«A maledicência foi dada ao homem não só como estímulo mas também como distracção; porque é comentando os ridículos dos outros que o homem aprende a corrigir os seus e, é deformando a monotonia da vida pela troça, que ele consegue fugir à tristeza da realidade agreste que o rodeia.»
Fialho de Almeida - Ovos Moles e Mexilhões. Bisbilhotice Mensal D´Aveiro
N.º 1 – Março de 1893, Pág. {3}
Depois de várias semanas hospitalizado, foi dada alta ao baixo Manuel. O desastre tinha-lhe causado um traumatismo no pescoço o que lhe fazia inclinar, acentuadamente, a cabeça para a direita. Logo para a direita, pensou Manuel, esses fascistas. Com o cabelo enorme, Manuel foi ao seu barbeiro de sempre. Pelo caminho viu Maria da Luz, e cuspiu para o chão, como era habitual ao vê-la. O barbeiro viu-se frente a frente com um dilema: - Como quer o corte, atrás? Direito com a cabeça ou direito com as costas? Manuel, envergonhado, respondeu: - Ela por ela. - Não o aconselho. Assim vai parecer duas vezes torto. - Direito então com a cabeça. Pelo menos no cinema, quem estiver atrás vai pensar que estou a dormir. O corte ficou admiravelmente direito atendendo à inclinação. Manuel pagou pela tabela e saiu. De volta a casa viu Maria da Luz, e cuspiu para o chão, como era habitual ao vê-la. Não sabia Manuel que Maria da Luz tinha-se mudado para viver com Vicente. Vicente que tinha uma inclinação noutra parte da anatomia. Maldito Peyronie, teria dito Maria da Luz quando soube. Quando soube também, em vez de cuspo no chão, Manuel lançou um sorriso a Maria da Luz, apesar do corte admiravelmente direito.
Beijões a quem os merece, tusSão (e vão comprar um xarope prá tosse)
Quem gosta de desportos radicais?
Carlos adorava desportos radicais. Não os via sem uma cerveja. Rita nem por isso. Gostava só da cerveja. Rita não gostava de mais nada, ou parecia não gostar. Nem mesmo de Carlos. Quando o desporto a ver era subir e descer rochas, de bicicleta, Carlos achava a máxima importância e bebia cerveja importada. Os desportistas não sabiam que Carlos existia. Rita não gostava de desportistas. Os homens metiam-lhe nojo na proporção exacta em que ela metia nojo aos homens. As cervejas nunca se pronunciaram. Um dia, Carlos decidiu fazer um novo desporto radical. Comprou um capacete aprovado pela federação e esmurrou duas vezes a cara de Rita. Rita não gostou. Rita não gostava de nada, ou parecia não gostar.
Naquela terra não se “ia às putas”. Uma só havia, Adelaide.
Adelaide via novelas, ou pensava nelas, durante o trabalho. Não fazia ideia, nem sabia da vida de cada um, mas uma coisa Adelaide sabia: satisfazer maridos, coisa que as mulheres com quem casaram não sabiam, nem sabem.
Outra coisa que Adelaide não poderia imaginar é que foram as mulheres quem mais choraram a sua partida para a cidade. Sem o sentimento de culpa, os homens desistiram completamente do “dever conjugal” e trocaram as mulheres pelas cartas do café.
Nenhuma comentou, nenhuma chorou, mas cada uma rezou em silêncio e pediu o regresso da puta, ou de uma outra qualquer Adelaide, que a pudesse fazer sentir-se fêmea, pelo menos uma vez, no que lhe parecia ser uma vida.
Ninguém regressou. Ninguém chegou.
Os homens, esses, não voltaram a trocar cartas por mulheres. Uma simples vaza de duques parecia-lhes mais valiosa. Não sabiam, nem poderiam saber, o quão certo estavam, ou julgavam estar. made in eu
A discussão, passados tantos dias, ainda está por fazer! VE - Verde Eufémia? Hummmmmmmmm No norte é BE - Berde Eufémia!!! (BE??? onde é que já vi usar esta sigla?) Se o movimento defende o Verde, tal como defendia a Eufémia (malograda sportinguista, vítima de fanáticos dos defensores do azul (pelo menos nos lápis)), porque é que atacou uma plantação de milho verde? Não podia esperar até estar amareladito, e assim até dava uma mãozinha para a "cosecha" da espiga, e o agricultor não ficava tão prejudicado e já o Ministro da Agricultura Industrial e do Desenvolvimento dos Biocombustíveis não dizia patetadas. E o agricultor, é ou não sócio do Benfica, e só por isso foi escolhido como alvo do terrorismo? E o milho derrubado, foi aproveitado para fazer silagem, ou ficou ali como prova do crime? E o porta voz do Verde Eufémia, é ou não membro do Gay-A? OGMs? O que é isso? Comem-se? Ah, então não há problema!
