sexta-feira, 7 de julho de 2006
Professores...
Tenho recebido "meles" (mail, batizado por uma mãe de Portugal) de (quase) todos os meus amigos profesores e também alguns de quem não é professor, que parece só agora se terem apercebido que andam a ser f... à grande e bem à portuguesa. E quase todos apelam à união da classe. A propósito de tudo o que se tem dito, falta dizer o que ainda não se disse ( e ainda fica muito por dizer...). Então, vejamos: alguém já pensou nos funcionários das escolas para ajudar na avaliação do desempenho dos funcionários das escolas? E estou a falar de toda a comunidade escolar da escola! Antes de chegar aos pais não seria mais lógico falar com quem está ali mesmo ao pé? E já agora, há uma grande falha no sistema de avaliação dos alunos. Um dos itens de avaliação do "saber ser" é "Respeita colegas e professores". Então e os outros funcionários?
Outra coisa que ainda não foi analisada é a Sex ratio ( taxa de machos e fêmeas). Em toda a comunidade escolar há muito mais fêmeas que machos. Já foi provado que as fêmeas humanas sincronizam o seu período fértil (e, consequentemente, também os outros) quando interagem com frequência. Isto foi uma característica herdada dos nossos antepassados, que deve ter tido as suas vantagens (cooperação ), mas que agora , talvez, possa ser responsável, quem sabe se pelo insucesso escolar? É um assunto que merece a reflexão do ministério e talvez os responsáveis pelo descalabro cultural nacional proponham alguma medida do tipo, obrigatoriedade de paridade nas escolas, e depois vem o presidente da república e veta!
FIM
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6 comentários:
A quantidade de coisas que a malta se lembra quando alguém bule com o nosso sossego e com os chamados "direitos adquiridos", sabe-se lá por quem e a propósito de quê.
Agora avaliação de profs por pseudo-encarregados de educação, é no mínimo demencial. Primeiro teriam que aprender o que quer dizer encarregado de educação, e tratar do que devem, da educação das criancinhas.
(há que dizer que as associações de pais são contra esta avaliação)
Por que andam os professores a ser fodidos à grande e à portuguesa? Se coisa há de que não faço ideia é a luta dos professores.
Não seria melhor lutarem menos e ensinarem mais? Digo eu, não sei se bem ou mal.
Esta política cor da rosa descarrilou logo no início, não por mexer em direitos adquiridos mas por inventar medidas tomando o partido dos paizinhos (milhões de eleitores), apontando o dedo aos professores (poucos milhares), como os causadores das cretinices do sistema.
Ainda bem que hoje o Ministério decidiu dar uma 2ª hipótese nos exames, apenas aos estudantes de química e física, reconhecendo que afinal também erra. E de que maneira! Só é pena agora ninguém lhes poder tirar, a estes políticos da treta, os direitos adquiridos (poder podia, mas a falta de classe dos professores, dos pais, dos alunos, faz com que esta situação pareça um teatro de fantoches, mas da pior qualidade!).
O problema de todos nós, ou quase todos, incluindo os canalhas indecentes e nojentos dos políticos, eu diria eles principalmente, é que vivemos para o dinheiro.
É bom que tomemos consciência da morte para conseguirmos tirar algum gozo da vida.
Os professores só querem as carreiras deles, e as reformas, e os salários e estão-se cagando para os alunos.
Os governantes só querem o "tacho", a reforma ao fim de 3 anos, receberem 3 ou 4 ordenados e estão-se cagando para os professores.
Os enfermeiros, os polícias, os juízes, os futebolistas, e tantos todos que chega a meter nojo como a solidariedade nos desgraçados reformados que ganham o que não lhes chega para 1 hora de prazer na vida velha, depois da vida nova ter sido ela também uma foda, no sentido fodido do termo.
Razão tinha o João Paulo II, e ateu sou eu quanto baste, quando disse que a esperança dos trabalhadores é o Cristianismo e não o Marxismo.
Deixem os automóveis nos stands, e os sapatos nas montras, e a cagança de ir passar férias ao Brasil sem sair da praia, e o dinheiro para mais e mais e mais.
Pensem no Vinicius e na sua canção:
Você que só ganha pra juntar... em que fria você vai entrar. Por cima uma laje, em baixo a escuridão. É fogo irmão.
Não votem nos merdas cuja dignidade chegaria ao ponto de chupar gaitas em comícios, se preciso fosse, para ganhar votos. Estou convicto disso.
Ou então sim senhor, acreditem que a riqueza é melhor que a pobreza, quanto mais não seja, como disse o Woody Allen, por razões financeiras.
Anda toda a gente tão nervosa com o ensino que até os exames têm erros. Penso que o ministério vai tentar que, no futuro, sejam os pais a fazê-los. A não ser que já sejam. Os professores não elaboravam exames com erros, pois não? hihihi
Eu entendo as críticas dos pais. Já as das mães nem por isso.
Sobre o problema do ensino, li uma frase que resume toda a questão: Ao tentar entrar em casa, Manuel reparou que se esquecera das chaves.
made in eu
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