quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Foi um ar que se lhe deu

Animem-se, ou não, as mulheres, ou amantes, dos impotentes (um impotente tem amante?), quero dizer, científica e modernamente, dos sofredores de disfunção eréctil.
A ciência providenciou dois tipos de próteses de pénis: as hidráulicas, funcionam com fluidos de silicone, e as pneumáticas que, como o nome, indica funceminam a ar.
O "pénis" enche-se com uma bomba de ar, do tipo daquelas que se utilizam nos aparelhos para medir a tensão arterial. A bomba, redondinha, coloca-se dentro do escroto e ninguém dirá que não é um testículo que ali está dentro. Uma possível conversa do casal, poderia ser:
- Ó homem, então?
E o homem aperta desalmadamente a bombinha com a rapidez que lhe é possível.
- Não sobe!
- Não me digas que está outra vez a perder ar? Outro furo?
O homem transpira de tanto dar à bomba.
- Pode ser.
- És mesmo um pateta. Não tens cuidado nenhum.
A solução parece ser meter ar mais rapidamente com que este sai, algures do sistema.
- Anda lá, diz a mulher, já com pouca esperança. Já me enchi de gel K-Y. Deve dar para qualquer coisa.
O homem caminha em direcção à cama, sempre apertanto o testículo direito com rapidez. A masturbação requeria muito menos dos músculos da mão. Velhos tempos...
Uma vez em posição, é a mulher que lhe aperta a bomba, mas a posição não favorece a introdução. Ele não sente a mão. Ela não sente a perna direita, de tanto a levantar.
O pior são os danos psicológicos. Ele não entra, ela não se consegue fazer entrar. A única entrada foi a primeira prestação para a compra do pénis colchão de praia. Mais três prestações se seguirão. Saiu furado o investimento.

Até uma iguana, na sua paz solarenta, mostra mais inteligência que os humanos. E muito menos rídicula...

E anda a humanidade preocupada com o buraco do ozono...

made in eu

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