sexta-feira, 26 de setembro de 2008

é uma nação


Conhecidos pares de inimigos enchem as nossas histórias e as dos outros: Sylvester e Tweety; Tom e Jerry; Coiote e Bip-Bip; Montecchio e Capuletos, Cão e Gato, et cetera.

Mas há um par, desconhecido, do qual faço parte: o Porto e eu.

O Porto não gosta de mim. Eu não gosto do Porto. A cidade sabe-o e trata-me mal. Recebe-me com frio, com chuva, com fealdade, com atrasos, parece trocar-me as ruas, baralhando-me e rindo-se de mim.

Não sei porque abomino aquela terra. Talvez pela masculinização do nome. Vai-se a Londres; a Nova York; a Paris; a Lisboa; a Amesterdão; a Estocolmo mas falando do Porto, “vamos ao”. E “ir ao” tem uma conotação contra-natura que, por aberrante, me enoja mais que tudo. Talvez por isso...

Os meus desembarques no Porto são como um mergulho da plataforma de 10 metros. Só que em vez da piscina, de água morna e transparente, afundo-me num tanque de merda.


made in eu

2 comentários:

bjecas disse...

Nem as tripas, nem o serrabulho o tornam mais apelativo...

Vinde e empatai, lá para os lados do Campo Grande...

Acabo de radiografar a delicada mão de uma menina da Tap e agora só me apetece andar de avião. Maldita urgência!

\m/

aorta disse...

Isso parece-me dor daquela articulação lixada...