quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

destino

Jay Leno confessou que usa lentes de contacto moles, mas que ficam duras quando se excita.

Uma aldeia espanhola, com 150 solteirões, recebeu 150 solteironas para 24 horas de oportunidade de sedução. Boa ideia. Afinal, não só toda a gente merece o seu minuto de fama, como as suas 24 horas de felicidade.

Passaram imagens. Com elas, duas coisas ficaram demonstradas: porque eles são solteiros e porque são solteiras elas.

Não se sabe as consequências de tal encontro. Talvez não se saiba nunca. Mas se, e quando se soubesse, gostaria de ter a meu lado o meu amigo JMCC. Único em análises de tais acontecimentos. O que tem para dizer é sempre uma surpresa, mas sempre certo, e di-lo da mais deliciosa maneira possível . Eu adianto-me; aposto que comentaria, o que só dele poderia vir , apenas porque já o dissera antes: Deus os fez, Deus os juntou.

Não consta que Jay Leno tenha visto a reportagem, mas se a visse, as suas lentes amoleceriam ainda mais.

made in eu

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Sempre up-dated

O Velho, o Rapaz e o Burro

O Mundo ralha de tudo,
Tenha ou não tenha razão,
Quero contar uma história
Em prova desta asserção.


Partia um velho campónio
Do seu monte ao povoado,
Levava um neto que tinha
No seu burrinho montado:


Encontra uns homens que dizem:
"Olha aquela que tal é!
Montado o rapaz que é forte,
E o velho trôpego a pé."


"Tapemos a boca ao mundo",
O velho disse: "Rapaz,
Desde do burro, qu'eu monto,
E vem caminhando atrás."


Monta-se, mas dizer ouve:
"Que patetice tão rata!
O tamanhão de burrinho,
E o pobre pequeno à pata."


"Eu me apeio", diz prudente
O velho de boa-fé,
"Vá o burro sem carrego,
E vamos ambos a pé."


Apeiam-se, e outros lhe dizem:
"Toleirões, calcando lama!
De que lhes serve o burrinho?
Dormem com ele na cama?"


"Rapaz", diz o bom do velho,
"Se de irmos a pé murmuram,
Ambos no burro montemos,
A ver se inda nos censuram".


Montam, mas ouvem de um lado:
"Apeiem-se, almas de breu,
Querem matar o burrinho?
Aposto que não é seu."


"Vamos ao chão", diz o velho,
"Já não sei qu'ei-de fazer!
O mundo está de tal sorte,
Que se não pode entender.


É mau se monto no burro,
Se o rapaz monta, mau é,
Se ambos montamos, é mau,
E é mau se vamos a pé:


De tudo me têm ralhado,
Agora que mais me resta?
Peguemos no burro às costas,
Façamos inda mais esta."


Pegam no burro: o bom velho
Pelas mãos o ergue do chão,
Pega-lhe o rapaz nas pernas,
E assim caminhando vão.


"Olhem dois loucos varridos!",
Ouvem com grande sussuro,
"Fazendo mundo às avessas,
Tornados burros do burro!"


O velho então pára e exclama:
"Do qu'observo me confundo!
Por mais qu'a gente se mate
Nunca tapa a boca ao mundo.


Rapaz, vamos como dantes,
Sirvam-nos estas lições;
É mais que tolo quem dá
Ao mundo satisfações."

Elementary, My Dear Watson.

De tudo o que de mau há no futebol em Portugal, nada é pior que os comentários que se ouvem na TV.

Às vezes é o que sobra de um jogo: dá para rir, quando não dá para chorar.

Que vão buscar mais teoria, numa táctica de futebol, que numa abertura de xadrez, tudo bem. Que consigam, aos 5 segundos de jogo, ver a posição dos jogadores como um número de telefone, não importa. Mas saibam pelo menos as regras mais elementares. Posso assegurar que qualquer miúdo com 10 anos, em 1973, que jogasse à bola na rua - e todos o faziam - sabia que é tão penalty "mão na própria área", como não haver fora-de-jogo num lançamento de linha lateral. Mas isso eram os putos que se assoavam às mangas. Os putos que limpavam as feridas sangrentas com papel de jornal, e completavam o curativo com punhados de terra, para um acabamento perfeito.

