“À mulher que se ama, podem-se perdoar até os cornos; àquela que já não se ama, não se perdoa nem mesmo uma sopa salgada”. Vittorio Buttafava
Sérgio, que tinha a separação como o melhor das suas anteriores relações, havia conhecido Teresa num fórum, não sabia do quê, mas sabia que seria um erro envolver-se mais, depois que a viu em fato de banho pela primeira vez.
Deixou-se ir num faz de conta por tempo demasiado e passou alguns anos com Teresa, apaixonado por Silvia, que nunca conheceu mas que via, invariavelmente, no comboio para o trabalho.
Quando a paciência do fingir se esgotou, Teresa compreendeu-o e ao dizer-lhe, fê-lo correr a acender uma vela de agradecimento à Virgem.
Ao passar os olhos pela biografia de Karl Krauss, Sérgio prometeu a si mesmo ler algo mais do dramaturgo austríaco, quando uma frase o fez não se arrepender de nunca ter chorado o passado: “Uma mulher é, às vezes, uma alternativa satisfatória à masturbação. Claro que ela exige muito mais imaginação da nossa parte”.
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