96% dos quais entre os 18 e os 22 anos, 5% judeus e 36% cristãos fundamentalistas – optaram ainda pelas seguintes motivações, desculpas ou pretextos, conforme queiram:
- Eu queria passar pela experiência.
- Eu precisava me sentir atraente.
- Eu necessitava me sentir feminina. (Apenas no caso das mulheres. Espero.)
- Eu estava a fim de me sentir bem comigo mesmo(a).
- Eu queria me conectar com a outra pessoa.
- A outra pessoa era inteligente.
- A outra pessoa tinha muito senso de humor.
E motivo que não acaba mais. Já entrei, mais do que devia, nos méritos do assunto. Abstenho-me de comentar, além de citar apenas mais dois dos motivos mais populares para, no Texas, tendo entre 18 e 22 anos de idade, queimar incenso no altor de Eros, conforme diziam as pessoas educadas e meio virgens de meu tempo:
- Todo mundo estava indo nessa.
- Foi uma dessas coisas.
Ivan Lessa - BBC
Na verdade, bastava escrever a doce palavrinha uma vez. Sem ponto de exclamação.
Eu poderia ter digitado até conforme a nova ortografia a entrar em vigor no ano que vem: “secso”.
O efeito teria sido o mesmo. Captada estaria a total atenção do freguês. Não há ninguém no mundo que passe pela palavra e não dê ao menos uma conferida.
A suave, ou por vezes enérgica, conjunção das letrinhas são mais ou menos idênticas em qualquer língua falada e escrita. Sex, sexe, sesso e umpa-umpa são em seus respectivos idiomas originais, a saber, inglês, francês, italiano e somali, prontamente identificáveis por qualquer indivíduo ou indivídua, não importa o seu, uai!, sexo.
O sexo é a a coisa mais interessante na face da Terra. Não fosse ele e a própria, a Terra, isto é, não giraria e nem estaríamos todos aqui gozando, por assim dizer, das artes e estratagemas de Cupido, que é para dar uma coloração menos violenta a este texto. Embora um pouco de violência... Ah, deixa isso pra lá.
O que eu queria mesmo é chamar a atenção de quem passou os olhos por aqui. Se o senhorinho ou a senhorinha ainda me acompanha é sinal de quem fui bem sucedido. Podemos, pois, passar ao que realmente interessa. Sim, sim, claro, é sobre sexo!
Por que fazer sexo?
Por que é que os seres humanos fazem sexo? Ou têm sexo. No sentido de um no outro, coisa e tal.
Não estou querendo me fazer de engraçadinho, mas esse é o título de um artigo publicado na augusta edição de agosto da revista Arquivos do Comportamento Sexual, publicado pela editora da Universidade do Texas, na cidade de Austin, e assinada por Cindy Meston e David Buss, que, no por certo prestigioso estabelecimento escolar, realizaram uma pesquisa entre 1549 participantes.
A pergunta indagava das pessoas os diversos motivos para terem, fazerem ou se envolverem em sexo. O questionário constitui, segundo as pessoas que entendem disso (de pesquisas e não sexo), a mais extensiva lista de motivos para a propagada copulação, para dar um nome nada eletrizante ao mais antigo dos passatempos (“passatempo” foi um dos apelidos dados ao ato, ou “acto” como dizem os portugueses, coitados, em questão).
Um pequeno parêntese: Cindy é nome de acadêmica sexual? Mesmo no Texas? Cindy ou é boneca ou pseudônimo de moça de programa. Sejamos sinceros.
Vamos a algumas das motivações conforme o texano estudo. “Eu estava com vontade de reproduzir” (motivo que pegou o 231º lugar). “Eu queria me castigar”(motivo 148). “Eu (ou ela) estava ovulando” (motivo 232). “Trata-se de meu imperativo genético” (motivo 180). “Eu estava apenas querendo reproduzir” e “Eu queria fazer um bebê” (empatados no motivo 27).
Uma dessas coisas que acontecem
Sem dar a ordem da motivação, os texanos – diga-se de passagem – 96% dos quais entre os 18 e os 22 anos, 5% judeus e 36% cristãos fundamentalistas – optaram ainda pelas seguintes motivações, desculpas ou pretextos, conforme queiram:
- Eu queria passar pela experiência.
