Conhecemos na vida muita gente. Muitíssima mais fica por conhecer.
Tenho pouco interesse em gente nova. Algumas figuras históricas seriam interessantes. Quem gostaria, verdadeiramente, encontrar, era a senhora cujos filhos todos conhecemos: a Puta.
Pela senhora, e apenas por si, teria votado a favor do aborto, dir-lhe-ia na cara. E afinal você deu à luz nada mais que abortos. A senhora é a que os pariu a todos: todos os “azais”, todos os governantes e todos os outros filhos de todas as outras putas. Aprenderam bem e depressa. Fazem o que preciso for por dinheiro. Só não parem filhos.
Acredito que ame os seus meninos tanto quanto eu os odeio. Que os queira ver vivos, tanto quanto os quero ver mortos. Que os queira a demonstrar bem alto de quem são filhos. Nisso são ases, não precisa de se preocupar.
Não lhe agradeço o trabalho de os ter feito. Aliás, não só a senhora que os pariu sabe o que é ser mãe de tais filhos, como sabe ser filha de tal mãe. Não sabe, sua filha da puta?
made in eu
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
por um par de pernas
- Ouve lá ainda mádes contar essa história deves pensar queu estou a dormir na parada azar meu querido mas viram-te e olha quem eu tenho amigas amigas pázinho ranhoso que me farto aqui de trabalhar és homem não vales nada eu é que sou burra, a ti? A ti? Deves estar muito enganado muito enganadinho se pensas que isto fica assim ah mas ela vai saber ela e tu que ainda ontem te passei a roupa a ferro ir jantar? Jantar? Deves estar louquinho tu louquinho da mona se pensas queu ia agora contigo porra que metes nojo nem pensaste queu ia saber pois não? Mas tenho muitas amigas muitas amigas…
Por um par de pernas, pensou, por um par de pernas boas, aturar isto há anos…
- Não vales nada nada ó pensas calguém tatura? Hem, não dizes nada né? Aí caladinho desgraçado que nem a merda das meias pões no cesto aquela puta séria sou eu e ela équié boa e como foram logo apanhados coitadinhos pensavam que ninguém os via hádes vir comer ainda aqui…
Voltou-se Freud na sepultura. Deu uma volta sobre si, o iceberg do consciente. O ego tornou-se super e o super, ego. O subconsciente submergiu e como que se pulverizou de LSD, e os sons passaram as marcas da evolução, e as cores as da civilização, e cegueira tomou o lugar de visão e a visão a da naturalidade.
Como uma gazela enfrentando um leão. Com consciência ou sem ela, o leão precisa de nada apenas porque não sabendo que é leão não quer saber que é gazela.
- Devia pensar queu não ia saber aquela miserável ela que venha queu quero ver queu quero…
Percorreu a mão o espaço necessário à força suficiente para que silêncio se fizesse.
Do outro lado da parede ouviria quem lá estivesse ou quem se cruzasse na linha:
- Mãe, bateu-me.
- Para que vejas que eles são todos iguais. Para que saibas o que passei com o teu pai…
made in eu
Por um par de pernas, pensou, por um par de pernas boas, aturar isto há anos…
- Não vales nada nada ó pensas calguém tatura? Hem, não dizes nada né? Aí caladinho desgraçado que nem a merda das meias pões no cesto aquela puta séria sou eu e ela équié boa e como foram logo apanhados coitadinhos pensavam que ninguém os via hádes vir comer ainda aqui…
Voltou-se Freud na sepultura. Deu uma volta sobre si, o iceberg do consciente. O ego tornou-se super e o super, ego. O subconsciente submergiu e como que se pulverizou de LSD, e os sons passaram as marcas da evolução, e as cores as da civilização, e cegueira tomou o lugar de visão e a visão a da naturalidade.
Como uma gazela enfrentando um leão. Com consciência ou sem ela, o leão precisa de nada apenas porque não sabendo que é leão não quer saber que é gazela.
- Devia pensar queu não ia saber aquela miserável ela que venha queu quero ver queu quero…
Percorreu a mão o espaço necessário à força suficiente para que silêncio se fizesse.
Do outro lado da parede ouviria quem lá estivesse ou quem se cruzasse na linha:
- Mãe, bateu-me.
- Para que vejas que eles são todos iguais. Para que saibas o que passei com o teu pai…
made in eu
domingo, 18 de novembro de 2007
eco e raçografias
Nenhum orgão dá imagens menos nítidas numa ecografia que o cérebro feminino. Não há eco. Para haver, o som tem que ricochetear em algo, dizem os entendidos.
Só feminino?