Os fogos florestais (e urbanos!) na Grécia fazem lembrar os nossos últimos anos em Portugal. Este ano as temperaturas subiram demais na Grécia, os ventos aumentaram de intensidade e o resultado está à vista. Em Portugal, por outro lado (literalmente do outro lado do Mar Mediterrâneo, e com governantes do outro lado da sanidade mental), as condições climatéricas têm sido bem melhores, no sentido de mais fresco, mais chuva. O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas já fez um balanço sobre a área ardida, dizendo que "é um bom sinal de que as coisas estão no bom caminho" e que os fogos que ocorreram têm sido "atacados de forma forte e coordenada". Palavras para quê? É um homem de confiança do Ministro da Agricultura e do Desenvolvimento das Corporações Multinacionais Agro-Alimentares e Biocombustíveis.
Não é piadinha, mas é uma torradinha que graças ao esforço coordenado do governo e das forças da Protecção Civil não carbonizou na torradeira!
Não queria tostar aqui piadinhas futebolísticas, mas esta, por chatear muitos milhões de portugueses, tem mesmo que ser:
BENFICA MANTÉM INVENCIBILIDADE!
Pode parecer básica, mas eu vi e tinha que comentar aqui: a camisola do jogador do Benfica, Luis Filipe, tinha o número correspondente, mas as letras brancas diziam: Luis Filie. Esqueceram-se do "P". Coisas feitas à pressa!!!
Muito boa noite, senhoras, senhores Cá na minha terra há bons cantadores. Há bons cantadores, boas cantadeiras, Choram as casadas, dançam as solteiras.
Das poucas coisas boas que me tem a vida dado, não me ter feito nascer em Esposende é, seguramente, a melhor. Sempre associei Esposende à ejaculação. Não sei por quê. Não sei onde fica nem como é. Não quero saber.
A televisão fez uma reportagem de Esposende. Na praia. Fiquei a saber ser uma terra costeira, no norte.
O Banho Santo, assim chamado, consiste em mergulhar uma criança, três vezes, na água fria do mar, para que esta perca o medo (a criança, não a água fria). Os especialistas levam 5 euros para o efeito. Vimo-los na televisão: um velho e uma velha vestidos de impermeáveis amarelos em plenas ondas. A mim pareceram-me um feiticeiro e uma bruxa. As crianças perdiam o medo, que passava a ser pânico e terror (não sei se da fria água, se dos executores). Os pais, com os filhos em pranto e horrorizados, nos braços, riam e diziam que é uma tradição.
Gosto destas tradições portuguesas. A nossa cultura tem muito a nos ensinar e fazer uma criança perder o medo por 5 euros é quase uma pechincha. Por tradição, quase um vómito.
Nunca pus um pé em Esposende, essa terra que me lembra ejaculação. Faço questão de nunca pôr.
O universo não é infinito, tem uma fronteira ao longo de Portugal. É onde a estupidez acaba sem se saber o que está para lá dela.
Não sou orgulhoso. A única coisa de que me orgulho ser é não ser de Esposende.
- O que é que você quer dizer com isso? Não consegue distinguir a diferença? - Não. Na fase inicial, as duas têm sintomas parecidos. Mas faça isto: leve a sua mulher de automóvel até bem longe, no meio do campo. Ponha-a fora do carro. Se ela encontrar o caminho para casa não a fôda.
É triste, mas mais uma vez até tem a sua piadinha. Acabado de comentar sobre uma má tradução do inglês, no meu blog, tosto aqui para "compartir" esta "bromadiña", má tradução do castelhano.
Canal Odisea, que tem uma versão traduzida para português, o tema é o virus da SIDA, aparece nos intervalos entre programas, a anunciar um "especial":
"... multiplica-se, atacando os leucócitos, provocando um número crescente de infecções, cada vez mais graves e cada vez mais raras"
Pelo "amor de dios", quem é o atrasado mental que faz estas traduções? Traduzir "rara" por rara é fácil, mas bastava ler a frase para ver que não faz sentido. Por este andar qualquer dia temos os "cepillos" traduzidos como vassouras de dentes!