- Eu precisava me sentir atraente.
- Eu necessitava me sentir feminina. (Apenas no caso das mulheres. Espero.)
- Eu estava a fim de me sentir bem comigo mesmo(a).
- Eu queria me conectar com a outra pessoa.
- A outra pessoa era inteligente.
- A outra pessoa tinha muito senso de humor.
E motivo que não acaba mais. Já entrei, mais do que devia, nos méritos do assunto. Abstenho-me de comentar, além de citar apenas mais dois dos motivos mais populares para, no Texas, tendo entre 18 e 22 anos de idade, queimar incenso no altor de Eros, conforme diziam as pessoas educadas e meio virgens de meu tempo:
- Todo mundo estava indo nessa.
- Foi uma dessas coisas.
Ivan Lessa - BBC
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Cantinho do "achismo"
Acho que quem dá € 10 para ser figurante, ao lado do Cristiano Ronaldo, merece ficar sem eles.
Quo Vasques
De boas intenções está cheio o inferno. Quem teria sido o bem intencionado que proferiu tais palavras, pensou Vasques. As pessoas beijam-se sem medo do SIDA, metem-se debaixo de um laser para se depilarem, julgam-se bonitas e não querem que as vejam defecar depois de comerem tanto chocolate. As pessoas...
Desde que começara a trabalhar na colónia naturista, Vasques gostava das lagartixas e das pinhas espalhadas pelo chão.
Como não sabia em que Deus acreditar, Vasques decidiu não ir à praia.
Como lhe era indiferente haver, ou não, mulheres na colónia, não deixou de comer laranjas um único dia.
Todos esperavam o cometa que os levaria ao inferno mas, ao vê-los, só levou Vasques que, depois de comer tanto chocolate, fez com que fosse de merda a cauda do astro e com ela pintou a humanidade beijando-se depilada.
made in eu
Desde que começara a trabalhar na colónia naturista, Vasques gostava das lagartixas e das pinhas espalhadas pelo chão.
Como não sabia em que Deus acreditar, Vasques decidiu não ir à praia.
Como lhe era indiferente haver, ou não, mulheres na colónia, não deixou de comer laranjas um único dia.
Todos esperavam o cometa que os levaria ao inferno mas, ao vê-los, só levou Vasques que, depois de comer tanto chocolate, fez com que fosse de merda a cauda do astro e com ela pintou a humanidade beijando-se depilada.
made in eu
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
estes escoceses are fucking loucos
Quero morrer tranquilamente durante o sono, como o meu avô, sem gritar aterrorizado como os seus passageiros.
Traduzindo:
I want to die peacefully in my sleep like my grandfather.
Not screaming in terror like his passengers.
Traduzindo:
I want to die peacefully in my sleep like my grandfather.
Not screaming in terror like his passengers.
WC, OU UMA TRADUÇÃO DE METER NOJO - II
Lido no blog do João Paulo
http://malfadado-o-contestatario.blogspot.com/
http://malfadado-o-contestatario.blogspot.com/
Quarta-feira, Agosto 22, 2007
Por acaso não reparei a quem é que a SIC paga uma fortuna para fazer a tradução do programa da OPRAH, que passa na SIC Mulher, mas vejam bem esta tradução, do inglês para o português:
Por acaso não reparei a quem é que a SIC paga uma fortuna para fazer a tradução do programa da OPRAH, que passa na SIC Mulher, mas vejam bem esta tradução, do inglês para o português:
SITUAÇÃO: A Oprah Winfrey e a amiga fazem uma viagem rodoviária pela América, que serve de base a uma reportagem que depois vai sendo exibida no programa e que vai sendo comentada. Numa das estadias, ficam num Hotel muito bom, pelos vistos muito conhecido por lá. Diz a amiga, ao descrever a suite:
- And here we have what in some places people call a toillete, but here is a water closet!
TRADUÇÃO : - E aqui temos o que algumas pessoas chamam uma toillete, mas aqui é um armário de água!
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