No recente FCPorto-Chelsea, o comentador referiu, com algum ênfase, que o jogador se tinha distraído, no lançamento, e não tinha reparado que estava em posição de fora-de-jogo !!!!!!!!!!!!!!

Senhores directores de programas desportivos, procurem "os putos" desse tempo para comentarem jogos. A qualidade subiria a pique. A não ser que, para além de desporto, sejam também directores de comédia. E aí eu entendo...

made in eu

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

o caminho da tragédia

Sejam quais forem os caminhos, o fim de cada vida é trágico. Toda a vida acaba em tragédia. Quer queiramos, ou não. Não depende da vontade, nem de cada um, nem de todos.
Sabemos o fim sem conhecê-lo. Tentamos a melhor, e a mais lenta, maneira de lá chegar.
Era bom que nos pudéssemos desviar o mais possível mas que nunca perdêssemos o fim de vista.
Aceitar as regras do jogo serve de alívio a muita gente. A muita outra não. E outra tanta não as aceita. Fazem mal, suponho.
A liberdade parece ser o bem supremo, qualquer que seja a forma em que se nos apresente.
Estar convicto da tragédia que nos espera a todos, pode iluminar-nos o caminho com as luzes da comédia. Melhor chegar ao fim da caminhada a rir, que percorrê-la sempre triste. Quando as luzes se apagarem, a escuridão cairá sobre todos sem excepção.

Entretanto, troquem-se os cirurgiões plásticos por psiquiatras e o Botox por Prozac. A vida sorrirá melhor...

made in eu

domingo, 25 de fevereiro de 2007

... but you lose, because Wilde is on mine.

ILLUSION IS THE FIRST OF ALL PLEASURES

O W

Auden

Auden. Gay e poeta, que chora em verso a morte do amante. O poema é recitado em " Quatro casamentos e um funeral", pela mesma razão. Brilhante.


Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone.
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead,
Put crépe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song,
I thought that love would last forever: 'I was wrong'

The stars are not wanted now, put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.
Wystan Hugh Auden
made in eu
As leoas não pintam os olhos. As zebras não se depilam. As serpentes não utilizam base. Não há hienas de lábios pintados, nem araras a irem a cabeleireiras.

As mulheres ainda não compreenderam que os homens preferem uma mulher bonita a uma estúpida.

E quanto a sexo; os homens têm-no pelo prazer. As mulheres, não se sabe bem por quê.
No fim, porém, todos estão felizes e frustrados. Elas felizes porque julgam que proporcionaram prazer ao homem. E frustradas porque terão de tentar mais uma vez para conseguir lá chegar…
Eles felizes porque mais uma vez chegaram lá. E frustrados porque preferiam ter tido sexo com outra qualquer.

made in eu

sábado, 24 de fevereiro de 2007

% de gordura

Atendendo à evolução dos tempos e dos níveis de colestrol, pergunto-me, se fosse hoje o Último Tango em Paris, Bertolucci mandaria Brando espalhar manteiga magra no rabo de Maria Schneider?

Aguardo que se invente manteiga "cortecasp" para combater a caspa com uma torradinha.

made in eu

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

A MINHA PRIMEIRA COMUNHÃO

Era eu pequenino fiz a minha primeira comunhão, vestidinho a rigor, camisinha branca, lacinho ao pescoço.
Desde então faço as maiores críticas à igreja, e vou esperando o dia em que vou receber uma cartinha a convocar-me para a minha primeira excomunhão. Até vou alugar um fatinho, para ir todo lavadinho e bonitinho.

JP+P

GRANDE BANDALHEIRA

Era uma gaja mesmo desmazeladinha, morava num apartamento numa cidade como outra qualquer. De vez em quando lá convidava os amigos para uma visita de convívio, um chá despreocupado ou uma sessão de dvd ou poker de dados. Dizia sempre: moro no último andar, no 9º, não tem nada que enganar na campainha.
Chegavam os amigos, olhavam para as campainhas e o prédio só tinha 6 andares. Quando lá entravam em casa é que percebiam: aquela gaja desmazeladinha tinha a casa toda virada de pernas para o ar!!!!