Não há por aí ninguém disponível para avançar com uma iniciativa legislativa popular, para que esta gente pague multas, por maltratarem a cultura de tantos milhões?
Nunca compreendi os programas de cozinha na televisão; não podemos cheirar, não podemos comer, nem podemos provar. No fim do programa seguram o cozinhado para a câmara, "Bem, e aqui está, mas não é para vocês. Obrigado por terem assistido. Adeus."
Andava eu a ler o dicionário, e descubro que enfermo é o mesmo que pessoa doente, singular masculino! Vai daí pensei: um enfermeiro é um gajo que põe as pessoas enfermas. Bem está quem vai para um Hospital e encontra um desenfermeiro, fica bom num instantinho! Se eu entrar num Hospital (só em estado inanimado), espero acordar nas mãos de uma desenfermeira, só assim não começarei aos gritos "Tirem-me daqui!!!" Claro que em alternativa, poderia acordar e estar a ser visto pelo Dr House, esse é que me tira do sono!
mas o que leva as mulheres (e as amigas delas) a partirem em bandos felizes, de férias, para as caraíbas e nesta altura do ano? -a esperança de que a época dos furacões se transforme em época de furaconas!
As mulheres fingem orgasmos porque os homens fingem os preliminares. Sexo para os homens é mais físico e mais emocional para as mulheres. O facto de saberem que eles querem sexo com elas, já lhes preenche as necessidades.
Zé encheu o baú de verde. Mafalda trocou o verde por lágrimas. Choveu nesse dia e nos seguintes. A água não lavou as lágrimas mas lavou Mafalda lavada nelas. Duas luas apareceram no céu: uma verde, outra de lágrimas. Mafalda passou a Susana e Zé a Francisco. Sem cor era o sorriso de Francisco e Susana não tinha lágrimas ao luar. Não choveu no dia em que nenhuma lua apareceu no céu. Não se queixou Susana do sorriso dele mas de água encheram-se os olhos de Francisco. O sol pareceu amar a lua e a lua o sol. O amor entre as luzes de ambos secaram as lágrimas de Mafalda que não foram lavadas pela chuva. Foi Susana quem achou o verde do Zé e, roubando o sorriso de Francisco, encheu com ele o baú.
O meu pai tem a mania de deixar o jornal do dia na casa de banho. Li a edição com toda a atenção, mas não vinha lá nenhuma referência ao facto de já termos 350 tostagens no piadinhas e torradinhas.... E depois o que fazem jornais diários na casa de banho? Ali só deviam entrar textos humorísticos, p'rá gente se mijar a rir, ou revistas do género da Caras ou a legítima Hola, versão em castelhano, pois 'tamo-nos a cagar para aquela espécie de notícias! O resto da literatura que entra na casa de banho, só pode ser uma banhada!
Santiago, ao contrário de tantos outros portugueses, tinha médico de família. Mal dado o nome, pensou Santiago. Ele não tinha família. Se um dia viesse a ter, não teria a certeza do que a família teria: casa, comida ou outros confortos, a não ser médico. Maria era chamada, desde muito nova, uma maria-rapaz. Maria não entendia porque lhe chamavam rapaz. Foi preciso o médico de família, de Santiago, explicar a Maria. Maria, só, conheceu Santiago numa consulta no seu médico de família. Quando por conselho do padre, Santiago se casou com Maria, não houve convidados. Apenas um padrinho, que por acaso era médico da família que se acabava de formar. Nada mau, nos dias que correm, antes de formar família ter já o seu médico. Nunca se soube o que fez Santiago à parte "rapaz" de Maria...
