sábado, 4 de junho de 2011

dia de 'refluxão'

A questão prende-se com qualquer dia de qualquer reflexão: voltar a flexionar geometricamente mentiras e verdades que foram e não foram ditas. Verdades e mentiras que foram e não foram levadas a cabo.

Mais sabia Trabuco que o caso era sério. Que tinha feito? E se lhe tivesse entrado pela uretra um batalhão de E.coli? Como fora capaz de tal? Como pudera ter dito a Amália “Queres pepino? Que tal o meu?”

Com Amália doente da barriga, metida há horas na casa de banho, Trabuco ainda tinha a tarefa de ir votar. “Amália, estás melhor?” perguntava-lhe do outro lado da porta, “ao menos pensa nos políticos enquanto estiveres aí”. “Porco!” era a resposta, “vês o que fizeste?”

Trabuco vivia o dilema de votar ou não num partido liderado por um maricas. Depois pensou no seu “pepino”, na sujeira que tinha provocado e, quase a vomitar, decidiu que votaria noutro qualquer.

made in eu

Sem comentários: