Decorre, como nem toda a gente sabe, o campeonato mundial de futebol, ou de futebol mundial.
Eu defendi sempre a compra de serviços de treinadores estrangeiros (ler "O Estangeiro"). Arrependi-me há dias, ou há dias que pensei estar errado. O Zico cantou o hino japonês, em japonês, segundo disse um japonês. Mas como o disse em japonês, fiquei sem ter a certeza que era a isso que se referia. Depois o mesmo Zixo, brasileiro, entoou o Ipiranga também. Quem acredita que ele queria mais a vitória do Japão que a do Brasil?
Ontem foi a vez do treinador argentino do México ficar fora do relvado, para não ter uma atitude passiva para com os mexicanos e se lhe encherem de lágrimas os olhos no hino da sua bem amada Argentina.
Também os portugueses têm um treinador brasileiro. Cantará ele em português de Portugal melhor que o Zico canta em japonês do Japão? Um peixe nada melhor do que um pássaro voa?
Como seria um jogo entre o Brasil e Portugal? Cantaria também: entre outras mil és tu Brasil ó pátria amada... seguida ou antecipada por: entre as brumas da memória...?
As relações internacionais de trabalho deveriam ser limitadas às casas de alterne. Não estamos a imaginar as "ronaldinhas" de Bragança a cantar o brado retumbante, nem a marchar contra os canhões, antes de através da língua, que nem sempre a de Camões, acariciarem os transmontanos e não só, do melhor e nunca visto pelos homens daqueles lados, sem hipocrisia nem bigodes.
Se se abrisse uma excepção, então que fosse para irmos buscar um chefe de governo. Mais broche menos broche, quem se iria importar?
made in eu
domingo, 25 de junho de 2006
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2 comentários:
genial! muito melhor que o próprio futebol...
se algum empresário te descobre qualquer dia ainda te contratam para encher os estádios do Euro 2004, só para te ouvir estes comentários...
quando é que apareces para bebermos uma cervejola? Tanta loira nos estádios abre-me o apetite.
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