A 14 de Outubro, James Watson, prémio nobel em 1962, por descobrir a estrutura do DNA, disse, numa entrevista, que as políticas para África estavam erradas por se partir do pressuposto que a inteligencia dos africanos era igual à deles (brancos) quando todos os testes indicavam o contrário.
Acrescentou que não havia razão para acreditar que raças geograficamente distantes tivessem evoluído da mesma maneira e que, embora esperasse que todos fossemos iguais, aqueles que têm que lidar com empregados negros sabem que não é assim.
Será James Watson um entendido? Acreditará também que existem diferenças de inteligência entre homens e mulheres, numa base biológica? E numa base orgástica em orgia de proteínas?
O cientista pediu que o desculpassem pela má interpretação.
Em 1997, o Sunday Telegraph atribuiu a Watson o seguinte: "Se o gene da homossexualidade fosse descoberto e uma grávida soubesse que o seu "bebé" o tinha, isso dar-lhe-ia direito para abortar".
Numa conferência, em 2000, mencionou ligações entre a cor da pele e a capacidade sexual, e entre o peso e a ambição.
Em 2003, num documentário na televisão inglesa, Watson sugeriu que a estupidez era uma doença genética e que deveria ser tratada.
Que qualidade de imagem se obteria num eco ao cérebro de James Watson?
Gosto de gente que me faz rir. Gosto de gente corajosa. Gosto de gente diferente.
Falta-me coragem e não faço rir ninguém. Excusado submeter-me a qualquer ecografia cerebral...
Um estudo, porém, passou ao lado do grande Watson. Que teria a dizer se alguma vez comentasse a genética dos portugueses? E das portuguesas?
Continuaria a afirmar que temos um DNA de duplo filamento em forma helicoidal? Ou o nosso é apenas paralelo, levando a que a fealdade e a estupidez caminhem lado a lado na vida, até que a morte as junte numa espiral sem eco?
made in eu
Só feminino?
A 14 de Outubro, James Watson, prémio nobel em 1962, por descobrir a estrutura do DNA, disse, numa entrevista, que as políticas para África estavam erradas por se partir do pressuposto que a inteligencia dos africanos era igual à deles (brancos) quando todos os testes indicavam o contrário.
Acrescentou que não havia razão para acreditar que raças geograficamente distantes tivessem evoluído da mesma maneira e que, embora esperasse que todos fossemos iguais, aqueles que têm que lidar com empregados negros sabem que não é assim.
Será James Watson um entendido? Acreditará também que existem diferenças de inteligência entre homens e mulheres, numa base biológica? E numa base orgástica em orgia de proteínas?
O cientista pediu que o desculpassem pela má interpretação.
Em 1997, o Sunday Telegraph atribuiu a Watson o seguinte: "Se o gene da homossexualidade fosse descoberto e uma grávida soubesse que o seu "bebé" o tinha, isso dar-lhe-ia direito para abortar".
Numa conferência, em 2000, mencionou ligações entre a cor da pele e a capacidade sexual, e entre o peso e a ambição.
Em 2003, num documentário na televisão inglesa, Watson sugeriu que a estupidez era uma doença genética e que deveria ser tratada.
Que qualidade de imagem se obteria num eco ao cérebro de James Watson?
Gosto de gente que me faz rir. Gosto de gente corajosa. Gosto de gente diferente.
Falta-me coragem e não faço rir ninguém. Excusado submeter-me a qualquer ecografia cerebral...
Um estudo, porém, passou ao lado do grande Watson. Que teria a dizer se alguma vez comentasse a genética dos portugueses? E das portuguesas?
Continuaria a afirmar que temos um DNA de duplo filamento em forma helicoidal? Ou o nosso é apenas paralelo, levando a que a fealdade e a estupidez caminhem lado a lado na vida, até que a morte as junte numa espiral sem eco?
made in eu
sábado, 17 de novembro de 2007
Arthur
Duas coisas Arthur não suportava em Portugal: as portuguesas e o Porto.
O quanto ele gostava das portuenses nunca o disse. Imagine quem quiser. Não é difícil.
made in eu
O quanto ele gostava das portuenses nunca o disse. Imagine quem quiser. Não é difícil.
made in eu
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Das duas um
Duas coisas eram grotescas em Filomena: a mama esquerda era uma. A direita, outra.
Batista via em todas uma filomena. Em cada uma delas, duas coisas pareciam-lhe repugnantes.
Para além da sublime missão de amamentar, para que mais serve uma mama? E se uma serve para nada, para nada servem duas.
As filomenas tentam rendas para as tornar mais servidoras, ou servidas; cortam-nas para as encher e cortam-nas para as vazar.