Beijões a ti, nestes dias que correm, e que não SÂO mais que beijões a ti, corram ou não hehehe
Unghh Girl tonight we’re gonna make love You know how I know? Because it’s Wednesday And Wednesday night is the night that we usually make love Tuesday night is the night that we usually go to your mother’s place and I teach her how to use the video machine again But Wednesday night is the night that we make love It’s when everything is just right You’re not too tired from your afterwork social netball team practice There’s nothing good on TV. Mmmmm... Conditions are perfect for making love. You turn to me and say something sexy like, “I might go to bed. I’ve got work in the morning.” I know what you’re trying to say, baby. You’re trying to say “Aww, yeah. It’s business time.” It’s business It’s business time I know what you’re trying to say You’re trying to say it’s time for business It’s business time Ooh It’s business It’s business time Aww aww yeah yeah The next thing you know we’re in the bathroom brushing our teeth That’s all part of it, that’s foreplay. Foreplay is very important in love making Then you go sort out the recycling Which isn’t part of the foreplay, but it’s still very important That’s not foreplay, but it’s still very important. Then next thing you know we’re in the bedroom You’re wearin’ that same old ugly, baggy T-shirt with a stain on it that you got from that team-building exercise you did for your old work several years ago “Team Building Exercise ‘99”. I take off my clothes But I trip over my jeans ‘cause I’m still wearing my shoes But it’s okay because I turn it all into a sexy dance. The next thing you know I’m wearing absolutely nothing Except for my socks And you know when I’m down to my socks what time it It’s business time It’s business It’s business time When I’m down to my socks it’s time for business That’s why they’re called business socks Ooh It’s business It’s business time Aww aww yeah yeah Making love Making love for Makin love for two Making love for two minutes When it’s with me, you only need two minutes, girl ‘Cause I’m so intense Two minutes in heaven is better than one minute in heaven You turn to me and say something sexy like, “Is that it?” I know what you’re trying to say, girl You’re trying to say, “Aw yeah, that’s it” And then you tell me you want some more Well, uh... I’m not surprised But I am quite sleepy Mmm It’s business It’s business time Business hours are over, baby It’s business It’s business time
Aos que já chegaram a esta fase, os meus pêsames, aos que ainda não cuidado...
Até bem que podiam ser os franceses, os gourmets por excelência. Mas também não!
Os verdadeiros especialistas da floricultura, e com uma bela costa marítima são os Holandeses!!! A eles se deve esta coisa tão boa, para o tempero de saladas!
Dois amigos passam, em passeio, por uma amiga comum e cumprimentam-na quase em uníssono: - Olá! - Lolá! Responde ela prontamente, sem perder a compustura e o ar sério de quem vai pensativa, e seguindo o seu caminho. Com algum melindre a timbrar-lhe o comentário, diz o mais baixinho: - Detesto quando se riem a cumprimentar-me, parece que estão a go-gozar co-co-comigo.
Portugueses e portuguesinhos: a vós que comeis Panrico, que usam coisas wireless e que sois invadidos por inúmeras palavras e marcas espanholas, sem stresse e sem abrir o bico, fiquem desde já a saber que as famosas pastelarias Vasco da Gama, ao quererem alargar o seu negócio para lá da fronteira, nomeadamente em Salamanca, só teriam autorização para abrir portas se substituissem a sua marca original "Vasco da Gama", por um bem castelhano "Vasco de Gama". Ao ver por aí a carrinha a circular, de matrícula espanhola, verde e com letras bem grandes a publicitar a "pasteleria Vasco de Gama", eu até pensaria que era falta de patriotismo e que era um golpe de marketing, para vender melhor aos "nuestros hermanos". Mas nada disso, foi apenas a aplicação de leis de protecção da identidade cultural castelhana. Uma coisa que também deveríamos ter por aqui, para acabar com os Panricos, os DulceSol, as gasolineiras e os melocotones en almibar, ou coisas do género! Mais uma vez os espanhóis merecem o nosso respeito e admiração por estarem melhor protegidos contra a destruição da sua identidade cultural! No Brasil até estão instituidas multas para quem exibir letreiros ou cartazes com erros no português! Em Portugal tiram-se fotos e metem-se na internet, para gozar o prato!
Não sei se é o efeito de tantas dietas para serem gente fina, mas qualquer coisa deve afectar os neurónios das jornalistas da CARAS NOTÌCIAS. É que eu ouvi, e está gravado no arquivo da SIC Notícias, para quem quiser ouvir a pérola, a jornalista a dar uma notícia que não interessa mesmo nada a ninguém, notícia do género para encher e para promover uma artista americana que bem precisa deste género de promoções. E dizia assim a jornalista: "A artista deslocou-se à Bolívia, dando um excelente e nunca por demais elogiado espectáculo, enchendo por completo o Estádio Simon (ler assim mesmo, à americana "saimane") Bolivar (ler à americana "bólivare")". Pois é, têm razão, quem me manda a mim ter a TV ligada neste canal, nesta espécie de programa? Depois de dizer que a artista tinha ido à América Latina, conforme ouviu na notícia original, vai e traduz tudo, tal e qual ouviu da notícia original, sem latinizar o nome do desgraçado, que até se escreve com acento no ó, Simón. Desgraçados dos nossos ouvidos!!!