Não me lembro de passar uma única semana sem que haja problemas técnicos numa das linhas do metropolitano de Lisboa. Os problemas técnicos do metro, e para os quais, os passageiros se estão borrifando, significam que quem vai para perto, sai para a rua e vai a pé. Quem vai para longe, sai para a rua e tenta apanhar um autocarro. Se o passe, pago antecipadamente ao metropolitano não der para o autocarro, a tarifa a desembolsar será € 1.20
Problemas técnicos surgem em tudo o que é máquina. Nem a melhor manutenção pode prever certas falhas, que nunca se sabem de onde vêm.
O problema do metropolitano de Lisboa deve ser outro. São demasiadas falhas. Porquê? Ou o material é do pior que existe, ou os técnicos são do que mais mau há no mundo, ou os administradores não sabem, nem querem, administrar aquilo para que são pagos. O material nunca é burro. Os técnicos e os administradores sim.
Duvido muito que os senhores administradores e os técnicos andem, sequer, um minuto de metro por mês. A julgar pelos administradores de outras empresas, devem andar em potentes e luxuosos carros, dados pela empresa e pagos pelos utentes do metropolitano, que nem metro têm para se deslocar por causa de constantes problemas técnicos.
Se preciso for, os administradores ainda metem os custos dos automóvei como despesas da empresa e aí a temos a dar prejuízo e a necessitar de novos aumentos nas tarifas. Administradores destes, em qualquer país civilizado e moderno, teriam de se dedicar à pesca. Mas em Portugal, ainda são capazes de receber algum louvor. Aqui é assim: a "merda" sobe sempre ao topos.
Ou a natureza trata disto e repete em Lisboa 1755, ou continuaremos a ver passar os administradores em carrões, pagos com nossos bilhetes de andar a pé.
sexta-feira, 1 de setembro de 2006
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2 comentários:
Enquanto não houver comissões de utentes que depois peçam, exijam, um lugar na administração, estaremos sempre destinados a ter só que dizer mal e aguentar.
bem dezido. aprovo
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