segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PEDRAS DA CALÇADA

Fui a uma reunião em Portalegre, interior de Portugal, e vi uma cena que só filmada! Estávamos nós sentadinhos no relvado, a picnicar, e vem um carro rua abaixo e ouve-se um barulho de qualquer coisa que bateu por baixo do carro. A rua com pavimento de paralelos! O carro pára logo a seguir, e como é fim-de-semana e é uma rua com muito pouco movimento, sai um senhor que vai ver o que se passou, e mesmo no meio da via os paralelos estão soltos, e quando o carro passou por cima levantou um deles que bateu por baixo do carro. O senhor, pacientemente, tira três pesados paralelos, abrindo um buraco no meio da rua, e coloca-os em pé antes dessa zona em que os paralelos estão soltos. Assim, quem vier a seguir desvia-se um pouco e já está! O senhor, com a satisfação de obra comunitária realizada estampada no rosto, segue viagem e ali ficamos, e eu penso que quando acabar de comer vou colocar ali uns plásticos ou algo que chame mais a atenção, pois os paralelos são da mesma cor do pavimento e quem vier mais depressa pode não reparar a tempo. Mas eis que vem outro carro, passado um minuto ou dois. Vem rua abaixo, tranquilamente. Vê os paralelos, e desvia-se, mas um pouco mais à frente imobiliza-se. Sai um senhor que vai pacientemente colocar os paralelos de onde o outro senhor os tinha tirado, para evitar que alguém bata neles sem querer. E parte, com a satisfação de obra comunitária realizada estampada no rosto.
O que uns simples paralelos soltos no pavimento podem fazer para que as pessoas se sintam bem com elas mesmas!

JP+P

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