JP+P

ALTA TRAIÇÃO

Parece brincadeira de Carnaval: apagaram as tostagens deste blog entre Janeiro e Fevereiro.

Foi traição? Foi descuido?

Cheira-me a alta traição, de algum bandalho que por aqui passou... um dia destes vamos descobrir os mesmos textos num livro, seguramente um best-seller!!!

JP+P

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Foi um ar que se lhe deu

Animem-se, ou não, as mulheres, ou amantes, dos impotentes (um impotente tem amante?), quero dizer, científica e modernamente, dos sofredores de disfunção eréctil.
A ciência providenciou dois tipos de próteses de pénis: as hidráulicas, funcionam com fluidos de silicone, e as pneumáticas que, como o nome, indica funceminam a ar.
O "pénis" enche-se com uma bomba de ar, do tipo daquelas que se utilizam nos aparelhos para medir a tensão arterial. A bomba, redondinha, coloca-se dentro do escroto e ninguém dirá que não é um testículo que ali está dentro. Uma possível conversa do casal, poderia ser:
- Ó homem, então?
E o homem aperta desalmadamente a bombinha com a rapidez que lhe é possível.
- Não sobe!
- Não me digas que está outra vez a perder ar? Outro furo?
O homem transpira de tanto dar à bomba.
- Pode ser.
- És mesmo um pateta. Não tens cuidado nenhum.
A solução parece ser meter ar mais rapidamente com que este sai, algures do sistema.
- Anda lá, diz a mulher, já com pouca esperança. Já me enchi de gel K-Y. Deve dar para qualquer coisa.
O homem caminha em direcção à cama, sempre apertanto o testículo direito com rapidez. A masturbação requeria muito menos dos músculos da mão. Velhos tempos...
Uma vez em posição, é a mulher que lhe aperta a bomba, mas a posição não favorece a introdução. Ele não sente a mão. Ela não sente a perna direita, de tanto a levantar.
O pior são os danos psicológicos. Ele não entra, ela não se consegue fazer entrar. A única entrada foi a primeira prestação para a compra do pénis colchão de praia. Mais três prestações se seguirão. Saiu furado o investimento.

Até uma iguana, na sua paz solarenta, mostra mais inteligência que os humanos. E muito menos rídicula...

E anda a humanidade preocupada com o buraco do ozono...

made in eu

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

conhecê-las ?

O lema de sempre dos homens sobre as fêmeas da sua espécie:

Conhecê-las, amá-las e fodê-las.

Aceite por todos: Quer os de coração de pedra, impossibilitados de amar quem seja, quer os pichas moles, incapazes de levantar espuma, num banho de sais.

Felizmente a ordem, tão macho man anunciada, nada significa.

Eu, com todos os anos que já debitei da dívida à cova, desisto. Jamais poderei conhecê-las. Resta-me a esperança de conseguir amá-las...

made in eu

"O ESCARRO"

Portugal aboliu a pena de morte para crimes políticos em 1852, e para todos os crimes, em 1867 (excepto o de traição - à pátria suponho hehe -).
De todos os feitos da nossa história, que eu me lembre e conheça, é o único que me faz orgulhar deste país.

Aqui não se mata legalmente (congratulo-me imenso), mas mói-se bastante.

Temos que alguns senhores, capazes de se humilharem para nos pedir o voto, servem-se depois do cargo para, exceptuando tirar olhos, de tudo se valerem.
E como fedem, Deus meu! Fedem os amigos dos políticos e os políticos dos amigos. Fedem as cadeiras dos juízes e as salas dos tribunais. Fedem as cadeiras presidenciais e os presidentes. Fedem os ministros, os secretários e os sub-secretários de estado. Fedem os autarcas e as autarcas. Fedem as instituições sindicais e o patronato. Fedem os ricos e os pobres, os feios e as bonitas, os belos e as horríveis. Só as putas não fedem, fodem.


Que punição então se deve dar a crimes políticos? A roubos em cargos políticos? Aos poucos bens de todos nós?