Pobres filomenas. Pobres mamas. Pobres rendas e paupérrimo Batista que, por causa de um acidente de trabalho, uma coisa era nele ridícula: o esquerdo.
made in eu
Batista via em todas uma filomena. Em cada uma delas, duas coisas pareciam-lhe repugnantes.
Para além da sublime missão de amamentar, para que mais serve uma mama? E se uma serve para nada, para nada servem duas.
As filomenas tentam rendas para as tornar mais servidoras, ou servidas; cortam-nas para as encher e cortam-nas para as vazar.
Pobres filomenas. Pobres mamas. Pobres rendas e paupérrimo Batista que, por causa de um acidente de trabalho, uma coisa era nele ridícula: o esquerdo.
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terça-feira, 13 de novembro de 2007
ECOGRAFIA
Fui fazer a ecografia que o estado de saúde e a família exigiam.
Mostrei a credencial, para confirmarem que era mesmo eu, paguei a comparticipação, e fiquei à espera de ser chamado para o exame. Entrei e a senhora de bata branca indicou-me a simpática e higiénica cadeira onde me deveria sentar. Em jeito de apresentação, e como piadinha matinal, avisei logo que ecologia era comigo, desde pequeno!
Já sentado, ela estende-me uma folha de papel, entrega-me uma caneta. E diz-me:
-Vamos lá então ver... escreva lá "eco", com calma e respirando tranquilamente.
Escrevi, de forma natural e sem acentos, sem erros!
-Volte a escrever, um pouco mais abaixo - acrescentou ela com ar profissional e já observando minuciosamente o que eu escrevera.
Escrevi, novamente de forma impecável, esmerando até na caligrafia!
O resultado do exame foi anunciado com voz grave, e ao mesmo tempo cheio de rigor científico:
-Hummm... isto não está nada bem.
-De facto, não me tenho sentido muito bem nos últimos dois meses, mas já estou melhor!
-Nitidamente, o senhor tem um problema no fígado! Já sabe: dieta, repouso e paciência que isso vai ao sítio!
Saí satisfeito, apesar da dieta forçada, numa altura em que se aproxima o Natal. Mas pode ser que ainda recupere a tempo...
Que seria de nós sem as ecografias!
.
JP+P
domingo, 11 de novembro de 2007
bom proveito
Deveria ser a alegria e tristeza de todos os homens portugueses.
Nenhum queria ser como ele. Todos queriam que todos o fossem. Ficaria cada um com as portuguesas para si, e para si só.
Bom proveito lhe fizessem. Bom proveito lhes fizesse.
made in eu
Nenhum queria ser como ele. Todos queriam que todos o fossem. Ficaria cada um com as portuguesas para si, e para si só.
Bom proveito lhe fizessem. Bom proveito lhes fizesse.
made in eu
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
atalho
Uma noite estava a beber um copo com um amigo quando ele me contou que na semana anterior tinha cortado caminho para casa, pela linha do comboio, e dado com uma miúda presa, atada à linha. Ele desatou-a e levou-a para casa dele. Naquela noite, disse-me ele, teve o mais incrível sexo que alguma vez pensara poder ter. Deu para tudo: pela frente, por trás, tanto quanto quis. Perguntei-lhe se ela também o tinha chupado, ao que ele respondeu que isso é que não porque não tinha conseguido encontrar a cabeça.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
sexo oral dos velhinhos
Um jovem prestes a casar pergunta ao avô sobre sexo.
- Quantas vezes devo tê-lo?
- Quando te casares não queres outra coisa; várias vezes ao dia. Mais tarde essa vontade passa e talvez uma vez por semana. Com a idade cada vez terás menos e tê-lo-ás uma vez por mês, talvez. Quando fores mesmo velho, uma vez por ano é uma sorte. Quem sabe no teu aniversário...
- Como és tu agora com a avó?
- Ah! Nós agora só temos sexo oral.
- Sexo oral? Que é isso?
- Ela vai para o quarto dela para a sua cama e eu vou para a minha cama no meu quarto. Então ela grita: Vai-te foder, e eu respondo: Vai tu!
- Quantas vezes devo tê-lo?
- Quando te casares não queres outra coisa; várias vezes ao dia. Mais tarde essa vontade passa e talvez uma vez por semana. Com a idade cada vez terás menos e tê-lo-ás uma vez por mês, talvez. Quando fores mesmo velho, uma vez por ano é uma sorte. Quem sabe no teu aniversário...
- Como és tu agora com a avó?
- Ah! Nós agora só temos sexo oral.
