Os jornais de distribuição gratuita (esperemos que paguem, ao menos, aos que os distribuem) continuam a espantar-nos com interessantes notícias: MacGayver é o herói Nº 1 das séries de televisão. Violência doméstica matou 40 mulheres, anunciado pelo Observatório das Mulheres Assassinadas.
Acredito. Lembro-me do herói, com apenas um corta-unhas e uma pastilha-elástica, salvar um super-petroleiro, partido em dois, de se afundar. De outra vez, preso pelo pára-quedas ao assento dum avião em chamas, conseguiu escapar, graças a uma tampa de esferográfica e a um clip. Tivesse ele uma aspirina e nem a aeronave se tinha despenhado.
Lembro-me das nódoas negras da minha vizinha. A assassina violência doméstica. Ao meu lado, dizem que a duplicação das sua vítimas mortais, este ano, prova apenas que 2008 foi um ano em que elas levantaram muito a garupa.
Não consigo ter pena. Nem entendo como se prefere morrer a ficar só. Alguém que intervenha e logo a mulher, vítima, defende o agressor contra tudo e todos.
Sempre desconfiei das hormonas femininas. Nunca fui tão longe ao pensar que lhes afectam tanto a razão. Tanto a paixão. Tanto a pouca dignidade.
Segundo o Observatório, os casos na zona Norte e no Porto, são preocupantes. Para quem?
Proponho que os preocupados peçam ajuda ao MacGayver. Equipem-no com dois aloquetes e meio quilo de magnórios e dêem-lhe 6 dias apenas.
Os maridos, companheiros, namorados ou relações mais antigas, poderão desaparecer sem deixar rasto.
Contudo, o herói que se ponha em acção ao ar livre ou será ele próprio vítima da violência doméstica por mulheres desesperadas que preferem uma colher de pau nas costas a uma na mão.
made in eu
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
zoologia e cromossomas
No reino animal, exceptuando a mulher, o porco é o ser mais porco; o burro, o mais burro e a vaca, a mais vaca.
A girafa, essa, agradece todos os dias o longo pescoço que tem para chegar às folhas e poder alimentar-se. – Que seria de mim se fosse um boi? – questiona.
made in eu
A girafa, essa, agradece todos os dias o longo pescoço que tem para chegar às folhas e poder alimentar-se. – Que seria de mim se fosse um boi? – questiona.
made in eu
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
na saga dos dejectos
No Bairro do Cagalhão, havia apenas uma casa. Dela saía o senhor Germano. Num carro de luxo, pelo único caminho num raio de 20 quilómetros. Se aumentasse os operários da sua fábrica, em um café por dia, não resistiria, dizia. O carro tinha GPS, para o trajecto que fazia, entre a fábrica e a casa. O único caminho, num raio de 20 quilómetros.
Que se quebrem as muralhas e se partam as algemas
o que temos para gritar não cabe nos poemas.
Não gosto do PSD. Deviam construir mais casas no Bairro, para que os (que se dizem) sociais-democratas portugueses pudessem para lá ir. O sítio certo para viverem. Pó ao pó…
E que é o Estado, afinal? Um imenso bairro? Ladrão que ladra a ladrão? Ladrões que roubam operários?
Nas novas casas deviam construir anexos para os socialistas. Um deles que os desenhasse. Um deles que os aprovasse. Um deles que recebesse o que um deles pagasse. Não gosto do PS. Acho-os um bocado larilas.
O Estado são eles. Todos. Os que roubam e os que ladram. E uns ladrões ladrariam aos outros para que não os roubassem. E haveria quem abocanhasse, com gosto, o senhor Germano, no banco traseiro do seu carro. E quem oferecesse o traseiro, num anexo duma nova casa. E todas seriam pilhadas, e roubadas, pelo estado em que o Estado as deixava. E ninguém teria direito a um café por dia. Nem por noite. Nem num raio de 20 quilómetros.
Que se rasguem os caminhos e se repartam as terras
o que temos para fazer não dá lugar a guerras.
Depois de se afundarem no bairro e de desaparecerem, e de se não encontrarem, porque algum larilas roubara o GPS, ou ficara com ele, a troco de um favor no banco traseiro ou num anexo, restaria apenas o senhor Germano.
Em 1814, no senado, Napoleão declarou a frase atribuída a Luis XIV : o Estado sou eu.
Também o senhor Germano, que neles vota para lhes pagar, para que lhe ladrem para que roube, é o Bairro do Cagalhão.
A vitória é difícil mas é nossa.
made in eu
terça-feira, 11 de novembro de 2008
merda
Há merda meus senhores. Esqueçam o “às armas”. À merda, meus senhores!