A Espanha tinha o garrote. A França, a guilhotina, os EUA, a cadeira eléctrica, a câmara de gás, o fusilamento e a forca. Agora a injecção letal (como evolui a América!). A Rússia, o tiro atrás da orelha, a China, o tiro na nuca.
Não nós. Nós civilizámo-nos em 1867. Demos uma lição ao mundo. Não precisamos de baptizar a morte com um instrumento, mas precisamos de um nome que faça tremer os ladrões nos cargos públicos.
Meu voto: "o escarro".
Não ao açoite, não à dor física. "O escarro" devia ser aprovado em sessão parlamentar. O vómito é de difícil execução.
O condenado seria colocado num contentor de resíduos sólidos e a execução seria levada a cabo por executores, escolhidos como se um júri de tribunal se tratasse.
Com 15 dias de antecedência saberíamos onde e sobre quem iría ser executada a sentença.
Se um dos escolhidos fosse eu, fumaria 2 maços de tabaco por dia até ao 13º dia e no 14º, tomaria, inteiros, dois frascos de xarope expectorante.
Havia de fazê-lo sentir que o mandamento "não roubarás" não foi escrito em vão.

made in eu

breves

Eu não entendo nada de política mas não pressebo para qué que o Escelentícimo Senhor Dr Belmiro de Asevedo quer comprar um éroporto na OPA.

É injusto o que os jornais oge trasem sobre o FCPorto e o Chelcia. Um frente a frente entre o Moirinho e o Jesus Aldo Ferreira. Se fosse ao contrário ganhava o Jesus Aldo, isto é, se fosse ele a treinar o Chelcia e o Moirinho o FCPorto. Não será um embate entre treinadores mas entre cofres. Eu não gosto do FCPorto mas ser campião como eles foram é qué difissil e não como o Chelcia que está recheiado de grandes kracks.
Mas eu vou pelo londreiros. Nem que fosse contra a equipa do 3º Reich... A equipe que joga contra o FCPorto é sempre a minha equipe.

zé da barba feita

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Hannah and her sisters

Poema do filme "Ana e suas irmãs" - sublime -

somewhere I have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which I cannot touch because they are too near

your slightest look easily will unclose me
though I have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully, mysteriously) her first rose

or if your wish be to close me, I and
my life will shut very beautifully, suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;

nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility: whose texture
compels me with the colour of its countries,
rendering death and forever with each breathing

(I do not know what it is about you that closes
and opens; only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even the rain, has such small hands

e. e. cummings


made in eu

de "Os Sopranos"

Grupo de amigos sentados à mesa.

- Ainda te lembras do teu primeiro broche?
- Claro! Alguém se esquece de uma coisa dessas?
- Quanto tempo é que o gajo levou a vir-se?


Dois amigos e as prendas de Natal para as mulheres

- Ofereci à minha mulher um colar de pérolas e um Mercedes.
- Logo duas coisas tão caras?
- Sim. Assim, se não gostar do colar, pode ir trocá-lo mas vai de Mercedes. E tu que deste à tua?
- Uma pantufas e um vibrador.
- ????
- Se não gostar das pantufas, vá levar no cu.

made in eu

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

too old to rock n roll, too young to die

Meteu a pata na poça. E a pata nadou. Era grande a poça. Ficava em frente à casa. Em frente à casa ficava também a árvore para onde a pata subiu depois de sair da poça.
Para além da pata, Alfredo tinha uma mulher, Antónia, e um filho, Abreu.
Mas era a pata que retinha as maiores atenções de Alfredo. Antónia cuidava de Abreu, e Abreu adorava assustar a pata.
Um dia tudo mudou. A pata levou um tiro na pata e não conseguia fugir às investidas de Abreu. Duas palmadas preparava Alfredo para lhe dar quando Antónia roga perdão pelo filho.
O pequeno assustou-se e pisou a pata na pata aleijada. O homem perdeu a cabeça e esbofeteou a mulher. Logo ali o sonho de uma família feliz ficou desfeito...
No dia seguinte, à farmácia da povoação, chegaram as primeiras embalagens de preservativos. Demasiado tarde para o casal. Demasiado tarde para a pata coxa.

made in eu