- Sexo oral? Que é isso?
- Ela vai para o quarto dela para a sua cama e eu vou para a minha cama no meu quarto. Então ela grita: Vai-te foder, e eu respondo: Vai tu!
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
sopitamento
Entre virtudes e defeitos, indicações e efeitos secundários, a farmacologia não tem atribuído às portuguesas o seu valor: como hipnótico são imbatíveis.
Tente-se dormir com uma e ver-se-á que, nenhuma substância, conhecida ou por conhecer, causa tanta sonolência.
made in eu
Tente-se dormir com uma e ver-se-á que, nenhuma substância, conhecida ou por conhecer, causa tanta sonolência.
made in eu
sábado, 3 de novembro de 2007
português
Como se não bastasse a miséria em que deixámos todos os países por onde andámos (nem um escapa), ainda é o motivo de maior orgulho da nossa história. Pela infâmia dos descobrimentos se fazem comemorações. É o ser português na forma mais pura: a mais pura merda.
Diria o saudoso Paulo Francis: PUTA QUE PARIU!
made in eu
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
dos Sopranos
Dos Sopranos, sempre:
O marido chega a casa e oferece à mulher um magnífico ramo de flores.
- Que lindo, diz ela, vou ter que abrir as pernas, não é? Responde ele: - Porquê? Não tens uma jarra?
O marido chega a casa e oferece à mulher um magnífico ramo de flores.
- Que lindo, diz ela, vou ter que abrir as pernas, não é? Responde ele: - Porquê? Não tens uma jarra?
uns maricas...
Por dá cá aquela palha, chovem subsídios em cima dos agricultores franceses.
Por causa das cheias provocadas pela chuva, uma torrente de dinheiro vai para os produtores alemães.
Os ingleses, que da europa só querem dinheiro, recebem-no a jorros por causa dos bovinos doentes – tudo o que é doença bovina ali vai parar (excesso de vacas?) –
Isto é: quem se fode a valer é altamente recompensado através de subsídios da União Europeia.
Todos menos nós, portugueses, que temos que suportar, ouvir, ver e (tentar) tolerar as portuguesas. Para nós, nem um subsídio sem fundo, perdido ou achado, bastava...
Não há quem nos defenda nas mais altas instâncias europeias porque desde sempre somos governados por maricas e ejaculadores precoces.
made in eu
Por causa das cheias provocadas pela chuva, uma torrente de dinheiro vai para os produtores alemães.
Os ingleses, que da europa só querem dinheiro, recebem-no a jorros por causa dos bovinos doentes – tudo o que é doença bovina ali vai parar (excesso de vacas?) –
Isto é: quem se fode a valer é altamente recompensado através de subsídios da União Europeia.
Todos menos nós, portugueses, que temos que suportar, ouvir, ver e (tentar) tolerar as portuguesas. Para nós, nem um subsídio sem fundo, perdido ou achado, bastava...
Não há quem nos defenda nas mais altas instâncias europeias porque desde sempre somos governados por maricas e ejaculadores precoces.
made in eu
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Catarina, a grande.
A capital de distrito, Rabada, era uma cidade com grande esperança no futuro.
Rabadinha era a freguesia mais pequena do concelho de Rabadela.
A presidenta da junta de freguesia, Catarina, era muito querida em Rabadinha.
Os seus apoiantes, depois da vitória na eleições na pequena terra, prometeram dar-lhe uma maior em Rabadela.
O sonho de Catarina, no entanto, era poder ganhar o município em Rabada.
Alguns julgaram tal vitória pura ilusão: uma em Rabadela era possível e até provável, mas nunca conseguiria ser presidenta da câmara em Rabada.
Dando tempo ao tempo, Catarina, com ansiedade, vivia na expectativa, mal podendo continuar sentada na cadeira onde tantos gostavam de a ver ser 'a senhora presidenta', em Rabadinha.
made in eu
Rabadinha era a freguesia mais pequena do concelho de Rabadela.
A presidenta da junta de freguesia, Catarina, era muito querida em Rabadinha.
Os seus apoiantes, depois da vitória na eleições na pequena terra, prometeram dar-lhe uma maior em Rabadela.
O sonho de Catarina, no entanto, era poder ganhar o município em Rabada.
Alguns julgaram tal vitória pura ilusão: uma em Rabadela era possível e até provável, mas nunca conseguiria ser presidenta da câmara em Rabada.
Dando tempo ao tempo, Catarina, com ansiedade, vivia na expectativa, mal podendo continuar sentada na cadeira onde tantos gostavam de a ver ser 'a senhora presidenta', em Rabadinha.
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