À merda, vítimas da fome! À merda, oh produtores! Há merda no Jardim, nos descobrimentos. Há merda nos socialistas. Nos não socialistas há merda. À merda, feministas e machistas! Há merda na psicologia, no sexo e na cidade. À merda, cientistas! Há merda nos casos X e merda nos casos amorosos. À merda, senhores professores! Há merda no ensino. Há merda na merda da política. À merda, políticos de merda! À merda, religiões! Há merda na utopia. À merda as feias! À merda, bonitas! Há merda em todas elas. Há merda em todos nós. À merda, bem unidos! À merda a vida e à merda a morte!
Há merda em tudo o resto e à merda, tudo o que sobra!
Todos juntos ao Rossio, exigir a merda que é nossa, até que a merda, da merda que nos une, nos separe.
made in eu
À merda, vítimas da fome! À merda, oh produtores! Há merda no Jardim, nos descobrimentos. Há merda nos socialistas. Nos não socialistas há merda. À merda, feministas e machistas! Há merda na psicologia, no sexo e na cidade. À merda, cientistas! Há merda nos casos X e merda nos casos amorosos. À merda, senhores professores! Há merda no ensino. Há merda na merda da política. À merda, políticos de merda! À merda, religiões! Há merda na utopia. À merda as feias! À merda, bonitas! Há merda em todas elas. Há merda em todos nós. À merda, bem unidos! À merda a vida e à merda a morte!
Há merda em tudo o resto e à merda, tudo o que sobra!
Todos juntos ao Rossio, exigir a merda que é nossa, até que a merda, da merda que nos une, nos separe.
made in eu
domingo, 9 de novembro de 2008
a triste alegria do negro fado
Pela mesma razão de não querer Obama, por ser preto, salta champanhe, pelo facto de o novo presidente americano o ser.
Por que razão as portuguesas se exibem nos centros comerciais, com o ar saloio que as caracteriza, não se sabe. Não tento adivinhar.
A curiosidade é tão absurda, entre nós, que demonstra a falta de educação das mais insuportáveis mulheres e dos homens mais idiotas.
Nos comboios ingleses não se desembaciam vidros para espreitar para fora.
Em Portugal, basta olhar para cima para fazer olhar quem passa.
Em Portugal, basta olhar para cima para fazer olhar quem passa.
JC, apela a um cigano à presidência. Aguardemos que nos EUA, depois de um preto, venha, brevemente, um índio ocupar a Casa Branca. Se for um Cherokee, tanto melhor.
O champanhe já está reservado, comprado na inglesa loja da esquina, longe das portuguesas, não fosse, por casualidade, 'dar de caras' com alguma.
made in eu
terça-feira, 4 de novembro de 2008
independentemente
Independentemente do perdedor das eleições, os Estados Unidos vão continuar a apoiar Israel.
Independentemente de quem ganhar as eleições americanas, Obama e McCain vão continuar a ser canalhas, para uns, e heróis, para outros.
Independentemente das eleições presidenciais estado-unidenses, nós teremos as nossas, sem Democratas e Republicanos, com os nossos nauseabundos partidos e políticos enfadonhos.
Independentemente dos resultados na Florida, Carolina do Norte, Missouri, Indiana e Ohio, prefiro mulheres com ‘burka’. Para além de bem feitas, as burkas tornam cada mulher na nossa melhor imaginação, deixando ver a mais bela presença do mistério: o olhar.
A atracção da “burka” vexa a deprimente vista de calções que, distando de botas altas o suficiente, mostram as rótulas e todo o horror da gordura circundante. Sentem-se bem assim, algumas mulheres, e julgar-se-ão mesmo elegantes, independentemente de quem seja o próximo presidente americano.
made in eu
Independentemente de quem ganhar as eleições americanas, Obama e McCain vão continuar a ser canalhas, para uns, e heróis, para outros.
Independentemente das eleições presidenciais estado-unidenses, nós teremos as nossas, sem Democratas e Republicanos, com os nossos nauseabundos partidos e políticos enfadonhos.
Independentemente dos resultados na Florida, Carolina do Norte, Missouri, Indiana e Ohio, prefiro mulheres com ‘burka’. Para além de bem feitas, as burkas tornam cada mulher na nossa melhor imaginação, deixando ver a mais bela presença do mistério: o olhar.
A atracção da “burka” vexa a deprimente vista de calções que, distando de botas altas o suficiente, mostram as rótulas e todo o horror da gordura circundante. Sentem-se bem assim, algumas mulheres, e julgar-se-ão mesmo elegantes, independentemente de quem seja o próximo presidente americano.
made in eu
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